Saudações Espirituais

Por Wagner Borges
A educação terrestre recomenda, corretamente, que, ao nos dirigirmos a uma pessoa, com uma finalidade específica, em primeiro lugar devemos cumprimentá-la atenciosamente, manifestando gentileza e interesse em estabelecer uma boa relação.
Por isso, o convencionalismo social da humanidade criou os tradicionais cumprimentos: “Bom dia”, “Boa noite”, “Como vai?”, “Tudo bem?”, “Tudo azul?”, “Olá”, e outros.
As saudações, em sua base, são positivas. Carregam em seu bojo uma atmosfera benéfica, se forem proferidas com um real sentimento de amistosidade.
Porém, em sua grande maioria, os homens cumprimentam-se maquinalmente e, por vezes, até irritadamente, traduzindo na saudação o seu desequilíbrio interior e projetando inconscientemente, por meio desta, a sua energia negativa, muito embora, aparentemente, a pessoa esteja sorrindo e mostrando-se atenciosa.
Como o corpo físico, devido às suas vibrações lentas, não reflete o que a consciência manifesta em seu corpo mental, constituindo-se em uma verdadeira máscara densa, as pessoas não notam, muito embora pressintam, que a outra pessoa não está bem.
Ao deixar o corpo físico, por ocasião da projeção temporária*, que ocorre no sono comum, ou por ocasião da projeção final, chamada morte, a consciência manifesta-se através do corpo astral** e está desvestida da sua “máscara de carne”, que disfarçava na vigília física os seus sentimentos e pensamentos.
É nessa hora que se pode ver o nível real da pessoa, pois cada um leva para fora do corpo a sua atmosfera real, plasmada indelevelmente em seu veículo astral, retrato vivo do seu “hálito espiritual”.
Logo, ninguém muda ao sair do corpo. Não é melhor nem pior que ninguém; está apenas fora do corpo. As qualidades e vícios são os mesmos.
Baseado nisso, nas escolas espirituais do “Astral” costuma-se usar o binômio “Paz e Luz” como saudação fraterna.
“Paz” significa equilíbrio emocional e “Luz” significa equilíbrio energético.
A reunião de “Paz e Luz” como saudação espiritual é simplesmente a síntese, em apenas duas palavras, de um potencial mantrânico que reflete o equilíbrio espiritual.
Portanto, essa saudação possui uma egrégora positiva, que é evocada no momento do cumprimento e que manifesta em sua essência o desejo de viver em “Paz” e de brilhar na “Luz”, como espírito equilibrado no Bem.
Paz e Luz!
– Ramatis*** –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Texto extraído do livro “Viagem Espiritual – Vol. 1 – Editora Zennex – 1993.)
– Notas:
* Projeção da consciência – é a capacidade parapsíquica – inerente a todas as criaturas -, que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico.
Sinonímias: Viagem astral – Ocultismo.
Projeção astral – Teosofia.
Projeção do corpo psíquico – Ordem Rosacruz.
Experiência fora do corpo – Parapsicologia.
Viagem da alma – Eckancar.
Viagem espiritual – Espiritualismo.
Viagem fora do corpo – Diversos projetores extrafísicos e autores.
Emancipação da alma (ou desprendimento espiritual) – Espiritismo.
Arrebatamento espiritual – autores cristãos.
** Corpo astral – do latim, astrum – estrelado – expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente.
Sinonímias: Corpo espiritual – Cristianismo – Cor. I, cap. 15, vers. 44.
Perispírito – Espiritismo – Allan Kardec, séc. 19, na França.
Corpo de luz – Ocultismo.
Psicossoma – do grego, psique – alma; e soma, corpo. Significa literalmente “corpo da alma” – Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, que atualmente é mais usada pelos estudantes de Projeciologia.