O caminho da redenção é um desafio profundo, onde o karma revela-se como a lei inexorável que cada consciência deve enfrentar. Nesse processo, encontramos duas forças antagônicas que nos acompanham: os obsessores e os amparadores.
O obsessor, movido por um ódio avassalador, busca cobrar o que acredita ser seu direito. Ele demanda com fervor, mas recusa o pagamento quando oferecido em forma de amor e trabalho construtivo. Sua escolha é a tortura da vingança, um ciclo sem fim de dor e ressentimento. Essa rejeição ao verdadeiro acerto de contas, que seria a transmutação pelo amor, revela a essência da sua condição: ele não deseja a justiça, mas a perpetuação do sofrimento.
Por outro lado, o amparador, mesmo exigindo igualmente, não pede nada para si. Sua cobrança é um chamado à doação, ao serviço altruísta em benefício da humanidade. O amparador pede que o amor se manifeste através do trabalho, sem esperar nada em troca, senão o avanço evolutivo de todos os seres envolvidos. Ele é o farol que guia as almas na escuridão, mostrando que o verdadeiro caminho é o do bem.
Essa diferença crucial define quem está do lado da luz e quem se perdeu nas sombras. O obsessor exige, mas não quer receber; prefere o ódio à cura. O amparador, em contraste, ignora os aspectos negativos, focando no potencial de bem, por menor que seja. Ele vê além das imperfeições, buscando sempre a centelha divina que reside em cada ser.
Muitos que se intitulam religiosos ou espiritualistas, infelizmente, caem na armadilha do fanatismo, transformando-se em obsessores disfarçados. Criam clubes conscienciais exclusivistas, cancelam o amor alheio e propagam ódio em nome de doutrinas que deveriam servir à elevação espiritual. Utilizam as escrituras sagradas não como fontes de luz, mas como armas de vaidade e orgulho, esquecendo-se da verdadeira essência do ensinamento espiritual: a humildade e o serviço ao próximo.
Deus, mestres, avatares e amparadores, todos eles, exigem de seus discípulos o compromisso com a verdade e a ética, respeitando sempre o livre arbítrio e os limites conscienciais de cada um. Eles admoestam, sim, mas dentro da cosmoética que irradia amor. O verdadeiro amparador não se perde em julgamentos; ele foca na evolução do ser, não nas suas falhas.
O obsessor, por sua vez, faz o oposto: ele ignora as virtudes e se apega aos defeitos, por menores que sejam. Ele é aquele que persegue, que tenta minar a caminhada de quem busca a luz, atacando Ramatís, seus médiuns e todos que se dedicam ao universalismo lúcido e responsável. Mas a força do bem é superior, pois quem opera no amor trabalha para a construção de um futuro melhor, não só para si, mas para toda a humanidade.
Neste contexto, cabe a cada um refletir sobre suas ações e escolhas. A tarefa de redenção é individual, mas seu impacto é coletivo. Quando optamos por responder ao ódio com amor, ao invés de perpetuar o ciclo de vingança, damos um passo significativo rumo à nossa própria libertação e à do planeta.
Espiritualidade sem religião, ética sem doutrina, reforma íntima sem evangelho, intelecto sem arrogância e bom humor sem puritanismo.
Dalton Campos Roque escritor efêmero, poeta eterno, livre pensador consciencial, escritor compulsivo, bem humorado constante, omniquestionador de paradigmas. – Escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium do plano físico, humorista incorrigível da consciência, que sente uma saudade incrível de seu planeta, e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Alega: Não quero ficar com os “bons”.
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