FLORESCÊNCIA ESPIRITUAL

Por Wagner Borges – www.ippb.org.br

(Flores Astrais e Consciências Espirituais)

Não somos apenas o corpo físico tangível e visível.
Somos a luz viva manifestando-se através da carne.
Somos muito mais do que aparentamos.
Pulsa em todos nós o fogo estelar…
Crepitam chamas espirituais em nossos corações.
Somos algo que escapa ao nosso próprio entendimento mental transitório.
Somos algo a mais do que supomos…
Somos consciências imperecíveis, coisa que só é compreendida pela intuição que mora no coração.
Nossos corpos densos são temporários, mas nós não!
O corpo físico cai e fenece, mas o princípio eterno jamais tomba!

* * *
Que esquife enterrado na terra poderia conter, sob a lápide gélida, o brilho do espírito imperecível e filho do fogo cósmico?
No dia de finados, que tristeza é ver os familiares e amigos visitando as campas cinzentas, e choramingando com os olhos opacos que fitam a terra com sofrimento…
Essa mesma terra, cheia de ossos, mas sem nenhuma consciência.
Como seria bom se as pessoas voltassem os seus olhos brilhantes para o céu, casa das estrelas e lar dos imortais sem corpo.
Em lugar da saudade mórbida, o brilho da esperança nos olhos.
Em lugar do luto, um coração luminoso, tal qual um sol de amor chamando para o aprendizado necessário da vida.
Para o ser querido que viajou definitivamente para fora da carcaça física e hoje mora nos sítios extrafísicos, que alívio é saber que os seus entes queridos aceitaram a sua partida e estão procurando ser produtivos na vida que passa…
E tudo passa mesmo… Até mesmo a dor da saudade, dissolvida na Luz do discernimento espiritual que transcende o olhar superficial e imediatista.

* * *
Que pena ver os ramalhetes de flores secando em cima da tumba vazia de consciência… Flores essas que poderiam ter sido oferecidas a quem pudesse apreciá-las vivamente com consciência e admiração pela beleza da natureza em florescência.
Ah, o discernimento espiritual… que não é doutrina, mas estado de consciência íntimo, intransferível, e que diz que há flores astrais florescendo nos sítios extrafísicos.
Ah, o Amor… que sente essa florescência no centro do coração, e que sabe sobre esses jardins espirituais além da percepção dos sentidos carnais.
Somos mais do que aparentamos e supomos… e os nossos seres queridos que já partiram desse plano terreno frequentam jardins extrafísicos cheios de flores (em florescência contínua).
E os nossos seres queridos também estão em florescência.
Em seus jardins astrais, sob os seus “pés alados”, não há túmulos.
Em compensação, há consciências extrafísicas com os olhos espirituais brilhantes fitando coisas além das estrelas.
Muitas vezes, esses olhos brilhantes fitam a Terra, a sua antiga casa, e eles ficam contentes quando veem os seus entes queridos encarnados aproveitando o seu tempo de vida carnal para aprender e crescer com as vivências humanas.
Somos bem mais do que entendemos… somos a Luz viva!
E nenhum cemitério poderá conter o nosso brilho imortal.
Sim, somos maiores do que pensamos…
Que os restos mortais sejam devolvidos à Mãe Terra, ou dissolvidos pelo Irmão Fogo, tanto faz. O que importa realmente é a consciência imperecível, que, semelhante às flores astrais, também está em eterna florescência…

* * *
O corpo físico é um valioso instrumento de aprendizado no plano físico. Nunca deve ser negligenciado em suas necessidades básicas.
Consciências lúcidas sabem que não são apenas o corpo, mas nem por isso menosprezam sua natureza física. Sabem que o veículo físico é emprestado pela Mãe Terra para uma etapa de desenvolvimento, e que ao final deverão devolvê-lo ao seio terrestre que o gerou.
Há pessoas que estudam temas espirituais e não lidam bem com o próprio corpo. Inclusive, algumas delas consideram o corpo como algo sujo ou denso demais.
Porém, o que parece estar sujo é o discernimento delas. Renegar o corpo não é sabedoria espiritual, é imaturidade mesmo. Significa fugir da vida e não valorizar o dom da experiência na Terra.
Se estamos por aqui, com certeza é porque precisamos da experiência fornecida nesse plano de manifestação. E o corpo é o veículo emprestado pela natureza para essa finalidade.
Somos consciências espirituais em essência, mas enquanto encarnados na Terra precisamos cuidar bem do corpo carnal e valorizá-lo como o templo onde nós nos aprimoramos consciencialmente.
Ao partirmos para fora do casulo físico, aí sim será hora de voarmos para as estrelas definitivamente. Até lá, sejamos felizes aqui mesmo, pelo tempo que ficarmos. Vamos aproveitar nossa vinda ao planeta para aprendermos tudo que for favorável ao nosso progresso como Ser imortal na carne.

* * *
Não é fácil viver, mas é preciso seguir sempre em frente sem medo e negações absurdas da vida. O corpo não é problema, pois é um elemento denso da natureza terrestre, nem bom nem mal, apenas natural. O problema real é a nossa imaturidade e os nossos apegos e mágoas, que sempre ferram com o corpo por repercussão direta e ainda nos deixam enroscados espiritualmente.
Não é fácil viver por aqui, eu sei, mas é o que temos no momento. Então, vamos fazer da vida o melhor possível dentro das condições de cada situação. A cada dia um novo recomeço. A cada respiração a energia da vida florescendo em nossos corpos.
A oportunidade de viver na Terra, nosso lar temporário, é tudo o que temos nesse momento. É por um tempo… até partirmos para os jardins extrafísicos.
Somos consciências extrafísicas, mas não precisamos renegar nossos corpos, da mesma forma que não precisamos ir ao cemitério para visitar antigos corpos sem consciência.

* * *
O Amor é um estado de consciência interior. É dele que surge a alegria que faz os olhos brilharem muito. Daí, sob o seu comando a aura* torna-se multicolorida. E dá uma vontade danada de ser feliz e de gritar para o mundo que a morte não existe e que vale a pena viver, mesmo em meio a tantas coisas pesadas que rolam por aqui.
Dá uma vontade danada de escrever sobre a florescência das flores e das consciências, da Terra e do Astral.
Tanto “Aqui” como “Lá”, e em qualquer plano de manifestação, com corpo ou sem corpo, é necessário crescer, amar, sorrir e seguir…

P.S.:
Mesmo que ninguém entenda, sejamos felizes.
Mesmo que haja guerra no mundo, pensemos na Paz.
Mesmo que haja cemitérios cinzentos, pensemos nas cores da vida.
Mesmo que a tristeza visite os nossos corações nas lides da vida, pensemos no melhor possível para todos os homens.
Mesmo que algumas pessoas de quem gostamos partam para outros planos de manifestação, pensemos em jardins astrais floridos.
Mesmo que nos critiquem por falarmos de imortalidade da consciência, tenhamos paciência e deixemos o tempo de descoberta de cada um chegar.
Mesmo que o mundo fosse acabar amanhã, ainda seria necessário crescer no dia de hoje.
Mesmo que haja luto no coração das pessoas, pensemos em como a aurora e o crepúsculo são maravilhosos.
Mesmo que nos digam para desistirmos de nossos sonhos e objetivos, admiremos o brilho do luar sereno no firmamento.
Mesmo que os nossos corpos tombem violentamente, vivamos!
Mesmo que tudo pareça estranho em algumas ocasiões, pensemos na florescência de nossas consciências.
Mesmo que alguém nos deseje algo negativo, pensemos em algo melhor, sempre lembrando de elevar os pensamentos ao Supremo Amor.
Mesmo que ninguém entenda, sejamos felizes!
Somos consciências imortais, e o luto nada tem a ver com o brilho do sol.
E aquelas lápides cinzentas nada tem a ver com o brilho dos olhos de quem ama, independente de espaço e tempo.
E o cemitério é apenas o lar das bactérias e dos pequeno seres que habitam a terra, e nada tem a ver com o azul do céu.
Com corpo ou sem corpo, somos a Luz imperecível e isso não se aprende em nenhum lugar, faz parte de nossa própria natureza estelar.
Sim, somos a Luz viva manifestando-se na carne por um tempo de vida…
E nenhum cemitério poderá conter a nossa glória!
Por isso, sejamos felizes!

(Esses escritos são dedicados às pessoas que perderam seres queridos, mas que superaram a dor da perda e não perderam o tesão de viver nem deixaram o coração ressecar. Essas pessoas admiráveis que se recusam a olhar para o cinza dos túmulos vazios de consciência, e que teimam em voltar os seus olhos brilhantes para o azul do céu, que para elas é verde de esperança e reencontro em florescência.)

Paz e Luz.

– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

– Notas:
* Aura – do latim, aura – sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.
** Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som a música “Turn of the Century”, da banda inglesa de rock progressivo Yes. Então, para quem também quiser apreciar essa maravilhosa canção, deixo, na sequência, o seu link no Youtube.
Yes – “Turn of the Century” – https://www.youtube.com/watch?v=8f0OW8NMVLc

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