APENAS ALGO SOBRE GENTE E MORCEGOS

Wagner Borges – www.ippb.org.br

Essa gente que entorna o caldo a toda hora é como morcegos planando na noite de seus próprios temores ocultos. Escondem-se nas cavernas do mau humor e viram de ponta-cabeça o próprio discernimento.
Se bobear, transmitem o vírus da raiva…
São meio cegos para o que é bom, mas têm o olhar aguçado sobre os erros alheios.
Possuem presas pontiagudas, prontas para morderem os que caem no seu perímetro vampiresco.
Exalam um odor espiritual esquisito, que mais parece um misto de bolor com suor azedo de ciúme.
São predadores naturais, pois caçam a vontade dos outros.
São soturnos e guincham a todo instante.
Talvez procurem marcar sua presença desse jeito.
Sempre se movem na calada dos desejos inconfessáveis, motivados por um ego sombrio e devorador.
Essas pessoas-morcego temem a Luz, pois esta tem o poder de ferir seu ego atormentado.
Seus pensamentos são obscuros e seus anseios inferiores são quimeras distantes.
Ah, essa gente-morcego, tão sórdida e tão opaca!
Voam para todo canto, mas têm medo de pousar em algum ponto luminoso.
Nada temos contra os morcegos, que são somente animais, filhos da natureza.
Eles têm sua função natural no ecossistema do planeta.
Se os usamos como referência, é por necessidade de linguagem e expressão.
Entretanto, se os morcegos são criaturas da natureza, a gente-morcego é antinatural. São uma aberração no contexto da vida. Prejudicam o ecossistema espiritual com atitudes mesquinhas.
Como dissemos linhas atrás, esse pessoal- quiróptero guincha demais, pois seu ego gosta de chamar a atenção. Na verdade, esse pessoal deveria tomar logo um partido, ou são gente-gente mesmo, às claras; ou que assumam de vez a condição de morcegos na vida.
Que assumam seus guinchos, suas presas e seu hálito animal.
Que levem sua baba raivosa para sótãos de casarões abandonados.
Quem sabe lá, no meio da poeira, do bolor e da obscuridade sintam- se melhor?
Treva atrai treva, é uma questão de afinidade.
Portanto, que esse pessoal procure sua turma, pois morcego com morcego dá certo.
Morcego com gente, complica, pois morcego gosta de trevas, e gente gosta de claridade.

P.S.:
Pode parecer redundância ou ironia falar nisso, mas não podemos deixar passar ao largo, ao final deste texto, a marca registrada de quem procura fazer o certo:
Ao leitor (morcego ou gente), nós desejamos muita Paz e Luz!

– Companhia do Amor* –
(A Turma dos Poetas em Flor)
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)

– Nota:
* A Companhia do Amor é um grupo de escritores e poetas extrafísicos brasileiros que me passa textos bem divertidos e despojados. Seu objetivo desse grupo é mostrar que não existe apenas vida após a morte, mas também muita Alegria e Amor.
Como seus textos são direcionados a população urbana, e eles não têm a menor pretensão de se passar por sábios espirituais, e nem estão compromissados com nenhuma linha espiritualista, seus toques são sempre cheios de galhardia e visam a espetar o raciocínio das pessoas com tiradas criativas e bem-humoradas.
O leitor mais atento (e despojado de “bitolas doutrinárias” de algum tipo), notará sérios questionamentos embutidos em suas brincadeiras. Muitas vezes, é brincando que se dizem as verdades mais sérias.
Em sua grande maioria, são poetas e muito bem-humorados. Segundo eles, seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável.
Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros “Companhia do Amor – A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2” – Edição independente – Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): http://www.ippb.org.br/textos/companhia-do-amor

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