KRISHNA E A GOPI – UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR – II

Por Wagner Borges – wwwippb.org.br

Krishna, ainda agora, eu recebi a visita espiritual de uma de suas gopis*.
E ela me disse: “Ama o mundo, por Ele!”
Então, o meu coração se derreteu nas ondas do Grande Amor.
As estrelas desceram aqui e rodopiaram na dança de ananda.
E ela dançou junto… bem aqui, na sala do meu lar.
E, sei lá como, eu via outras gopis, algures, em outros planos…
E, em meu coração, eu escutei: “Vença a si mesmo”.
Ah, Govinda**, como eu lido com algo assim?
Esse Grande Amor descendo aqui, em forma de mulher-estrela…
Dançando alegremente, em Seu Nome, nas ondas do Darma***.
No olhar dela, eu senti a alma do olhar de todas as mulheres…
E era alma de Amor. Era alma de Mãe. Era alma linda.
E ela também me disse que o Sagrado Feminino é um estado de consciência.
Então, ela fez um gesto de despedida e sumiu dentro de um clarão.
E eu fiquei aqui, admirado, com o presente dessa visita.
Ah, Senhor dos Olhos de Lótus, muito obrigado por tê-la enviado aqui.
(Eu estou cada vez menor diante do Grande Amor).

P.S.:
Diante do infinito, eu estou igual criança.
Olho para as estrelas, lá em cima, e me admiro.
Mas, às vezes, elas estão dentro dos meus chacras**.
E, outras vezes, elas dançam no meu lar.
E eu fico cada vez menor, pois sei o meu lugar.
Ah, que presentão essa mulher linda e feliz me trouxe nessa noite…
“Ama o mundo, por Ele”, foi o que ela me disse.
E, em meu coração, eu compreendi.
Dentro ou fora do corpo, eu sei que as estrelas dançam.

(Peço aos leitores que leiam a primeira parte desse texto, nesse link):
http://www.ippb.org.br/textos/1433-krishna-e-a-gopi-uma-linda-historia-de-amor
Se possível, leiam o texto escutando isso aqui:
Michael Hoppe – “Pastoral” –

– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma, na borda de completar 56 anos de “encadernação” nas lides da Terra, cada vez menor, ainda bem.
São Paulo, 22 de setembro de 2017.

– Notas:
* Gopis – do sânscrito – as pastoras de Vrindavan, companheiras e devotas de Sri Krishna, exemplos do mais intenso Amor Divino.
Obs.: Krishna – na cosmogonia hinduísta, é considerado o maior dos avatares divinos; ou seja, o divino feito homem, para regeneração da Luz entre os homens. Assim como Jesus é a grande referência de Amor para os cristãos, Krishna é a grande referência de amor para os hindus.
** Govinda e Gopala – do sânscrito – são epítetos de Krishna, considerado como o “Pastorzinho divino”, que tangencia os seres na direção da Bem-Aventurança (ananda) e da consciência cósmica (o samadhi, a expansão da consciência, muitas vezes associada ao despontar da aurora dissolvendo as trevas – o ego – e fazendo a atmosfera dançar na luz).
Govinda e Gopala também são considerados como mantras de dissolução de climas psicofísicos densos. Trazem alegria e espantam as confusões e equívocos.
* Darma – do sânscrito – dever, missão, programação existencial, mérito, bênção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.
** Chacras – são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico. Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõe o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico.
Obs.: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, rolava aqui no meu som uma coletânea de mantras do vocalista venezuelano Ilan Chester. Então, deixo, na sequência, os links do Youtube para algumas de suas lindas canções.
Ilan Chester:
– “Vibavari Sesa” –

– “Tulasi” –

– “Gauranga” –

– “Narasinha” –

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