Por Wagner Borges www.ippb.org.br
E me vejo pensar…
Nos caminhos do coração,
Que vão e vêm,
Ao sabor do amor.
E me vejo a pensar…
Na voz do espírito,
Que só fala no silêncio
Dos sentimentos.
E me vejo a pensar…
Num mar de estrelas,
Que percebo em mim mesmo,
Quando escuto meu coração.
E me vejo a pensar…
Na luz do espírito, essência do Todo,
Brilhando tanto em cada Ser,
Como uma canção do Eterno.
E me vejo a pensar…
Nos sentimentos que não têm palavras,
E viajam por entre os planos…
De coração a coração.
E me vejo a pensar…
Num amor que não se explica, só se sente…
E eu olho para o céu azul, e vejo a tarde ensolarada,
E também não explico… Mas o meu coração sabe.
E me vejo a pensar…
Numa canção que não escrevi.
Talvez porque ainda não fosse hora.
Mas ela está aqui, brotando…
E me vejo a pensar…
Nos devas** solares, mestres tão sutis,
Que marcam os corações com o fogo estelar.
Sim, com o fogo do amor.
E me vejo a pensar…
Naqueles que voltaram para casa,
Lá nas estrelas, bem vivos…
Bem além de minha saudade.
E me vejo a pensar…
Nos meus amigos que vestem corpos de luz.
E que vêm me visitar com seu carinho.
E que me dizem: “A canção está brotando…”
E me vejo a pensar…
Nas luzes que brilham lá em cima.
E também nas luzes dentro de mim mesmo.
Luzes do Todo em tudo.
E me vejo a pensar…
Que, entre o Céu e a Terra, existem tantas coisas.
E também, além, muito além…
Ah, isso não se explica, só se sente.
E me vejo a pensar…
Na realização de uma canção,
Que seja ouvida por outros corações,
Aqui e além, na força de um Grande Amor.
E me vejo a pensar…
No Amor Que Ama Sem Nome,
E que permeia os zilhões de sóis por aí…
E todos os corações.
E me vejo a pensar…
Nesse mar de estrelas que vejo;
Não com os olhos da carne, mas em espírito.
E na alegria que sinto de fazer parte dessa luz.
E me vejo a pensar…
Que há coisas que não têm preço.
Como esse céu azul e essa tarde luminosa.
E esses olhos, que olham como o amor olha a vida.
E me vejo a pensar…
No fogo estelar dos devas solares,
Que não abrasa nem ofusca.
Só marca o coração.
E me vejo a pensar…
Nessa gente vestida com corpos de luz,
Que me abraça, por entre os planos, e me diz:
“Escreve, por amor, que a vida continua… Sempre!”
E me vejo a pensar…
Na limitação dos meus sentidos físicos,
E em tudo que sinto e não entendo, mas o meu coração sabe.
E em tudo que eu sequer imagino, mas que ele já intuiu, por amor.
E me vejo a pensar…
Que o coração fala a outros corações,
Mesmo à distância, numa linguagem secreta,
Cantada pela luz de um Grande Amor.
E me vejo a pensar…
Em tantas coisas, que nem sei…
E algo me diz que a canção já nasceu.
Sim, nasceu aqui mesmo, dentro do meu coração***.
E me vejo a pensar…
(Dedicado a essa gente que veste corpos de luz, que não são deuses nem potestades cósmicas, mas, somente amigos extrafísicos, que me visitam com carinho e sempre me orientam a escrever sobre as coisas do espírito e sobre um Grande Amor, que não se explica; só se sente…)
P.S.:
Quem levanta o véu do mistério…
Em si mesmo,
Reencontra a Luz.
Isso não tem preço.
(O céu transborda pelo olhar).
Ah, quando o coração voa…
As palavras desaparecem.
E o que fica é novamente o mistério…
O que não se explica, só se sente.
Paz e Luz.
– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma, vendo um mar de estrelas, em espírito…
– Notas:
* As outras partes desse texto podem ser acessadas nesses links:
Parte I –
http://www.ippb.org.br/wagner/textos-selecionados/e-me-vejo-a-pensar
Parte III –
http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/1097-e-me-vejo-a-pensar-iii
Parte IV –
http://www.ippb.org.br/textos/textos-em-destaque/e-me-vejo-a-pensar-iv
** Devas – do sânscrito – divindades; seres celestes; seres de luz.
Obs.: Enquanto eu editava esse texto, rolava aqui no meu som a linda canção “Circus of Heaven”, da banda inglesa de rock progressivo Yes. Então, deixo, na sequência, o seu link no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Ll4ptrujf7w