A música, desde tempos imemoriais, tem sido uma expressão única da criatividade humana, capaz de transcender fronteiras culturais e linguísticas. Contudo, além de seu apelo estético aos ouvidos, a música desempenha um papel crucial na evolução da alma e da consciência, refletindo a complexidade e a diversidade das experiências humanas. Neste contexto, é possível observar uma dicotomia entre a música densa, muitas vezes considerada “ruim”, e a música elevada, caracterizada pela sutilização e depuração dos gostos.
A música, como modulação da energia sonora, é capaz de gerar uma ampla gama de emoções. No entanto, a verdadeira evolução da alma está intrinsecamente ligada à capacidade de discernimento e à busca por experiências que elevem a consciência. Muitas vezes, a música densa, marcada por letras superficiais e ritmos repetitivos, pode ser comparada a uma dieta nutricionalmente pobre para a alma. Ela pode proporcionar prazer momentâneo, mas carece da profundidade necessária para catalisar o crescimento interior.
Por outro lado, a música elevada é um convite à reflexão e à introspecção. Composições que exploram a riqueza melódica, harmonias complexas e letras que transcendem o banal têm o poder de aguçar os sentidos e expandir os horizontes da consciência. A apreciação por essas formas de expressão musical não apenas denota uma maturidade estética, mas também reflete a disposição do indivíduo para explorar as complexidades da existência.
A evolução dos gostos musicais, portanto, é uma jornada de refinamento pessoal. À medida que a alma amadurece, os gostos se tornam mais exigentes, buscando a beleza nas sutilezas, a harmonia nas contradições e a profundidade nas experiências. Assim como a música densa pode ser comparada a alimentos processados que satisfazem momentaneamente, mas prejudicam a saúde a longo prazo, os gostos musicais elevados podem ser associados a uma dieta nutritiva para a alma, alimentando-a e promovendo seu florescimento.
Em última análise, a música não é apenas uma experiência sensorial, mas uma jornada espiritual. A escolha entre a música densa e a música elevada é um reflexo do estágio de evolução da alma e da consciência. Cultivar uma apreciação pela música elevada não apenas enriquece a experiência auditiva, mas também contribui para a expansão da mente e do coração. Assim, cada nota, cada melodia, torna-se um veículo não apenas para o prazer momentâneo, mas para a evolução contínua da alma, uma trilha sonora que guia a jornada da vida em direção à transcendência.
Dalton Campos Roque – espírito livre, poeta eterno, escritor compulsivo, bem humorado constante – https://consciencial.org – @Consciencial – @seulivropublicadogratis #seulivropublicadogratis #consciencial – #daltonroque
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