VIDA, SEMPRE VIDA… NA TERRA E ALÉM

(Respirando Ar e Luz e Rindo com os Espíritos Livres)

Enquanto eu escuto a canção, fecho os olhos.
E minha nau vai longe… Para além do Bojador…*
De encontro com a lua e as estrelas, no céu dos poetas.
Lá, na casa do lúdico, onde o rio da inspiração corre livre.

Então, respiro fundo e tateio espiritualmente, pelo zimbório celeste.
Sinto a respiração deles na minha… em meu coração.
Eu respiro ar e luz; eles respiram só a luz. Mas estamos ligados.
Sim, estamos ligados, em espírito e verdade. Na mesma luz.

Espíritos livres, eles me dizem:
“Nós nos tocamos, pelo coração.
O amor é o elo que nos une. E nem a distância pode quebrar isso.
Nós nos sentimos… E as estrelas são nossas testemunhas.
Viajamos na mesma luz, e Deus é nosso mestre!
Toda canção é d’Ele.”

Admirado com a simplicidade e amizade deles, eu pergunto:
“Que amor é esse, que nos toca, em espírito e verdade?
E que ama tanto, a ponto de criar miríades de estrelas?
E que sopra em nossos olhos, e diz: Vive. Ama. Ri. Aprende. E segue…”

Ah, nessa noite há magia no ar, enquanto a canção rola…
Eu respiro ar e luz; mas, hoje a luz é maior. E nela, um amor.
É noite. Mas, de olhos fechados eu vejo um sol. E nele, um sonho.
No meio da luz, o sorriso dos espíritos livres. E neles, o meu coração.

Sim, há magia no ar… Mais do que eu posso saber.
E o Mago Supremo é Deus, que ri, por entre as estrelas e os corações.
E nós O respiramos na luz. É o Sopro Vital d’Ele que nos anima.
Além do Bojador… os espíritos livres e o céu estrelado. E Ele, em tudo.

Aqui, a canção. E os meus pensamentos e sentimentos na noite…
Lá em cima, os poetas livres e suas risadas, viajando no infinito.
E, entre nós, o ar e a luz. E nós respiramos juntos, na mesma magia.
Sim, essa grande magia, que se chama “vida”.

P.S.:
Vida, que jamais se apaga.
Que deixa o corpo e voa… Para além do Bojador.
Para o céu. Para rir com os espíritos livres.
Para rir com Deus, por entre as estrelas.
Quem ama, sabe.

Paz e Luz.

– Wagner Borges – pequena folha espiritualista, ao sabor do vento do amor…

– Notas: o
* Em Portugal, o Cabo do Bojador tem o significado do último limite do homem e do seu mundo. Os poetas sempre se referem a ele. Segue-se abaixo um trecho da genialidade de Fernando Pessoa:
“Valeu a pena? Tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
(Do poema “Mar Português”).
Obs.: Enquanto eu passava a limpo essas linhas, rolava no meu som uma linda versão do mantra “Om Namo Amitabhaya” (alusivo ao Buda Amitabha), magistralmente interpretada pelo músico Devakant. Então, deixo, na sequência, o seu link no Youtube.
Devakant – “Inside…Is Forever” –

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