Por Wagner Borges
Quando você for lá em cima,
Pegue com Krishna uma estrela para mim.
Porque, depois, eu a levarei até Iemanjá,
Que também tem uma estrela.
Então, elas se fundirão numa só,
Sobre o mar do Brasil.
E nos céus da Pátria do Cruzeiro,
Brilhará a Estrela da União…
Índia e Brasil, Rishis* e Pretos-Velhos, em um só Darma**.
Lá em cima, a ação dos Devas***;
Aqui embaixo, o trabalho da gente de Oxalá.
Quando você puder, faça uma canção…
E, feliz, eu o acompanharei.
Mas não tenho nenhuma guitarra…
Só essa vassoura nas mãos.
E com ela, eu varro o mal para bem longe.
Lá em cima, as grandes inspirações da Luz…
Aqui embaixo, a ação dos Exus limpando as mazelas…
E, em tudo, o mesmo Amor.
Eu sou baiana de Oxalá, sim senhor!
E também amo o azul de Krishna.
Quando você estiver na Luz Branca de Oxalá,
Traga um pouquinho para mim.
Então, eu farei a canjica do Amor.
E você pensará no azul de Krishna…
Para os seus mantras limparem o astral do mundo.
Isso é União!
E, por isso, você viu o Deva à frente da Estrela…
Assim como, agora, vê essa baiana de Oxalá.
E eu varro em Nome da Luz.
A minha alegria é essa:
Varrer o mal para bem longe.
Não tenho guitarra, não!
Só essa vassoura nas mãos…
E o Amor em cada movimento.
Eu sou filha de Oxalá e também amo a Krishna.
E, por isso, eu sou feliz.
E, não se esqueça: traga uma estrela para mim.
– Baiana de Oxalá –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – São Paulo, 15 de março de 2016.)
– Nota de Wagner Borges:
Para melhor compreensão do contexto desses escritos, vou narrar alguns lances espirituais que rolaram antes e que desembocaram na realização dos mesmos.
Na última madrugada, eu tive duas experiências fora do corpo: a primeira foi num trabalho de assistência extrafísica; já a segunda, cerca uma hora depois, eu só me lembro de ter recebido orientações espirituais de um Ser de Luz, mas não registrei na memória quem era e nem qual o teor da conversa.
Contudo, na hora em que caí dentro do corpo, com aquele clássico solavanco que todo projetor extrafísico conhece bem, surgiu uma imagem na minha tela mental interna frontal (região psíquica do chacra frontal): eu vi um Deva bem na frente de uma enorme Estrela Prânica**. E, imediatamente eu o reconheci.
O curioso é que eu não via esse Ser de Luz há exatamente vinte anos (ele apareceu pela primeira vez no ano de 1996, em duas vivências espirituais que são inesquecíveis para mim).
E, ali estava ele, como um guardião extrafísico da Estrela Prânica.
Então, eu soube que alguma coisa especial estava em andamento…
Mais tarde, logo à noitinha, essa baiana maravilhosa apareceu aqui no meu apartamento, com uma vassoura de piaçava nas mãos e uma alegria contagiante.
Trata-se de uma entidade extrafísica benfeitora que opera nas linhas espirituais da Umbanda. Ela se apresenta plasmada com a forma de uma jovem negra linda, vestida de baiana. É enérgica e rodopia como ninguém, sempre movimentando sua vassoura e espargindo energias salutares por onde vai…
Com ela no meu ambiente, aproveitei e fiz uma grande exteriorização de energias a favor da humanidade.
E é isso o que temos para hoje: vi um Deva de madrugada, e essa linda baiana à noitinha. E ainda rolou aquela assistência espiritual (com detalhes que vi e que nem tenho como narrar aqui).
Os anos passam… e eu só tenho a agradecer ao Todo, por tudo.
Paz e Luz.
– Notas do Texto:
* Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.
** Darma – do sânscrito, dharma – dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.
* Devas – do sânscrito – Divindades; Seres de Luz.
** Estrela Prânica – do sânscrito, prana – a força vital; a energia – no contexto iogue é a estrela espiritual, manifestação do plano divino.
Para melhor compreensão dos leitores sobre isso, sugiro a leitura desses dois textos:
– “Na Luz de Krishna – O Amor em Ação”, postado no seguinte link:
http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/1454-na-luz-de-krishna-o-amor-em-acao
– “A Canção das Estrelas-Bebês”, postado no seguinte link:
http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/435-a-cancao-das-estrelas-bebes
Obs.: Enquanto eu escrevia essas linhas, rolava aqui no meu som o belo CD. “Prelude To Infinity”, do músico new age canadense Robert Haig Coxon. E eu gosto muito da música “Tranquility”, sexta faixa desse disco inspirado. Então, para quem quiser apreciá-la também, deixo na sequência o seu link no site do Youtube.
Robert Haig Coxon:
– “Tranquility” –
https://www.youtube.com/watch?v=KHaH1tGz4To