Mensagem de Ramatis: CONEXÕES — A Terra é um templo sagrado!
Pergunta: — Quem desfrutará da “nova Terra” regenerada? Acreditamos que será habitada por aqueles que vivem em harmonia com uma nova lei superior, destinada a promover a paz, o amor e a justiça planetária. Mas como podemos reconhecer esses “escolhidos” que herdarão esse novo mundo?
Resposta: — Será pela grandeza do seu amor pelos seus semelhantes e dessemelhantes, e pela medida do autorrespeito com o seu corpo e mente; será pela grandeza da moral e do autoamor; será pela grandeza da palavra lançada com equilíbrio; será pela grandeza do pensamento nas ondas do sentimento, pois teu corpo é um templo e teu pensamento uma ponte para Deus no exercício íntegro da transformação interior. O bem exercido para o teu ‘próximo’ nada vale sem lealdade nos teus “sentimentos”(1)…
Como poderá estar ausente dos valores morais em si? “Deixa ali mesmo diante do altar a tua oferta, e primeiro vai reconciliar-te com teu irmão, e depois retorne… “Ame antes a si, para não se transformarem em novos fariseus” — alertou o mestre nazareno perante a multidão! Mas, o homem continua a se negar. E o teu “próximo”? Distante da própria consciência humana.
O teu próximo é o teu corpo e a sua mente, o teu próximo compõe os reinos maravilhosos que pulsam livres em nosso ecossistema em sofrimento. O teu próximo são os invisíveis que os teus olhos e o teu olfato esquivam-se dos ambientes de sofrimento e dores, que tão logo chegam em seu lar, esquece-se das desgraças que viu e sentiu; o teu próximo é a tua família. E com estas ausências de valores orais e éticos, eclode toda água represada na grande represa do coração, toda a verdade diante da indiferença do homem na terra!
Tudo está interligado!
Embora o Homem não perceba as sutis forças que o inspiram e governam, na mais perfeita interconectividade da fisiologia da alma, forças universais interagem em harmonia, como um balé invisível e cósmico, no império da mente e do espírito humano.
Tudo é integração!
Na sede do pensamento, o amor é nutrido e o caráter é sustentado. Todos revelam sua natureza moral pelas qualidades emocionais transmitidas na vida.
A psicologia transpessoal entrou na harmonização da física quântica e exercitará os princípios energéticos do século, norteando a integridade da vida biológica e visando consolidar as faculdades ímpares para a saúde psíquica.
Somos usinas de transformação, transportando do Alto potentes ondas na correta dosagem quântica para a delicada psicosfera do corpo etéreo, astral e mental, com o objetivo de adequar as forças vitais reguladoras da vitalidade celular. Incentivamos o equilíbrio da mente para o bem do corpo e vice-versa.
A qualidade de vida escolhida e praticada, seja “ontem” ou “hoje”, proporcionará a dinamização dos seus efeitos, bons ou ruins, nessa excitação de suas causas para muitos, desconhecidos pela ignorância e arrogância. Eis a dissipação da saúde física ao atingir esta máquina divina, o qual é o corpo humano e seus corpos astrais delicadíssimos. Os quais influenciam ou dinamizam as diversas patologias psíquicas e fisiológicas, sem necessitarmos de ampliar pela vasta literatura espírita e reencarnacionista que nos revela os efeitos oriundos do passado e, atualmente, muito desta vida presente! Um microcosmo pulsa e brilha em ondas em nós. O amor entra em movimento infinito até o mundo exterior, podendo romper as esferas da Terra. Tudo está integrado, pois ninguém vive sozinho.
Em maior ou menor grau, todos podem perceber as belezas inimagináveis da vida e das leis do espaço infinito. Viajaremos em um futuro breve nos sonhos da mecânica quântica, envolvidos na visão do mecanismo de “Higgs” e na aurora do encantamento da “Partícula-Deus”. Será o novo espírito pedagógico da Ciência do Homem Integral!
O Universo é o nosso reflexo!
Nos ergueremos como gigantes do sentimento cósmico, impulsionados pela dança das forças na matriz da “matéria escura”, mistério envolto nos véus do desconhecido. Logo, a física quântica e a astrobiologia cederão espaço para a emergência de uma nova consciência, uma “Astrobioconsciência”, guia da nova ética cósmica, forjando as fundações das futuras sociedades planetárias da Terra.
Nada deterá o avanço na jornada da regeneração!
Independentemente das crenças e ciências terrenas, que eventualmente desaparecerão… a terra está adubada e fertilizada pela espiritualidade, buscando uma renovação por meio de uma nova matéria “Teocientífica”. Substituirá o “Deus exterior” por um Deus intrínseco em nós.
Estamos nos aproximando de uma nova visão da realidade energética e fluídica, que propaga intensamente a vida nas novas esferas astrais em construção em nosso planeta, em estreita colaboração com nossos irmãos em outras moradas celestes! O Fluido Cósmico Universal, ejetado pelos deuses siderais, impulsiona os átomos em todas as matérias e esferas… eles instigam e inspiram a humanidade a encontrar dentro de si cada centelha de Amor!
Na grandiosa obra “A Gênese” do educador Hippolyte, aquele que transcendeu os limites de sua época, inspirado pelas palavras de Jesus, desvendou os mistérios da natureza humana e espiritual, assim como as propriedades sutis dos fluidos cósmicos. Antecipou os princípios fundamentais que regem o universo, enxergando-o como um ventre celeste em constante gestação, onde matéria, fluido cósmico e magnetismo entrelaçam-se entre os mundos. Do ínfimo átomo ao esplendoroso anjo cósmico, todos estamos imersos na respiração da universalidade quântica, nos meandros do “efeito borboleta” que permeia a física deste século.
Este sentimento é compartilhado por outra alma notável, Camille Flammarion, íntimo amigo e devotado discípulo de Allan Kardec, honrado com o papel de proferir as últimas palavras junto ao túmulo do Codificador do Espiritismo.
Flammarion, o exímio “astrônomo do povo”, cuja sensibilidade transcendia os muros das academias, recebia em seu retiro o próprio Imperador Pedro II, ávido estudioso das ciências celestes. Durante essa memorável visita, o imperador plantou, com suas próprias mãos, no jardim do astrônomo, um pequeno Cedro do Líbano, gesto eternizado por Flammarion em uma prancha de cobre, gravando os detalhes desse evento ímpar.
Hippolyte, por sua vez, partiu deste plano terreno de maneira súbita, sem concluir outra obra, imerso nos labirintos do magnetismo humano e cosmológico, sua mente poderosa ultrapassando as fronteiras do tempo, absorvendo as nuances de uma visão renovada da Terra — moral e espiritualmente enriquecida!
Como as ondas das marés, oscilantes, nós temos nossos momentos de quedas e ascensões! Não se perturbem… em nos circulam partículas Crísticas que nos conectam a Deus, o que significa que podemos transcender da desesperança à Fé! Tudo é passageiro! Das esferas mais elevadas, observamos a união social dos indivíduos em diferentes planos de existência. Bilhões de espíritos, distantes de si e da espiritualidade interior, seja ela qual for, se encontram em constante busca e evolução.
A vida terrena, como um espetáculo de ilusões, nos envolve em suas artimanhas cintilantes. A humanidade, seduzida pela efêmera dança das sombras, desvia o olhar do fulcro essencial, perdendo-se nos lampejos periféricos da existência. Como folhas ao vento, nos deixamos levar pelos caprichos do momento, trocando compromissos sagrados por desejos fugazes. Nossa jornada, tantas vezes, é um labirinto de sonhos vazios, onde a moral se dissipa na miragem do ego.
Em genuína empatia humana, a autêntica percepção nos revela:
O gesto de humildade, desprovido do prazer de ser notado como humilde…
O perdão, sem as artimanhas que encobrem as falácias do pensamento sobre o outro…
A entrega, sem ansiar por recompensa ou retorno…
O acolhimento, sem a vaidade camuflada de generosidade…
O conhecimento, sem arrogância ou manipulação das desventuras do próximo.
São atitudes capazes de nos libertar das amarras do grande “Maya“, a ilusão descrita por Adi Shankara. Muitos permanecem adormecidos, seduzidos pela emoção de qualquer natureza, e negligenciam o despertar verdadeiro pela falta de uma causa clara em suas vidas…
Somos ação e reação em todos os momentos… Os elétrons, em sua dança, formam um “magnetismo individual” inteligentemente orquestrado para a coesão de todos os elementos. Em nós, somos arquitetados pelos mesmos elementos, porém, “ignoramos” nossa participação magnética nas complexas ondas de nosso corpo atômico, essencialmente cósmico. Como mãos que pensam poder viver sem o corpo, assim vivemos. Somos como gotas terrenas que não reconhecem o vasto mar divino que nos envolve!
Tudo é coesão!
Sim, tudo é coesão! Desde os átomos que se unem para formar moléculas até as relações entre os seres vivos e os elementos do universo, a coesão é uma força fundamental que permeia toda a existência. É essa coesão que mantém a ordem e o equilíbrio em todos os níveis da realidade, desde o microscópico até o macrocósmico.
Que possamos irradiar paz em nossos sentimentos;
Que a prática de sorrir seja sinceridade por um amor genuíno;
Que entoemos os louvores da verdadeira vida, ao ser como o fogo que consome e ilumina as trevas, transformando o esforço pelo bem em poderosas forças para o benefício de todos.
A mensagem é de esperança para todos os sonhadores da nossa Humanidade, cada vez mais unida e feliz! A continuidade da sua jornada na Terra dependerá do amor e do respeito ao seu próprio coração antes de praticar o amor pelo próximo.
“Pois cada árvore é conhecida pelos seus próprios frutos. Não é possível colher-se figos de espinheiros, nem tampouco, uvas de ervas daninhas”.
Há mais de dois mil anos esperamos o anjo latente despertar em vós!
Despertemos na simplicidade de um sorriso e no brilho emocionado dos olhos esperançosos após tocarmos no manto do Cristo! …
Que a paz e o amor nos guiem.
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Swami Sri Ramaatís (Ramatís).
Médium e escritor, Marcus Cesar Ferreira — MCF.
Mensagem original de 16 de outubro de 2016.
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(1) Para suavizar a reflexão, é importante lembrar que todas as formas de “sentimentos”, mesmo aquelas que não são motivadas pelo verdadeiro sentido do altruísmo, ainda possuem valor. Mesmo que sejam impulsionadas pelo temor de alguma concepção religiosa, mecânica ou por uma piedade, é válido reconhecer que fazem parte do espectro dos sentimentos humanos. No entanto, é essencial ressaltar que qualquer ação desprovida de sentimentos genuínos, como, por exemplo, uma piedade disfarçada para que outros a notem, não possui valor intrínseco para si, pois não é verdadeiramente leal — “nada vale”, como entendemos ser o verdadeiro significado da palavra no contexto. No entanto, mesmo que seja artificial, a espiritualidade fará tudo o que puder para auxiliar aqueles que sofrem, e isso terá um grande impacto positivo na vida daqueles que são assistidos, mesmo que indireto. Segundo o Dicionário Oxford – sentimento, substantivo masculino 1. estado ou condição psicológica, e suas manifestações, originadas das pulsões de afeto ou aversão. “s. de ciúme” 2. ato ou efeito de sentir(-se). 3. aptidão para sentir, disposição para se comover, se impressionar, perceber e apreciar algo etc.; sensibilidade. 4. afeto, afeição, amor. “tem grande s. pelos avós” 5. noção, senso, consciência. “ter o s. do dever cumprido” 6. atitude mental ou moral caracterizada por afeição.”s. patriótico” 7. expressão viva; entusiasmo, emoção. “declamar com s.” 8. pesar, tristeza, mágoa. 9. percepção íntima; intuição, pressentimento. 10. conjunto das qualidades ou tendências morais de alguém. 11. m.q. PÊSAMES. Origem ⊙ ETIM(sXIV) sentir + -mento.
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⇒ NOTA DO ESCRITOR: Por motivos óbvios, naquela época, não estava tendo a audácia de assinar, mas assinei, e as consequências foram imediatas e severas. A ponto de não mais assinar nomes e me negar à continuidade dos trabalhos, por acreditar que uma simples frase advinda de Ramatis, seja pela própria egrégora ou aura de servidores que se confundem pelos seus incontáveis trabalhadores neste mundo.
Mas Ramatís não se importa com o seu nome e quem os inspira pela coletividade de seres que nos acolhem e ensinam. Mas nos parece que somos proibidos de tal conquista ou sofremos de uma certa incapacidade pela pequenez moral de alcançá-los. Será? Estaremos desconsiderados em nossa boa-fé e boa-vontade em servir, ainda que trôpegos?
Da mesma forma que muitos, para não dizer todos, se sentem incapazes moralmente de atingir o manto de Jesus! Para recebermos os seus fluidos que nos curam com a nossa fé. Para os judeus, uma hemorragia deixava a pessoa impura, até cessar (Levítico 15:25-27). Por isso, a mulher do fluxo de sangue teria sido considerada impura durante 12 anos, com contato muito limitado com outras pessoas e sem poder ir para o templo para adorar a Deus. A mulher do fluxo de sangue procurou ajuda médica, mas esse problema não podia ser curado com medicina.
E se ela acreditasse em tudo o que a fez ser humilhada em sua existência? Não seria digna em tocar o Cristo?
Mas Jesus a percebeu pelo “toque” em suas vestes que o fez inclinar-se até a mulher humilde, simples e impactada no solo chorando! Jesus a acolheu e a transformou!
E assim, tentamos tocar um fio do manto do Mestre, por não termos pretensão de ser médiuns exclusivos de quaisquer tarefas ou nomes. Somos folhas brancas, e todos os bons espíritos podem escrever nesta folha! Cada trabalhador — cada médium é como uma folha neste grande livro da vida!
Que cada folha faça a sua parte, o Livro é divino e o autor é Maior do que todos nós.
Mas os cuidados são importantes, principalmente para os simpatizantes diante das belezas do universalismo e dos encantos do Oriente, mas podemos escorregar para as entranhas da mistificação mediúnica, a queda para o abismo da vaidade e a perda da credibilidade nos trabalhos.
Tenham certeza de que muito foi feito para que essa decisão concretizasse a partir daquele momento. Anos de trabalho e disciplina foram “colocados na mesa”. É uma simples mensagem assinada, mas nos traz muitas responsabilidades morais e consequências — simplesmente, não é só assinar… precisamos ter consciência, disciplina, olhar para o seu próprio espelho, ter a constância!
Como costumava dizer um saudoso amigo e professor na disciplina mediúnica (HR) para mim no ano de 2015:
- – “Nestes graves tempos, entidades deste porte (Fuh Planuh) comunicam visões e informações inéditas, ou pelo menos, mais reveladoras do que eles próprios já revelaram (Mensagens do Grande Coração)! As mensagens fidedignas não são mais simples do que já trouxeram ou inéditas na revelação, bem além de somente amorosas”;
- “Nestes tempos de sutis e grandes mistificações, estas almas de escol preferem conglomerados ou grupos experientes e constituídos que lhes assegure (corrente, regularidade, etc.) a integridade da comunicação sem atenuações. Verifique como se enquadra qualquer nova mensagem e lhe atribua, depois, o devido crédito de fidelidade a despeito de serem amorosas palavras! (…) “
Mas não estamos longe dos tropeços… é necessário levantar e aprender com os erros e quedas. A danada da “Constância” é a chave do doutrinador, para o equilíbrio – sabia disso?
Necessário ser como Sócrates perante a sacerdotisa Pítia no Oráculo de Delfos, em resposta à questão: “que é o homem mais sábio da Grécia?”. “Sei uma coisa: que eu nada sei”… do latim: “ipse se nihil scire id unum sciat”.
Para mim, após a publicação da humilde obra “Estrelas Infindas” (Ramatís), atualmente esgotada, aprendi que o mais importante — é praticar qualquer coisa que acreditamos. Sejam quais forem os princípios que nos tornem melhores, faça, pratique a mesma, mesmo que seja uma frase que o fez despertar para a vida em algum momento da nossa caminhada!
Pratique-o, sem desejar ser como os outros autores — médiuns, palestrantes, doutrinadores, pensadores ou Mestres.
Somos o que somos, até porque não conseguimos focar os alertas ou ensinamentos do Mestre Jesus, quiçá de outros Mestres que admiramos — os mesmos que negamos por milênios para a melhor prática mediúnica, social, político e na própria vida — como é difícil, meu Deus!
Eis os princípios para a vida!
- PRIMEIRO: — “Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como a serpente e simples como a pomba” (Mateus 10.16) “;
- SEGUNDO: — “Cada árvore é conhecida pelos seus próprios frutos” (Lucas 6:44); e
- TERCEIRO: — “Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”. (Mateus 5:24).
Sigamos não somente com Ramatis, Kardec e demais Mestres de todos os tempos — mas busquemos as tentativas de percorrer sempre, ainda que distantes, ao lado das pegadas de cada um deles! Sem as ideias mirabolantes de tentar ser qualquer um deles. Jamais conseguiremos.
Você é único neste universo, como um digital e o seu ato no bem é a sua credencial para a eternidade, como é a luz que se propaga das estrelas no infinito.
E assim, entenderemos o grande feito da grande estrela Pietro di Bernardone, mensagem que levo como lema na bandeira da minha vida propagada pelo nosso amantíssimo Francisco de Assis: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível… E de repente você estará fazendo o impossível!”
Paz e Bem! MCF