Em um palco grandioso, a vida se desenrola como uma peça teatral épica, onde cada ser é protagonista e espectador ao mesmo tempo. Observamos, interpretamos, tentamos compreender os papéis uns dos outros, as nuances da trama, as lições entrelaçadas nos fios do destino.
Mas nem tudo se aprende apenas observando. Há ensinamentos que só se revelam na vivência, na imersão profunda nos atos, nas escolhas e nas consequências que se desenrolam como acordes em uma sinfonia.
“Vi fazer, não aprendi, embora possa ter entendido.” A cena é familiar. Testemunhamos ações, captamos informações, mas algo crucial ainda falta: a experiência visceral, a conexão direta com as vibrações daquilo que se observa. É como assistir a um maestro reger uma orquestra sem jamais ter tocado um instrumento. A melodia pode encantar, a técnica impressionar, mas a essência da música permanece inacessível.
“Fiz e aprendi, embora possa não ter assimilado suficiente.” O aprendizado através da ação nos coloca no palco, nos convida a empunhar os instrumentos da vida e tocar nossa própria melodia. Cometemos erros, desafinamos, mas a cada acorde tocado, a cada nota desafinada, vamos ajustando a afinação interna, buscando a harmonia com a sinfonia universal.
Mas é nas “provas da vida”, ou talvez melhor, nas “vidas”, que o verdadeiro aprendizado se decanta na alma. São os desafios, as perdas, as alegrias, as dores, as batalhas vencidas e perdidas que esculpem nosso discernimento, que refinam nossa capacidade de distinguir o real do ilusório, o essencial do superficial.
Quanto mais ascendemos em direção ao “alto”, mais ampla se torna a nossa visão, mais nítida a percepção da sinfonia cósmica. Do relativo ao Absoluto, percorremos um caminho árduo, mas recompensador. A cada passo, aprendemos a comunicar com mais clareza a melodia da nossa alma, a expressar a sabedoria que amadurece em nosso interior.
Somos instrumentos em constante aprimoramento, cada um com uma voz única para ser expressa na grande orquestra da vida. Que nossa jornada seja pautada pela busca incessante do conhecimento, pela coragem de experimentar, pela humildade de aprender com os erros e pela sabedoria de discernir o verdadeiro tom da nossa existência. Que a sinfonia da nossa alma ecoe em harmonia com o universo, compondo uma melodia de amor, compaixão e evolução.
Dalton, livre pensador, uma consciência eterna e imortal – Eu Sou.