Renato Perillo
Aceite como você é e melhore sempre, dê o seu melhor em tudo que fizer
Não queira muito do mundo nem do outro
O que é do outro é do outro. Não lhe pertence sua fortuna, nem sua desgraça: nada de dentro ou de fora.
As pessoas transbordam o que são.
Quem tem muito amor no coração, transborda… Amor.
Quem tem muita angústia em sua alma, transborda …. angústia.
E por aí vai …. E lembre-se: é do outro.
É o que ele é neste momento.
Nascemos nus e morreremos pelados.
Nada trouxemos e nada levaremos.
Entretanto, entre nosso nascer e nosso morrer, lutamos, brigamos, guerreamos por coisas que não trouxemos e que não levaremos.
Se há riqueza neste mundo ela está dentro e não fora de nós.
Se há algum valor em viver, ele é interno. Será nossa bagagem. Nossos companheiros, o que teremos dentro de nós.
Então, não se qualifique ou desqualifique pelo que você tem ou pelo que você faz.
E se a riqueza é interna, uma pessoa vista aqui como pobre ou não produtiva, pode ser lá portadora de riquezas incalculáveis !!!
Há uma questão intrigante, talvez o verdadeiro “buraco da minhoca” :
Quanto mais olharmos para dentro de nós e nos conhecermos, maior será nossa capacidade de conhecer o outro e de entender o mundo.
Há uma relação perplexante entre o conhecimento interior e o alcance de nossa consciência exterior, ao outro e ao cosmos.
O que nos é externo poderá ser compreendido por nossa capacidade de nos conhecer.
A Esfinge do Egito deve ter dito ao andarilho:
“Conhece-te ou tu mesmo te devorarás !”
Dessa perspectiva, é muito estimulante a possibilidade de nada do outro e do mundo ser necessário.
Precisamos apenas de nós mesmos, numa atenção-na-ação, atentos à única realidade vivente: o aqui/ agora, a dádiva do presente, onde o todo se manifesta em tudo e em todos.