HÁ ALGO MAIS… UM AMOR, UMA LUZ. – CXXVIII*

Por Wagner Borges – www.ippb.org.br

(Viajando Espiritualmente no Sutra da Compaixão)

Quando as pétalas da flor de lótus desabrocharam…
Eu também vi as camadas do universo se abrirem.
E isso era em meu coração.
Então, veio uma Luz e permeou a tudo…
E eu ouvi uma canção que falava de um Grande Amor.
Era algo mais, sem dúvida.
Dentro do meu peito, a Terra girava…
E a humanidade toda estava ali.
A canção continuava… e falava de tomar refúgio no Buda.
Sim, Buda Saranam!**
Quietinho, eu percebi uma presença espiritual…
E senti os seus olhos interpenetrarem os meus olhos.
Então, pelo olhar dele, eu vi estrelas!
E também vi um orvalho sereno descendo sobre o mundo…
Que era dentro de mim.
Ah, era orvalho de compaixão silenciosa…
E vinha do Coração dos Budas e Bodhisattvas***.
Sim, eu vi às gotinhas de Paz umedecendo a aura do mundo…
E isso era em minha própria aura.
Ah, os grandes olhos estavam em meu pequeno olhar…
E um Grande Amor passava por meu pequeno coração.
A canção continuava… e a Luz também!
E isso era Om Mani Padme Hum!**

P.S.:
Ah, Buda!
Eu não o sinto no Oriente.
E nem no Ocidente.
Mas o sinto no céu do meu coração.
Os Bodhisattvas estão cantando…
E as gotinhas de Paz continuam descendo…
E a compaixão está interpenetrando a miríades de seres sencientes…
E o Seu Olhar está cheio de estrelinhas.
E eu, aqui, cada vez menor diante desse Grande Amor…
Com o mundo dentro do meu peito, nas ondas da assistência espiritual.
Porque há algo mais… um Amor e uma Luz.
E eu continuo escutando a canção…
Pois a vida continua, sempre.
Ah, Buda!
Eu estou tão pequeno…
E mais não sei dizer***.
(Om Mani Padme Hum!)

– Dedicado a um grupo de mentores extrafísicos ligados à atmosfera dos ensinamentos dos Budas e Bodhisattvas, e que sempre me dão carona em seus trabalhos de assistência espiritual invisível e silenciosa a favor do Bem de todos os seres.
Foram eles que me sugeriram a seguinte prática de visualização criativa:
“Inicialmente, imagine o espaço sideral dentro do seu ventre…
Depois, um Sol de Amor (rosado) irradiando de dentro do seu peito.
E, finalmente, uma flor amarela brotando no topo de sua cabeça…
Essa é uma sugestão de visualização criativa, para relaxar sua mente.
Pratique e veja os efeitos salutares em você mesmo.
E, finalmente, compartilhe isso com os seus alunos.
É uma prática leve e muito prazerosa, boa e fácil de fazer.”

Paz e Luz.
E Gratidão.

– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
São Paulo, 28 de abril de 2017.

– Notas:
* Esse texto fará parte do segundo volume do livro “Há Algo Mais… Um Amor, Uma Luz”.
Obs.: o primeiro volume do livro está disponibilizado para download gratuito no site do IPPB – www.ippb.org.br
** Saranam – do sânscrito – tomar refúgio no Divino; proteção sob os auspícios de um Ser Divino. Por exemplo: Buda Saranam; Jesus Saranam; Ganesha Saranam.
Há diversas canções hindus que evocam essa proteção superior, tendo como base justamente o mantra Saranam, o refúgio em algum Ser Divino.
* Buda – do sânscrito – O Iluminado; Aquele que despertou! Palavra derivada de “Buddhi”, que significa “Iluminação Pura” ou “Inteligência Pura”. Ou seja, quem alcança o estado de Buddhi, torna-se um Buda, um Ser iluminado e desperto.
Obs.: Boddhisattvas – do sânscrito – são aqueles seres bondosos que estão perto de tornarem-se Budas ou Iluminados. Para facilitar a explicação, podemos dizer que eles são canais espirituais ou avatares conscientes do amor de todos os Budas.
** Om Mani Padme Hum – do sânscrito – sua tradução literal é: “Salve a joia no lótus”.
Esse é um mantra de evocação do bodhisattva da compaixão entre os budistas tibetanos e chineses.
Om é a vibração universal.
Mani é a “Joia espiritual que mora no coração”; ou seja, é o próprio Ser, a essência divina.
Padme (Lótus) é o chacra cardíaco que envolve, energeticamente, essa joia sutil.
Hum é essa vibração vertendo a Luz pelo chacra cardíaco em favor de todos os seres.
Esse mantra é mais conhecido como o “mantra da compaixão”. É um dos mantras mais poderosos que conheço. Pode ser concentrado, mentalmente, dentro do peito – como se a voz mental estivesse reverberando ali –, ou dentro de qualquer um dos chacras que a pessoa desejar ativar. No entanto, o melhor lugar para ele é realmente o chacra cardíaco, pois o que chega ali é distribuído para todo o corpo, pela circulação do sangue comandada pelo coração, e também a todos os outros chacras do corpo energético.
O chacra frontal, na testa, também é excelente para a prática desse mantra, pois o que chega nele é distribuído ao longo da coluna pelos nádis – condutos sutis de transporte energético pelo sistema –, e comunicado a todos os outros chacras abaixo dele. Esse é o motivo pelo qual vários mestres iogues sempre aconselham aos seus discípulos iniciar alguma prática bioenergética por ele.
Um livro excelente sobre isso é o do pesquisador iogue japonês Hiroshi Motoyama, “Teoria dos Chacras”, lançado no Brasil pela Editora Pensamento.
*** Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som uma linda versão do Sutra do Coração, cantada pela vocalista chinesa Faye Wong. Então, para quem também quiser ouvir essa maravilha e se inspirar nas suas vibrações, deixo, na sequência, o link do Youtube.
Faye Wong – “Heart of Sutra” –

Obs.: Também deixo, na sequência, um texto antigo, que apresenta grandes correspondência com esses escritos de hoje.

O CANTO DO BODDHISATTVA*

Certa vez, Avalokitesvara, o Bodhisattva da compaixão andava pelos prados verdejantes do coração espiritual de um homem justo. Em dado instante, ele sentou-se embaixo de uma árvore frondosa, filha do Amor que havia possuído aquele homem.
Então, o Senhor da compaixão cantou o mantra da libertação:
“Om Mani Padme Hum”… “Om Mani Padme Hum”… Om Mani Padme Hum!”
Acima, bem no meio do alto da cabeça do homem, brilhou o sol da consciência serena e desperta. Por ali, como se o seu chacra** da coroa se transformasse num alto falante interplanos, ecoou as vibrações do Avalokitesvara para as dez direções e para todos os seres.
E por todos os lugares onde chegava a vibração do mantra, correntes se partiram e muitas almas foram libertadas da prisão do ódio em si mesmas.
Por onde o mantra chegava, essas almas escutavam o som do perdão e das correntes se partindo, por obra e graça do Amor incondicional, que a ninguém jamais condena e a tudo compreende.
O Boddhisattva cantou no coração de um homem justo, e as dez direções estremeceram com as ondas vertidas pela compaixão serena e silenciosa.
E até hoje é assim…
No coração dos justos habita o Boddhisattva da compaixão.
Ele inspira, canta e abraça os homens sofredores das dez direções.
No mundo, ninguém ouve a sua canção, mas ele continua silenciosamente partindo as correntes da dor…
Om Mani Padme Hum”… “Om Mani Padme Hum”… “Om Mani Padme Hum!”

P.S.:
Sentado embaixo da árvore, nos prados verdejantes do coração espiritual, o Boddhisattva emana o mantra da joia no lótus.
Ele tem um grande sonho:
“Libertar a alma da humanidade do jugo do egoísmo, e sentar embaixo de todas as árvores e dizer: Sejam felizes!”

Paz e Luz.
E Gratidão.

– Wagner Borges – cada vez menor diante de um Grande Amor.

– Notas:
* Esses escritos foram realizados de improviso no quadro de aula do IPPB, logo após uma prática espiritual com as 150 pessoas presentes na palestra pública. Enquanto o lance rolava, percebi um dos mentores extrafísicos que prestava assistência espiritual por ali. Ele olhou-me e sorriu. E pelo seu olhar brilhante veio a inspiração para esses escritos.
Horas antes, ele havia aparecido em meu apartamento e sugerido um trabalho com as vibrações do mantra Om Mani Padme Hum para cura espiritual.
** Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete, que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.

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