ASCENSÃO ESPIRITUAL É O OUTRO NOME DO AMOR…

ASCENSÃO ESPIRITUAL É O OUTRO NOME DO AMOR…

O Amor é superior a qualquer disciplina espiritual.
É por isso que quando a Kundalini* desperta e ascende pelo canal central da coluna, procura o chacra cardíaco**, para prestar-lhe as devidas reverências.
A partir dali o seu destino é a ascensão ao olho espiritual, no centro da mente, para, enfim, chegar ao seu alvo principal, o chacra coronário*** (por excelência, o centro da expansão da consciência ou samadhi).
Mas, a Kundalini gosta mesmo é do coração espiritual, pois, ali, o Amor suaviza suas energias e lhe dá um toque a mais, refinando-a e impulsionando-a em um jorro de Luz…
É pura Unidade-Luz-Amor-Sorriso viajando espiritualmente pelo espaço interno da consciência, rumo à Paz imperecível ou, como o sábio Vyasa** um dia me disse:
“Veículos de manifestação da consciência (corpos) são roupas de viagem.
Chacras são bússolas energéticas.
Nádis são veias sutis***.
Kundalini é o combustível.
Amor é o que dá qualidade ao movimento.
Discernimento norteia o rumo.
Alegria torna a ascensão agradável e fluida.
Paz é o ingrediente fundamental na viagem espiritual de evoluir…
E sabedoria faz a consciência perceber, serenamente, a presença de Brahman.
E evidencia que tudo é Um!
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!

P.S.:
Isso é certo: sem Amor ninguém ascende.
Ninguém sobe às excelsas moradas de Brahman**** carregando mágoas…
Nenhum poder paranormal (anímico ou mediúnico), pode fazer o Céu se abrir.
Só o Amor faz isso.

Paz e Luz.

– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

– Notas:
* Kundalini – do sânscrito – significa, literalmente, “enroscada”. Este nome se deve ao seu movimento ondulatório, que lembra o movimento de uma serpente. Daí a expressão esotérica “fogo serpentino”.
Kundalini nada tem a ver com sexo diretamente, muito embora seja a energia que ativa e vitaliza a sexualidade. Devido à prática de exercícios tântricos que envolvem a contenção do orgasmo, quando esse conhecimento chegou ao Ocidente, foi logo desvirtuado.
Hoje, esse tema surge associado a rituais e posturas sexuais aqui no Ocidente.
No entanto, o despertar da kundalini é um processo puramente espiritual e energético em essência. Envolve a ativação dos chacras, principalmente do chacra cardíaco, que equilibra e distribui corretamente o fluxo ascendente da shakti ao longo dos nádis.
Não significa acender um foguete esotérico no traseiro e decolar pelos nádis ao longo da coluna, como muita gente imagina. “Acender” não significa necessariamente “ascender”.
Particularmente, não gosto do processo de despertar da kundalini que é feito por grupos esotéricos ocidentais. Prefiro o trabalho mais energético e naturalista do Yoga.
** Chacra Cardíaco – é o centro de força responsável pela energização do sistema cardiorrespiratório. É considerado o canal de movimentação dos sentimentos. Por isso, é o chacra mais afetado pelo desequilíbrio emocional. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para o trabalho de assistência espiritual. Está ligado à glândula timo. O seu nome, em sânscrito, é “Anahata”, o inviolável, o invicto, o som sutil do espírito imperecível.
Obs.: Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Os principais chacras são sete, que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.
Obs.: Ver o texto “Chacras e Cura Psíquica – II”, neste link: http://www.ippb.org.br/bioenergia/chacras-e-cura-psiquica-ii
* Chacra Coronário – é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito, o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: A pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal – também chamada de “epífise” – é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo as projeções da consciência para fora do corpo físico.
** Vyasa – é um iogue extrafísico que se apresenta como um dos mentores espirituais. É um sábio espiritual que usa o nome iniciático do grande Vyasadeva, autor do Mahabharata, célebre épico da antiguidade hindu. Os seus ensinamentos sempre priorizam o bom senso e o discernimento em todas as situações. Ele mesmo é um mestre sereno e sempre ensina que “Brahman é o fim da saudade do Amor”.
Obs.: Ver o texto “Toques Espirituais do Sábio Vyasa”, postado neste link:
http://www.ippb.org.br/wagner/textos-selecionados/toques-espirituais-do-sabio-vyasa
Há outros textos dele na seção de textos periódicos enviados anteriormente pelo site. Para lê-los, basta entrar na seção de busca por palavras e clicar o nome de “Vyasa”. Daí, surgirão diversos textos dele listados, e é só clicar em cima do título para leitura.
*** Nádis – do sânscrito – condutos sutis; canais energéticos; dutos psíquicos.
** Brahman – do sânscrito – O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele/Ela é Pai-Mãe de todos.
Obs.: Deixo, na sequência, um trecho da sabedoria de Vyasa, no qual ele explana sobre as vertentes espirituais na ativação do chacra cardíaco. Aliás, esse ensinamento me foi passado por ele durante uma de minhas experiências fora do corpo.
“Brahman é o fim da saudade do Amor!
Quando alguém percebe isso, dissolvem-se os nós que atavam o divino potencial do coração. Então, duas cascatas douradas jorram do coração em duas direções: uma delas sobe até o chacra das mil pétalas (coronário) e expande a consciência. A outra desce pelo centro da coluna e ativa o potencial da kundalini, no centro do chacra muladhara (básico).
Esse é o ponto crucial: o coração espiritual é o centro de duas cachoeiras luminosas. Inspirado pelo Amor, ele emana essas duas torrentes sáttvicas (equilibradas, purificadas). Isso é união! O Ser é Brahman e Brahman é o Ser!
Quando o manto da dor da saudade de Brahman é removido, o coração descobre o coração e o que se vê é indescritível…
Brahman é a Luz das luzes, o Espírito dos espíritos.
Vasto e simples, serenidade e turbilhão galáctico.
Ele é invisível aos tontos, mas é visível aos amantes da sabedoria.
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!”

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