Por Wagner Borges – www.ippb.org.br
(O Presente de Pacha-Mamma)
Na noite fria de domingo, Ela veio…
Primeiro, apareceu o Espírito do Condor.
E ele abriu as asas e me disse:
“Homem branco das coisas do espírito, ouça com seu coração:
A Grande Mãe quer lhe falar… e é preciso atenção e humildade para percebê-la.
Pacha-Mamma** só se comunica no ‘silêncio que fala’ ao espírito.
Portanto, curve sua cabeça e se alegre, pois Ela trás a Seiva do Eterno.
Escute-a com honra e respeito… e que a Luz esteja com você, sempre!”
Então, ele subiu e se dissolveu dentro de uma clarão espiritual.
E Ela veio, na forma de um beija-flor… e tornou-se mulher na minha frente.
(Estava vestida como uma índia de meia-idade, típica dos altiplanos dos Andes).
E quando Ela abriu os braços, eu vi as estrelas dentro do seu manto…
E, junto, milhares de beija-flores voando sobre as flores.
Imediatamente, eu fui tomado por uma sensação de enlevo espiritual.
Ela nada disse, só riu e olhou dentro dos meus olhos, como uma Mãe.
E eu, homem feito, fiquei igual criança tímida, sem saber o que fazer…
O Poder d’Ela vinha do Seu Amor pela natureza e por todos os seres.
E eu sentia isso, em todo meu Ser, enquanto partículas luminosas desciam…
Sim, Ela trouxe a Seiva do Eterno, lá dos Andes, para o meu lar.
Então, eu compreendi, no “silêncio do espírito”, e agradeci a Ela.
Pois, para minha surpresa, o seu Doce Olhar me falou:
“Há algo mais… Um Amor e uma Luz!”
Ah, Pacha-Mamma veio lá do Astral dos Andes, e fez essa noite linda em meu lar.
E, depois, virou beija-flor novamente, e bateu asas na Luz…
P.S.:
Ah, nessa noite fria de domingo, eu escutei o Céu em forma de mulher…
E isso foi de todo coração, no bojo da Alegria de Pacha-Mamma.
E o que Ela me disse, com o Seu Olhar silencioso, foi um presente celeste.
E eu prometi a Ela que, enquanto viver por aqui, sempre honrarei o Eterno…
E continuarei falando de imortalidade da consciência e alegria na jornada.
Porque há algo mais… Um Amor e uma Luz, sempre!
(Enquanto Ela estava aqui, eu via dentro do Seu Olhar os rostos de um monte de gente, que hoje mora em outros planos… gente que conheci ao longo da vida e que ajudei espiritualmente em seus momentos de passagem final para a Casa das Estrelas. E todos os que vi estavam felizes, ainda bem. – Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma. São Paulo, 20 de maio de 2018.
– Notas:
* Esses escritos serão inseridos no segundo volume do livro “Há Algo Mais… Um Amor, Uma Luz”, que estou revisando para publicação em breve.
Obs.: O primeiro volume do livro está disponibilizado para download gratuito nesse link: http://www.ippb.org.br/blog/livro-ha-algo-mais-um-amor-uma-luz
** Sobre Pacha-Mamma, ver o meu texto “O Ouro de Pacha-Mamma”, nesse link:
http://www.ippb.org.br/textos/1165-o-ouro-de-pacha-mama
(Pacha-Mama (do quíchua Pacha, “universo”, “mundo”, “tempo”, “lugar”, e Mama, “mãe”, “Mãe Terra”) – é a deidade máxima dos Andes peruanos, bolivianos, do noroeste argentino e do extremo norte do Chile).
