O KARMA PELA FÍSICA QUÂNTICA – UMA VISÃO COSMOÉTICA

A Relação Entre Karma e Ondas de Probabilidade: Uma Visão Cosmoética

A física quântica introduz o conceito de ondas de probabilidade, representadas pela função de onda, que descrevem todas as possibilidades que uma partícula quântica pode assumir antes de ser observada. Esse vasto conjunto de possibilidades só se concretiza em uma realidade específica no momento da observação, processo conhecido como “colapso da função de onda”. No entanto, é crucial compreender que, nesse contexto, o “observador” não deve ser confundido com o ego individual, mas sim com um macro conjunto cósmico, que engloba todos nós ou, em uma perspectiva mais ampla, a Consciência Cósmica.

Quando pensamos no karma, especialmente sob a luz da cosmoética, ele não deve ser reduzido a uma simples lei moral. Em vez disso, o karma é uma lei universal de equilíbrio e harmonia, regendo as interações conscienciais de maneira intrínseca à Consciência Cósmica. A cosmoética transcende a moralidade convencional, operando como uma ética universal que considera o bem maior e a evolução de todas as consciências envolvidas, num contexto multidimensional.

As ações de uma consciência — sejam pensamentos, sentimentos, energias ou ações físicas — geram ondas de probabilidade no “campo quântico consciencial”. Cada uma dessas ações emite um sinal que influencia o campo de possibilidades futuras. Dentro da perspectiva cosmoética, essas ações não apenas afetam o indivíduo isoladamente, mas também repercutem no equilíbrio e na evolução das consciências ao redor, assim como em dimensões superiores.

O karma, longe de ser estático, é dinâmico e interage continuamente com seu gerador. A consciência manifestada gera karma ao interagir com outras consciências manifestadas, em um fluxo constante de ida e volta, tanto na origem quanto no destino dessas interações. Esse fluxo é polarizado pela cosmoética, que avalia sua qualidade, atribuindo-lhe uma característica positiva ou negativa de acordo com o contexto. Este campo kármico dinâmico, ou “campo quântico consciencial”, está sempre em movimento, sendo reforçado ou atenuado conforme a qualidade das interações. Portanto, nossos pensamentos, decisões e atitudes moldam nosso karma continuamente, reforçando-o negativamente ou atenuando-o positivamente.

Assim como na física quântica, onde a função de onda colapsa em um estado definido no momento da observação, no âmbito cosmoético o “colapso” das ondas de probabilidade ocorre quando uma consciência age ou toma uma decisão. Essa decisão é sempre avaliada pela cosmoética em tempo real, manifestando uma realidade temporal que reflete o grau de alinhamento daquela ação com as leis universais de equilíbrio e harmonia. Entretanto, a cosmoética não julga como um agente externo; ela influencia a própria consciência geradora do ato, que “julga” a si mesma, qualificando seu próprio campo consciencial. Essa qualificação colapsada determina o karma naquele contexto, levando em consideração todas as variáveis complexas envolvidas. De maneira paradoxal, como na própria física quântica, a consciência mede a si mesma diante da lei inexorável da cosmoética.

A sincronicidade pode ser vista como a manifestação da ressonância entre os campos modulados por ações anteriores, avaliados pela cosmoética, acumulados e interinfluenciados por ondas de possibilidades que eventualmente colapsam em eventos e experiências significativas. Quando uma consciência atua de maneira cosmoética, ela ressoa sincronicamente com as leis universais, alinhando-se com um fluxo de eventos que promovem a evolução e o crescimento consciencial.

Ao reinterpretar o karma à luz das ondas de probabilidade, alcançamos uma compreensão mais profunda de como nossas escolhas e intenções impactam o campo consciencial e, por extensão, a realidade em que vivemos. Em vez de entender o karma como um simples sistema de recompensa e punição, ele se revela como uma dinâmica de interações de campos que moldam a realidade de acordo com o grau de alinhamento da consciência com as leis universais. Nesse sentido, o Paradigma Consciencial, que vai além do Paradigma Quântico, nos convida a uma postura de responsabilidade ampliada, onde cada ação, pensamento e intenção deve ser examinada à luz da cosmoética. Agir de acordo com esses princípios não só influencia as ondas de probabilidade de maneira a favorecer o crescimento e a harmonia pessoal, mas também promove a evolução coletiva de todas as consciências, com repercussões que se estendem por todo o planeta e pelo cosmos.

Dessa forma, ao compreender o karma como um campo de probabilidades regido pela cosmoética, somos incentivados a alinhar nossas ações com o bem maior, promovendo a evolução pessoal e coletiva em sintonia com as leis do universo.

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