PERGUNTA: Gostaríamos que nos explicásseis como é que o psicômetro exerce a sua faculdade.
RAMATÍS: O psicômetro, concentrando-se profundamente na “aura” do objeto ou coisa material que pretende auscultar, pouco a pouco vai captando os eflúvios psíquicos da freqüência vibratória que os envolve; e então começa a sentir, pela sua projeção no perispírito, a série de imagens que, em ordem decrescente, vão-lhe assinalando os fatos na ordem inversa. Supondo que um competente psicômetro, tornando um anelou jóia que pertenceu a um fidalgo da corte de Luís XV; submete o espectro áurico dessa jóia a uma análise de investigação vibratória, logo, então, ele começa a se aperceber de todos os acontecimentos que se desenrolam em torno do referido objeto ou, para melhor definição, de todos os fatos a que o anel “assistiu”, desde o momento em que o dito fidalgo começou a usá-lo. Porém, os acontecimentos surgirão em ordem inversa, isto é, do presente para o passado.
Na chamada literatura ocultista encontrareis suficientes comprovações de fatos verídicos revelados pela psicometria. Às vezes, é suficiente um fragmento de papel, pano, metal ou mesmo de pedra, que permaneceu nas adjacências de importante cerimônia pública, de uma batalha ou mesmo de fatos sem grande importância; mas o psicômetro bem desenvolvido relata os acontecimentos “assistidos” pelo objeto.
PERGUNTA: – Quais os recursos que melhor auxiliam o desenvolvimento do psicômetro e o êxito do seu trabalho?
RAMATÍS: Os principais elementos necessários ao psicômetro são os seguintes: habituar-se à meditação; dominar bastante as sensações pessoais para ter bom controle mental. Deve aprender a isolar-se do mundo externo físico, numa espécie de “auto-hipnotização”, a fim de se tornar um núcleo receptivo, captador de vibrações psíquicas. Necessita imergir numa suave passividade de auscultação espiritual, de modo a permitir que as imagens chegadas através de sua sensibilidade psíquica despertem-lhe os ajustes do raciocínio identificador. Comumente, antes de o psicômetro “ver imagens” na tela imponderável, a sua mente é invadida por idéias que lhe criam o estado mental de
sintonia necessária à perfeita receptividade dos acontecimentos que então se manifestam mais clara e perfeitamente. Em certos casos, é uma espécie de “voz interior”, que parece enunciar com antecedência os detalhes mais relevantes dos fatos que serão projetados ou revelados pelo objeto em análise. O psicômetro deve ser um homem de alma bastante cristianizada pois, tanto quanto mais lograr o afinamento psíquico do seu perispírito, também há de torná-lo cada vez mais transparente e sensível para auscultar o Éter Cósmico.
DO LIVRO: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – EDITORA DO CONHECIMENTO.