PERGUNTA: – O trabalho mediúnico com pretos velhos, caboclos e crianças, formas de apresentação das entidades estruturais da umbanda no Espaço, pode ser caracterizado, por si só, como umbandista?
RAMATÍS: – Alguns irmãos médiuns, ao serem apresentados como “aparelhos” pela umbanda, ficam tão entusiasmados com o caboclo ou o preto velho que se comportam qual um menino que vai à feira comprar um curió cantador e volta com um pardal de chilreado rouco, disfarçado, com o abdome vermelho. Assim, não adianta a mais linda gaiola para abrigá-lo se sua natureza é outra, que não a de pássaro, não tendo o cântico que encanta os ouvidos. Está claro que a simples forma de apresentação dos espíritos não significa a essência umbandista, que é fazer a caridade em nome do Cristo. Nesses casos, nos dias atuais, mais vale a história, a procedência e a seriedade do terreiro do que o trabalho das entidades em lugares menos afeitos às diretrizes de segurança mediúnica, como o são as garagens de residências e salas improvisadas, sem os imprescindíveis preceitos e descargas fluídicas que existem nos locais consagrados e unicamente utilizados regularmente para o exercício da mediunidade caritativa.
RAMATÍS – A MISSÃO DA UMBANDA