O que são os terreiros de Maldomblé?
Um alerta consciencial sobre a deturpação da espiritualidade sob aparência de religião ou mediunismo
No universo da espiritualidade brasileira, especialmente no que tange às práticas mediúnicas afro-brasileiras como a Umbanda e o Candomblé, emergem deturpações perigosas que pervertem os fundamentos originais dessas tradições. A partir da vivência e análise crítica dentro do paradigma consciencial, surgiu a necessidade de criar dois neologismos para identificar essas distorções: Malbanda e Maldomblé. Unidos, formam o termo Malbandomblé, que sintetiza o uso deliberado de práticas energéticas e espirituais para fins anticosmoéticos, de manipulação, dominação e ataque a terceiros.
O que é Malbanda?
Malbanda é a versão deturpada da Umbanda, quando suas práticas são instrumentalizadas para o mal uso da mediunidade, da incorporação e da manipulação de energias extrafísicas. Não se trata de uma vertente religiosa, mas de uma distorção criada por consciências que, mesmo conhecendo os princípios básicos da lei do retorno, o karma, escolhem agir contra a evolução (de si e de outrem), motivadas por interesses pessoais, egóicos, principalmente financeiros.
Malbanda é o antônimo espiritual da Umbanda: enquanto esta prega a caridade, o amor, o acolhimento e a transmutação energética, aquela promove encomendas espirituais para prejudicar outras pessoas — seja por inveja, ódio, disputa emocional, ciúmes, ganância ou vingança. É a profanação do templo mediúnico.
O que é Maldomblé?
Maldomblé, por sua vez, é a corruptela trevosa do Candomblé — uma deturpação que simula rituais de matriz africana com objetivos baixos, muitas vezes ligados à imposição de vontades, manipulação de relacionamentos, destruição de vínculos e até morte de inimigos.
É o uso dos orixás (arquétipos ou não) para fins que jamais foram e são seus propósitos originais. Trata-se da instrumentalização do sagrado em nome do profano. Maldomblé é o reino do comércio kármico, onde a energia se vende como mercadoria, e a espiritualidade vira transação.
O surgimento do MALBANDOMBLÉ como sistema anticonsciencial
Ao juntar Malbanda e Maldomblé, temos o MALBANDOMBLÉ como símbolo máximo da antiética espiritualista: uma síntese da pseudorreligião com aparência de tradição, mas essência de trevas. É um campo anticonsciencial estruturado, onde médiuns, sacerdotes ou dirigentes utilizam seu conhecimento superficial (sim, superficial) sobre leis espirituais apenas para se favorecer ou prejudicar alguém, indo contra suas programações existenciais, indo contra seus amparadores genuínos e principalmente contra a cosmoética, desrespeitando a liberdade do outro e gerando débitos kármicos profundos.
O espiritualista trevoso disfarçado de luz
O mais grave, no entanto, não está apenas nos terreiros fisicamente estabelecidos, mas nas consciências que, em qualquer grupo espiritualista, fórum online ou até nas redes sociais, aparentam bondade e sabedoria, mas cultivam ódios ocultos e desejos de vingança. Espiritualistas que estudam livros, participam de grupos, seguem gurus, fazem cara de santos, mas explodem em raiva diante de decepções humanas e buscam, em segredo, meios escusos e bioenergéticos para atacar quem os contrariou.
São aqueles que, ao invés de praticar o perdão e a ressignificação consciencial, vendem sua alma à ignorância e ao instinto primitivo da retaliação. Brigam com amigos, ex-parceiros, familiares ou companheiros (ex-companheiros, ex-namorados, etc.) de jornada espiritual, e, com base no orgulho ferido e vaidade, recorrem a meios trevosos e rituais negativos.
Pior: muitos desses espiritualistas sabem — já leram, ouviram, repetem — que tudo volta. Sabem que o mal volta com juros, correção monetária energética e reajustes multiexistenciais. Mas não compreendem de fato: não interiorizaram, não vivenciaram conscientemente essas leis. Seu saber é apenas cognitivo, superficial, intelectualizado, não consciencial.
A diferença entre saber e compreender
O conhecimento verdadeiro não é aquele que lemos ou ouvimos, mas aquele que nos transforma intimamente. O verdadeiro espiritualista não é o que decora frases ou ostenta certificados, mas o que, diante do conflito, aplica o que sabe com discernimento e cosmoética. MALBANDOMBLÉ nasce onde há dissociação entre o saber e o ser.
Quem busca o bem não se vinga. Quem compreende a lei do karma, não faz alianças com forças trevosas para resolver picuinhas emocionais. Quem ama a espiritualidade não a transforma em arma. Quem compreende os campos bioenergéticos, sabe que enviar energias negativas a alguém é poluir o próprio campo, em um suicídio vibracional disfarçado de justiça.
O bem que se faz, muitas vezes não compensa o mal que se pratica
Há uma justificativa recorrente usada por adeptos ou defensores de certos terreiros ambíguos:
“Sim, eles fazem o mal… mas também fazem o bem.”
Esse raciocínio, embora comum, é eticamente vazio e consciencialmente ilusório. Não há neutralidade quando o bem e o mal são praticados lado a lado com consciência e intenção.
É simples: quem faz o bem, mas também faz o mal, não é do bem — é do mal. E ponto final. E muitas vezes o bem que se pratica é apenas fachada de manutenção e justificativa da existência de um grupo espiritualista mal intencionado.
No paradigma consciencial, não há como servir a dois senhores. A evolução e a involução não comungam o mesmo altar. A cosmoética não é um sistema de compensações e trocas, mas de coerência integral: cada escolha gera campo, reverbera e imprime sua assinatura na consciência.
E dentro dessa coerência, há um princípio inegociável: a reverência à vida em todas as suas formas.
Nenhum ato espiritual verdadeiro pode se sustentar sobre o sangue de outro ser vivo. Os rituais com sacrifício animal, ainda que disfarçados de tradição, são práticas trevosas que transgridem os princípios da ética interespécie e da evolução consciencial. O sofrimento imposto a um animal — seja qual for o pretexto ritualístico — é dor transformada em energia densa, kármica, regressiva.
Embora o consumo de carne também envolva implicações kármicas — principalmente quando feito de forma consciente ou abusiva, o sacrifício intencional em rituais de sangue é uma escolha energética muito mais grave, pois envolve a invocação direta de vibrações inferiores para obtenção de benefícios pessoais ou desequilíbrios forçados no campo alheio. Trata-se de um comércio energético com o sofrimento, inaceitável sob qualquer ótica elevada.
A verdadeira espiritualidade, alinhada ao paradigma consciencial, não se nutre da dor dos inocentes, não explora a vida, não manipula o invisível para satisfazer desejos pessoais. Ela constrói, não destrói. Liberta, não subjuga. Cura, não fere.
Portanto, não existe bem que anule o mal conscientemente praticado. O que existe é ignorância ou autoengano. E para quem já tem algum grau de lucidez, não há desculpa.
A escolha pelo bem é integral, ou é apenas aparência.