O UNIVERSALISMO de RAMATÍS

“As religiões são meios, não fins em si mesmas” – Ramatís

“O principal “toque pessoal” que Ramatís desenvolveu em seus discípulos foi o pendor universalista, a vocação fraterna, crística, para com todos os esforços alheios na esfera do espiritualismo. Ele nos adverte sempre que os seus íntimos e verdadeiros admiradores são também incondicionalmente simpáticos a todos os trabalhos das diversas correntes religiosas do mundo. Revelam-se libertos de exclusivismo doutrinário ou de dogmatismo e devotam-se com entusiasmo a qualquer trabalho de unificação espiritual. O que menos os preocupa são as questões doutrinárias dos homens, porque estão imensamente interessados nos postulados crísticos” (“crístico”, no dizer de Ramatis, é sinônimo de amor universal, não de rótulo doutrinário cristão).

AS RELIGIÕES SÃO MEIOS, NÃO FINS

Diz textualmente Ramatís: – “Servem-lhes o ambiente do templo protestante, a abóboda da igreja católica, a mesa branca dos tatwas esotéricos, os salões dos teosofistas, o labor fraternista rosacruz, o acampamento krishnamurtiano, a penumbra da sessão espírita, o canto dos salvacionistas nas praças públicas, a ruidosidade da umbanda, as posturas muçulmânicas, os lamentos mosaístas, o fatalismo budista, o silêncio dos yogues, o sincronismo dos cenáculos ou as estrofes mantrânicas dos iniciados. Não os preocupam os invólucros dos homens; sentem a realidade contínua do espírito, que só lhes inspira o amor e a fraternidade, a qualquer momento e em qualquer local! Não se adaptam a exclusivismo algum, e evitam que os postulados doutrinários lhes cerceiem a liberdade da razão”.

CRER, APENAS, É INÚTIL

“Que importa o homem crer ou descrer, caso ele ainda não se modifique interiormente?”
“No vosso mundo existem milhares e milhares de homens que creem veementemente em Deus, freqüentam templos e instituições espiritualistas, mas vivem de maneira tão censurável, que desmente frontalmente a posse dos atributos do mesmo Criador em quem eles creem acreditar.

Se fizessem uma estatística honesta e autêntica para verificar quais os homens que mais devastaram a face da Terra e contribuíram para a miséria e desdita humanas, ficariam estarrecidos ao comprovar que os religiosos fanáticos foram justamente os mais demoníacos destruidores da nossa própria escola física de educação espiritual.

O Velho e o Novo Testamento têm produzido mais seitas, crenças diferentes e fanáticos perigosos do que o bem que eles realmente deveriam produzir.

Não opomos qualquer protesto quanto à necessidade do homem crer para se renovar, crer para se higienizar espiritualmente, crer para se aperceber do divino, crer para atender ao impulso íntimo de comunhão com Deus, na busca da ascese angélica. Mas é ignomínia a crença que divide homens e se transforma em fator de desavença, ruína, ódio e tragédia.

RAMATÍS
Extraído de Mensagens do Astral e O Evangelho à Luz do Cosmo.

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