O CÉU E A TERRA

O Céu é a Terra – pérolas da mediunidade II.
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Prezados leitores,

Esta mensagem faz parte de um conjunto de reflexões realizadas às sextas-feiras durante o período de recesso mediúnico, ocorrido entre o final de 2024 e o início de 2025. Foi destinada, com carinho, aos médiuns da mesa de trabalhos do GEID – Escola de Aprendizes da Mediunidade Edgard Armond (EAMEA), localizada na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, cujas atividades regulares acontecem às sextas-feiras.

Trago-a aqui não como uma mensagem de grandes espíritos, mas como uma humilde inspiração pessoal. O objetivo é lembrar a importância da reflexão, da coesão e da fraternidade, mesmo em momentos de pausa, para que possamos manter viva a egrégora e a conexão espiritual nos dias reservados ao nosso trabalho disciplinar. Afinal, ninguém está sozinho, e a dor não segue o calendário humano.

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Queridos companheiros de mediunidade,

Hoje, somos chamados a refletir sobre um aspecto essencial de nossa tarefa: a mediunidade como ponte viva entre o Céu e a Terra. Mais do que um dom, ela é um compromisso sagrado assumido perante as Leis Universais de amor e justiça. Como toda ponte, precisa de bases firmes: o solo da humildade, a argamassa da disciplina e o aço inquebrantável da fé.

Recordo-me de uma experiência pessoal, simples, mas profundamente marcante. Em um dia de grande agitação, parecia não haver tempo para qualquer conexão com os planos superiores. De repente, fui surpreendido por uma prece espontânea, inspirada por uma sensação de acolhimento que parecia surgir do nada. Era como se uma mão invisível tocasse meu ombro, enquanto uma voz suave ressoava em meu íntimo: “Ninguém está sozinho! A vida humana não foi arquitetada para infelicidades.”

Essa breve pausa transformou meu dia. Um alívio tomou conta de mim, e os desafios pareceram menores. Ao final da jornada, percebi ter enfrentado tudo com mais leveza e serenidade. Assim o Alto nos alcança: de forma sutil, mas profundamente transformadora.

A mediunidade como construção interior

Pensemos na mediunidade como um jardim que requer cultivo constante. O solo fértil de nosso espírito precisa ser preparado com a prática da caridade, a poda das imperfeições e a rega contínua do estudo e da oração. Sem dedicação ao aprimoramento pessoal, as ervas daninhas da vaidade e do orgulho podem sufocar as flores que nos cabe oferecer ao mundo.

Inovemos no servir!

Nos tempos que vivemos, a mediunidade pode se expressar de maneiras novas e criativas. Não estamos restritos aos espaços físicos do trabalho espiritual para manifestar nossa conexão com o Alto. Uma palavra de conforto no momento certo, um gesto de acolhimento ou até mesmo o silêncio respeitoso diante da dor alheia são expressões mediúnicas tão valiosas quanto a psicografia ou o passe.

Lembremo-nos de que a mediunidade é, acima de tudo, um instrumento do amor divino. E o amor, por sua natureza, é infinitamente adaptável. Que possamos, portanto, exercê-lo com criatividade, encontrando formas inéditas de espalhar paz e esperança.

A sintonia constante

O médium consciente sabe que, para ser útil, precisa estar afinado às vibrações superiores. Isso exige esforço contínuo, especialmente em momentos desafiadores. Quando o desânimo ou a dúvida baterem à porta, recordemos as palavras de Jesus: “Brilhe a vossa luz.” Não importa quão pequena possamos acreditar que seja nossa luz; ela pode ser o farol que guia alguém em meio à tempestade.

Um convite especial

Nesta emblemática sexta-feira, mesmo em recesso merecido, nenhum de nós está inativo no servir. Proponho que reservemos, por livre e espontânea vontade, alguns minutos às 20h para refletir sobre como podemos ser instrumentos ainda mais conscientes e ativos da espiritualidade. Durante esse momento, visualizemos um rio cristalino fluindo dentro de nós, purificando-nos de todas as angústias, mágoas e medos, enquanto nos conecta à Fonte Suprema.

Sejamos rios vivos, que levam frescor e vida por onde quer que passem. Que nosso compromisso com a mediunidade seja, acima de tudo, um compromisso com o amor que não conhece limites, o amor que cura, acolhe e transforma.

Concluindo

Na simplicidade do cotidiano, a mediunidade encontra seu solo mais fértil. Aprendamos a perceber os toques sutis da espiritualidade em cada experiência diária, usando-os como combustível para nossa jornada. Assim, transformamos dias comuns em manifestações extraordinárias de luz e amor.

Com gratidão e votos de paz e bem, do amigo de sempre – MCF.

10 de Janeiro de 2025.

 

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