CONTO AVENTURA ASTRAL NO FUNDO DO MAR – Parte 2: A Cidade Perdida de Atlântida

O brilho das pérolas ainda cintilava nos olhos de Pedro, Sofia, Luca e Valentina. A aventura na gruta escondida e a ilha deserta, sob um céu estrelado, havia sido mágica. Mas a sede por novas descobertas era insaciável. O fascínio pelo mistério das profundezas do oceano os impulsionava.

“E se a gente explorasse a lenda de Atlântida?” Sofia, a mente inquieta do grupo, lançou a proposta. A ideia ecoou como um coral vibrante no mar da imaginação dos amigos.

“A Atlântida? A cidade submersa? Isso seria demais!” Luca, sempre em busca de desafios, vibrou com a ideia.

Valentina, a mais cautelosa, ponderou: “Mas e se a Atlântida for apenas uma lenda? Não corremos o risco de nos perder em um labirinto de ilusões?”

“Valentina, a gente já passou por tantos perigos! Confia na nossa intuição! Se a lenda existe, a Atlântida também deve existir!” Pedro, o mais aventureiro, acreditava firmemente na veracidade da lenda.

E assim, a decisão foi tomada. A semana seguinte seria dedicada à exploração do enigma da Atlântida. Eles estudaram mapas antigos, decifraram textos disponíveis na web sobre a mitologia Atlante, e mergulharam na história do desaparecimento da civilização.

Na prometida e eufórica noite da projeção combinada, uma sensação diferente pairou sobre o grupo. Logo ao se deslocarem da psicosfera de seus quartos, uma aura de mistério envolveu seus corpos astrais ao mergulharem nas profundezas do oceano. O mar se tornou um labirinto de emoções, misturando a euforia da descoberta com o medo do desconhecido.

Os amigos “flutuaram” embaixo dágua por horas, cruzando vastas planícies de areia, corais gigantescos e enormes cardumes de peixes que pareciam dançar em uma sinfonia aquática. Mas nenhum sinal da cidade mítica, muito embora, o prazer da experiência estivesse vívido.

“Será que estamos no caminho certo? A Atlântida não passa de uma história para crianças?” Valentina, sempre atenta aos detalhes, começou a questionar.

“Calma, Valentina! A gente precisa confiar no nosso instinto. A Atlântida está aí, escondida sob a areia do tempo, precisamos saber o momento de relaxar para confiar e concentrar para estabelecer o rapport com o magnetismo da antiga cidade hora sucumbida engolida pela terra e o mar. Só precisamos encontrar a “chave” (o rapport ou frequência de sintonia correta) para desvendá-la!” Sofia, com sua mente perspicaz, não perdia a esperança.

Então, uma corrente de energia estranha tomou conta de Pedro. Era uma onda pulsante, embora sutil. Ele sentiu uma força invisível atraindo-o para uma região específica do oceano. Ele indicou a direção aos amigos, e juntos, seguiram o fluxo energético, mergulhando mais ao fundo e mais distante.

No caminho, encontraram seres marinhos de aparência peculiar. Criaturas translúcidas, com formas geométricas e luzes vibrantes, pareciam observá-los com curiosidade. Eram os guardiões do oceano, Devas submarinos e seus elementais, que não se conhece e nem se cita na superfície, eram seres de luz e sabedoria, que se comunicavam através de pulsos luminosos e vibrações que ressoavam no interior da alma. Era simplesmente o que chamamos de telepatia, mas adequada ao fundo do mar e ao habitat desses seres astrais incríveis.

As criaturas indicaram a direção, e os amigos mergulharam em um abismo profundo. A escuridão era densa, e a pressão da água parecia esmagá-los, mas era algo apenas psicológico, pois o corpo astral não está sujeito a intempéries físicas. A energia que emanava do abismo era intensa, como um chamado místico.

De repente, a escuridão foi rompida por um brilho intenso. Um portal de luz se abriu, e um cenário mágico se revelou diante dos olhos atônitos do grupo.

Uma cidade construída em cristal cintilante, com edificações elegantes, muitas formas curvas e tecnologias avançadas, surgiu das profundezas. Torres brilhantes se erguiam em direção ao céu, e pontes de luz interligavam os diferentes distritos daquela cidade astral no fundo do oceano numa localidade desconhecida por todos.

A Atlântida. A lenda se tornava realidade. A cidade perdida da antiguidade estava ali, intacta, conservada pelas águas do tempo. Embora, no plano material ela tenha sido destruída os Engenheiros Siderais resolveram manter sua contraparte astral com as entidades boas que restaram e mereciam residir por ali.

“É inacreditável! A Atlântida existe!” Pedro exclamava, encantado com a beleza da cidade submersa.

Sofia observava tudo com fascínio, registrando em sua mente cada detalhe da arquitetura e tecnologia da cidade. “A história se repete, de um modo ou de outro. Atlântida era uma civilização avançada que se autodestruiu, e nós estamos no caminho de repetir os mesmos erros.” Sofia reflexionou, com sua mente afiada. Valentina ainda questionou: qual será a distância entre o nível moral de uma sociedade e o nível tecnológico que o plano espiritual permite a uma civilização? Parece que o nível do orbe Terra está em 90%, ou é impressão minha?

Os livros de Francisco Xavier por André Luiz e Emmanuel dizem que 3/4 da humanidade é bárbara ou semi bárbara! Os outros amigos deram uma parada, arregalaram os olhos e refletiram por alguns momentos. Aquela informação era decepcionante, para um grupo de jovens que amava a vida e era carregado de esperanças, cada qual com uma missão de vida, missão espiritual, dharma, para ajudar a humanidade, cada um de sua própria forma, conforme suas programações existenciais.

Luca percorreu a cidade com a agilidade de um golfinho, investigando cada estrutura, cada artefato. “A energia aqui é diferente. Diga-se de passagem, que a cidade parecia vazia, embora estivesse bela, intacta no astral. Sua contraparte física estava muito destruída e soterrada, e o grupo não percebeu que estava dentro do solo no fundo do mar, mas a sensação deles era de que estavam na água. Questão de percepção e também era a forma hipnótica que os amparadores do grupo atuavam neles, para se sentirem mais seguros e a vontade.

Parece que a Atlântida era um centro de conhecimento e sabedoria sobre a relação do homem com a natureza. Essa sabedoria foi perdida, mas ainda está viva neste lugar.” Luca, com seu senso de observação, percebia a essência da civilização perdida.

Valentina, com seu espírito compassivo, se sentia tocada pela energia triste e melancólica da cidade. “A Atlântida não foi destruída apenas por uma catástrofe natural. Ela foi destruída pela própria humanidade, pela falta de harmonia com a natureza. A energia aqui é um lembrete de que nós temos que aprender com o passado para não repetir os mesmos erros.” Valentina, com sua sensibilidade, percebia o lamento da cidade.

Os amigos se aventuraram pelas ruas de cristal da Atlântida, desvendando os mistérios da civilização perdida. Eles encontraram bibliotecas cheias de rolos de pergaminho com conhecimentos ancestrais, laboratórios com tecnologias avançadas, tablets, computadores, artes, pinturas devocionais e templos dedicados à sabedoria do universo. Isso nos remete a uma reflexão de que mesmo se uma civilização for positiva, mas uma minoria negativa e ousada e atraída pelo poder, pode destruir tudo se os ditos bondosos não forem proativos e operosos também. De novo Valentina pensou: por que as pessoas boas na maioria das vezes são apáticas e sem atitude?

A energia da Atlântida os envolvia, transmitindo uma sabedoria silenciosa e profunda. Eles sentiam que estavam sendo guiados por uma força superior, uma consciência ancestral que os conduzia pelas ruínas da cidade perdida.

No centro da cidade, eles encontraram um grande cristal que emitia uma luz branca e intensa. O cristal era o coração da Atlântida, um condutor de energia universal, um ponto de conexão com a consciência cósmica.

Enquanto observavam o cristal brilhante, a energia da Atlântida se manifestou na forma de um ser de luz, uma entidade luminosa que emitia uma energia amorosa e compassiva.

O ser de luz lhes ensinou sobre a história da Atlântida, sobre os erros que levaram à sua queda, e sobre a importância de preservar o equilíbrio entre a humanidade e a natureza.

O ser de luz, com aparência o que para nós seria algo entre um mini Deva, um elemental e um cavalo marinho, surgiu e lhes mostrou a beleza e a sabedoria da Atlântida, e lhes deu um aviso de que o futuro da humanidade depende da sua capacidade de aprender com o passado. E acrescentou: os maus são tão egoístas que não se importam em se autodestruírem mesmo que seja apenas para vingar dos que lhes desafiam retirar do poder, mas todo poder emana da maioria, enquanto não compactua com falsas promessas e ilusões de massas.

Os amigos se despediram do ser de luz, carregando em seus corações a sabedoria da Atlântida. Eles sabiam que a aventura não tinha acabado. A cidade perdida era um lembrete de que o passado pode nos ensinar muito sobre o futuro, e que a responsabilidade de preservar o planeta é uma tarefa de todos.

Ao retornarem para o mundo real, os amigos se sentiam transformados. A experiência na Atlântida os marcou profundamente, e eles saberiam usar a sabedoria adquirida para construir um futuro mais sábio e harmonioso.

A aventura de Pedro, Sofia, Luca e Valentina continuava. O oceano era um universo infinito de mistérios a serem desvendados, e eles estavam prontos para desbravar novas fronteiras, sempre guiados pela sabedoria ancestral e pelo desejo de desvendar os segredos do mundo subaquático.

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