COMO INICIAR UMA BUSCA ESPIRITUAL

A busca espiritual começa quando você desperta a consciência.
Sem esse despertar, não há busca espiritual.

Mas o que é o despertar espiritual?

É aquele momento em que você sai do sono profundo da alma e descobre uma nova realidade, cheia de possibilidades. Você percebe que é uma consciência vivendo uma jornada humana.

Você não é o corpo. Essa descoberta já representa um grande chacoalhão na consciência. Você é um espírito habitando temporariamente um corpo físico. E esse corpo tem prazo de validade. Ele é um empréstimo de Deus.

Religião e Espiritualidade: há diferença?

Um aspecto importante que gostaria de destacar é a diferença entre religião e espiritualidade.

São coisas distintas.

A etimologia da palavra religião é linda: vem do latim religare, que significa religar, reconectar o ser humano ao Sagrado. Mas, na prática, muitas vezes a religião está distante desse propósito.

Por quê? Porque impõe regras, preceitos e dogmas.
Torna a espiritualidade engessada, padronizada, limitada por conceitos humanos.
Você passa a precisar de vários intermediários para chegar até Deus… sendo que Deus já está dentro de você.

Muitas dessas regras e dogmas que foram criados por seres humanos, acabaram sendo usados como instrumentos de controle e repressão da consciência.

Ainda assim, a religião tem seu papel na sociedade — e também na espiritualidade.
Existem pessoas que precisam de normas claras para viver em sociedade.
Precisam de uma ideia de um Deus punitivo para se conter: para não roubar, não matar, não desejar o cônjuge do outro. Elas só não fazem certas coisas… por medo.

Mas a espiritualidade não depende da religião para se manifestar.
Essa manifestação espontânea da espiritualidade, que ocorre fora dos dogmas religiosos, é o que chamamos de espiritualidade universalista.

Mas mesmo esse termo é apenas uma tentativa de nomear algo que está além das definições. A espiritualidade não tem fronteiras. Não pode ser encaixada em rótulos. Toda definição já é, por si só, uma limitação.

A espiritualidade é uma experiência individual de expansão da consciência.
Para mim, ela se manifesta de um jeito. Para você, de outro. Porque cada ser humano é único, mesmo que compartilhe padrões sociais, culturais ou psicológicos.

O problema não é a religião — é o fanatismo

O problema não é a religião.
É o fanático religioso, que acredita que tudo o que está fora da sua crença é errado, ou até demoníaco.

Jesus Cristo é maravilhoso. O problema é o “fã-clube” — aqueles que usam o nome dele para ganhar dinheiro e alimentar o próprio ego e bolso. Esses mesmos não seguem os ensinamentos de Jesus. Porque se seguissem, não explorariam a fé das pessoas vulneráveis.

Os discípulos de Jesus, em sua maioria, eram pessoas simples. Não tinham posses.
Quem tinha, doava — e não era para a Igreja, era para os pobres. Isso está nas Escrituras.

Jesus não fundou nenhum templo.
Não criou nenhuma religião.
Não pregava o acúmulo de bens materiais.
Ele ensinava nas ruas, nas periferias, nos altos das montanhas.
Ia aonde a religião não ia — espiritualmente falando.

E o que ele dizia?

“Na casa do Pai há muitas moradas.”
“O Reino de Deus está dentro de vós.”
“Amai ao próximo como a ti mesmo.”

Ou seja: valorize-se. Ame a Deus acima de todas as coisas. Mas o que a humanidade faz? Ama a matéria. O “deus” da sociedade materialista é o dinheiro. Matamos e morremos por bens materiais, por território, por ganância, por intolerância. Na Terra, ainda matamos pessoas simplesmente por pensarem diferente. Ou por se vestirem de outro jeito.
Ou por se identificarem com outra orientação sexual ou identidade de gênero.

Espiritualidade e acolhimento

Eu nasci numa geração muito preconceituosa. Por exemplo, a homossexualidade era vista como um defeito. Mas não é. É uma condição. A pessoa nasce assim. E infelizmente, há religiões que perseguem pessoas LGBTQIA+ por sua identidade de gênero ou orientação sexual. Claro que existem exceções. A Umbanda, por exemplo, acolhe todas as pessoas. Me disseram que o candomblé também.  Mas a Igreja Católica ainda não aceita o casamento homoafetivo (esse texto foi escrito em 07/04/2025). E há igrejas que se dizem cristãs que afirmam que a homossexualidade é um “desvio de caráter” que precisa ser curado. Ou seja: ao invés de acolher, perseguem. Isso não é culpa da religião — é culpa do ser humano religioso fanático, mal instruído e intolerante.

A espiritualidade está em tudo

A espiritualidade não se limita à manifestação humana. Ela está em tudo. Está na natureza, no espaço sideral, nos extraterrestres, nas formigas. Está na luz e na sombra.
Levante uma pedra, e ali você encontrará o divino. Jesus não fundou religião. Buda também não. Krishna tampouco. Nenhum avatar fundou uma religião. Estes falavam basicamente sobre o mesmo tema. AMOR.

A busca começa no despertar

A busca espiritual começa quando você desperta. E ela nunca termina. Você não precisa fazer parte de nenhuma religião ou grupo. Mas se quiser fazer parte, está tudo certo também. A consciência nunca morre. Por isso o caminho começa, mas não termina.

Nunca caia na ilusão de achar que já sabe demais. Ou de achar que é melhor do que os outros. Ou que seu grupo detém as “verdades do universo”. Ninguém sabe tudo. E só para registrar: eu não tenho nada contra religião alguma. Todas têm sua função. O problema é o ser humano — e como ele lida com o poder espiritual.

Espiritualidade não é vaidade esotérica

Nunca caia na ilusão de achar que, só porque você descobriu os chakras, a aura, ou as energias, isso te faz superior. Ou porque participou de um ritual com alguma medicina sagrada, que todo mundo “precisa viver isso”. Tem espiritualista que se perde nessa viajada astral. E acaba virando um dogmatizador new age — só que agora de chakras, de ayahuasca, de extraterrestres…

Três lembretes essenciais:

  • A busca começa no despertar.
  • Espiritualidade não é religião.
  • Você é um espírito vivendo uma experiência humana.

Questionamento e transformação

O questionamento é fundamental. Nunca pare de questionar. Nem de investigar. Nem de se investigar. Não fique só no campo da crença — adentre o universo da experiência. Falar sobre busca espiritual também é falar sobre propósito da alma. Sobre a inquietação que nos leva a trilhar novos caminhos. Muitas pessoas mudam de profissão, terminam relacionamentos, se afastam de amizades antigas… porque a frequência interna mudou.
É importante reconhecer essas mudanças que estão acontecendo dentro de você.

E falar de busca espiritual também é falar de crise pessoal. Porque a crise pode ser um  portal se abrindo dentro de você. Mas o ego vai tentar se agarrar às paredes da sua antiga versão.

E aí… vem o sofrimento.

Soltar para encontrar

A busca espiritual tem tudo a ver com soltar. Soltar as amarras. Soltar o passado. Soltar a sua versão antiga. E isso não é renegar ou esconder o que você foi. É apenas soltar… para seguir.

A busca espiritual é a necessidade da alma de se conectar com algo maior. Por isso, é importante beber um pouco de cada fonte. Um pouco de religião. Um pouco de filosofia. Um pouco de ciência. Um pouco de cada sabedoria que toque a sua essência.

 

Buscar para não encontrar, buscar para deixar a antiga

Buscar para celebrar esse novo encontro com o Eu maior.

 

Paz e Luz

 

Diego Roque

 

obs. Esse texto é uma tentativa de transcição desse video:

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