O ASTRAL INFERIOR

Se tivésseis olhos de ver do lado de cá, poderíeis observar as chusmas de espíritos dementados, em total desalinho existencial, que vivem perdidos no tempo em cidadelas medievais plasmadas por seus pensamentos, se digladiando entre si pela captura dos corpos etéricos dos homens imorais, gulosos, concupiscentes, sexólatras e drogados.
Intensifica-se tal cenário infernal quando hábeis mãos dos engenheiros das sombras conseguem apropriar-se desses corpos temporários e densos, manipulando-os para seus intentos mais odiosos e nefastos.
Então a pura tecnologia do astral inferior e o mal milenar da Terra se associam para causar doenças, discórdias, conflitos e sofrimento, criando terríveis Artificiais que – embora devam inevitavelmente um dia se desintegrar pelo magnetismo planetário – têm suas energias vitais deletérias potencializadas, sendo utilizados em processos de imantação nos encarnados, levados a efeito por arquitetos das Sombras.
Os mais variados vícios do corpo e da alma são transmitidos assim entre os dois planos da vida, para causar dor àqueles encarnados que estão em mesma faixa sintônica, fria e calculadamente obsediados
.Essas ocorrências dantescas das vampirizações fluídicas das energias vitais podem se perpetuar no tempo, criando imantações simbióticas de difícil solução, qual parasita que não pode ser retirado das entranhas da planta que o aloja. Espírito e energia, e como centelha provinda do Pai, do Todo Cósmico, eterno e imortal, se “alimenta” do infinito manancial energético existente no universo.
Muitos espíritos que fizeram escambo com o além-túmulo quando encarnados, explorando os Espíritos da Natureza, escravizando os irmãos sofredores do lado de cá em contratos com poderosos magos negros, hoje se encontram prisioneiros, em funesto sono, alojados em úmidas e malcheirosas cavernas do umbral inferior, sendo verdadeiras usinas vivas de fornecimento de energia para as organizações trevosas. Porém, imortais que sois todos vos, o manancial interminável de energia do Grande Arquiteto do Universo em tudo se apresenta imanente, e vos assiste na trajetória evolutiva, mesmo em situação tão deprimente como a desses irmãos aprisionados, até que cesse o pagamento do último ceitil das dívidas de outrora e o manto da caridade os encubra com suas falanges socorristas de resgate.

RAMATÍS – “JARDIM DOS ORIXÁS”

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