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(Depoimento de um Espírito Obsessor)
Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que não gosto de você!
E não é por nenhuma questão pessoal. É simplesmente porque você lida com as coisas espirituais. E eu detesto os espiritualistas e os médiuns, de qualquer linha ou grupo. Porque todos vocês são muito intrometidos e xeretas, e eu gosto de privacidade no meu trabalho.
Vocês ficam alertando a humanidade sobre os assédios espirituais e denunciando a atividade extrafísica de elementos como eu. E isso é muito ruim para quem opera a serviço das trevas.
Eu só estou aqui porque fui obrigado pelos guias de luz*. Eles me pegaram com a boca na botija! E logo quando eu achei que a parada estava vencida a meu favor.
E eu nem sei como a minha vítima da vez teve tal assistência espiritual, pois se trata de pessoa extremamente complicada e arrogante. E gente assim é fácil de ser obsidiada, porque se acha muito esperta.
No entanto, minha presa escapou no último momento, por causa desses malditos guias espirituais. E, a essa altura do campeonato, estou é achando que você é que estragou o meu lance, porque eles me trouxeram até aqui e me obrigaram a ter essa conversa (que, na verdade, não me interessa em nada).
Mas eu não queria papo algum com você, pois todos os médiuns são meus inimigos… Só que os malditos guias me prenderam num campo de energia luminosa e me trouxeram até aqui. E eles me falaram para conversar com você, justamente sobre as obsessões extrafísicas e como eu opero na Astral sobre minhas vítimas.
E eu estou lhe dizendo: minha especialidade é obsidiar gente arrogante. E eu me locupleto fazendo isso. E eles merecem o “pau” que levam, pois são metidos a besta!
E eu sou o agente invisível que os pune. Eu sou o executor que quebra o orgulho dessa gente abjeta. Ajo no Invisível e promovo as demandas trevosas em cima deles.
Não tenho dó nem piedade alguma. Desço o sarrafo mesmo!
E sabe como eu chego neles?… É pelo pensamento.
Eu entro na faixa mental deles e pressiono o que vocês chamam de chacra coronário**. Crio cunhas mentais e as introduzo pelo topo da cabeça deles (como um inseminador oculto, eu engravido a mente dessa gente orgulhosa com meus pensamentos poderosos).
Eles se acham os tais, mas eu domino um monte deles. E quanto mais arrogantes, mais eu entro neles, com tudo!
E lhe digo mais: se o arrogante for algum estudante das coisas espirituais, ou algum trabalhador de alguma seara da Luz, aí o meu prazer é centuplicado.
É uma delícia pegar esse pessoal que se acha altamente espiritualizado e inacessível aos assédios extrafisicos. É a minha iguaria na obsessão, o meu “caviar espiritual”.
Inclusive, já obsidiei gente que você admirava, e que depois enveredou pelas peias da arrogância e do egão.
Gente grande, mas que virou “prenda minha”.
E eu só estou lhe dizendo isso porque estou preso aqui nesses fios de luz. É que esses guias espirituais malditos estão me fazendo revelar as minhas táticas secretas de manipulação mental.
E eu sei que você sabe que uma das armas ocultas de obsessores como eu é a invisibilidade. Quanto menos gente souber dessas coisas, melhor para o meu serviço de executor. Porque ninguém combate aquilo que não acredita!
Portanto, falar disso com você é como fazer um gol contra na minha atividade trevosa. Aliás, já deu, né? Chega de falar disso!
Pede aí aos guias malditos para me levarem daqui. Eu não quero mais ficar perto de você. Ainda mais sabendo que você vai escrever tudo e revelar os meus métodos.
Mas eu sei, também, que a maioria das pessoas não acredita em nada disso. E, mais cedo ou mais tarde, serão “prendas minhas”, ou de outros elementos trevosos que estão por aí…
Você é muito otário se acha que escrever o que eu disser vai mudar alguma coisa. Você será é criticado por isso, porque a gentalha arrogante nem vai considerar nada. Eles se acham os tais e andam com a crista do ego eriçada.
Agora e estou preso, mas isso não durará muito tempo. Porque, eventualmente, eu serei novamente atraído pelas mentes sórdidas dessa gentalha. E, aí, nenhuma cadeia energética vai me segurar.
A força do pensamento é tudo. E eu treinei minha mente para ser o executor. E vou voltar! Agora mesmo, eu sinto as mentes da gentalha me chamando, mesmo que inconscientemente.
Eles são “prendas minhas” e eu vou enfiar as minhas cunhas mentais*** neles, tornando-os meus bonecos.
Quer saber?… Vai você e esses malditos guias de luz para o quinto dos infernos! Detesto vocês! E também odeio a Luz!
Quer saber?… Vai se danar!
Hoje você não tirará mais nada de mim. Vou me calar e torcer para que tudo o que você escrever não tenha atenção alguma.
Eu sou o executor dos arrogantes. E tenho dito!
– Anônimo –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Caxias do Sul, 28 de março de 2014.)
– Nota de Wagner Borges: O espírito assediador que me deu esse depoimento foi trazido pelos mentores extrafísicos. Ele estava todo amarrado por fios luminosos e muito irritado por estar perto de mim. E, de alguma forma, ele foi obrigado a revelar algumas coisas sobre os seus métodos de trabalho trevoso.
O objetivo disso é alertar aos estudantes e trabalhadores espirituais sobre as obsessões ocultas e suas consequências. E também chamar a atenção para a questão da arrogância e como isso acarreta repercussões ruins na vida de todos.
Então, que esse alerta consciencial gere ponderações sadias em todos nós que estamos nas lides espirituais. Para que “não vacilemos” na senda e nem deixemos nada de negativo entrar em nossas mentes. Para que fiquemos firmes em nossos propósitos vitais.
Que nada nem ninguém, da Terra ou do Astral, possa nos afastar da Luz!
Que tudo melhore, dentro e fora da gente.
Enfim, que sejamos mais responsáveis pela sintonia espiritual de tudo o que pensamos, sentimos e fazemos.
(Agradeço aos mentores espirituais por ter sido veículo de mais essa oportunidade de aprendizado e crescimento consciencial.)
Paz e Luz.
– Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
– Notas:
* Guias de Luz – entidades extrafísicas e positivas que ajudam na evolução de todos; mentores extrafísicos; protetores astrais; auxiliares invisíveis; guardiões astrais; guias espirituais; benfeitores espirituais.
** Chacra Coronário – é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: A pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal – também chamada de “epífise” – é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.
(Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi -, do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico. Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico).
*** Cunha mental – artefato energético plasmado mentalmente pelo sugestionador (no caso, a entidade extrtafísica obsessora), e introduzido no campo mental do sujeito, com a finalidade de implantar nele um bloco de sugestões potentes e repetitivas.
Obs.: Para enriquecimento desse depoimento extrafísico, posto na sequência um texto extraído do meu livro “Viagem Espiritual – Vol. 2”, justamente sobre os motivos pelos quais os espíritos grossos praticam os assédios extrafísicos sobre a humanidade.
POR QUE HÁ ESPÍRITOS NEGATIVOS?
Muitas pessoas perguntam por que existem tantos espíritos desencarnados apegados ao plano físico ou envolvidos em tramas obsessivas. A explicação para isso é uma das mais simples: a morte não muda ninguém. O desencarnado de hoje é aquele mesmo que estava encarnado ontem. Extrafisicamente, ele é o reflexo exato daquilo que manifestava no plano físico.
A morte não transforma a pessoa tacanha em um “gênio do além” e nem o desequilibrado emocional num anjo sideral. Depois dela, a pessoa é, literalmente, a mesma que era antes de desencarnar, nem mais, nem menos. É a mesma consciência, com os mesmos pensamentos e desejos de antes, apenas foi finalmente ejetada do corpo. É o que foi em vida terrestre.
Para entendermos bem a mecânica desse processo, basta observarmos o que a maioria das pessoas busca na existência terrena. Se a criatura procura desejos baixos na vida, é óbvio que seu corpo espiritual* também manifestará energias de baixo nível.
É por isso que encontramos tantos desencarnados em estado lastimável após a morte, pois já eram assim em vida, buscando objetivos grosseiros.
Como dizia o sábio francês Léon Denis, “a morte não nos muda e, no além, somos apenas o que nos tornamos neste mundo, daí a inferioridade de tantos seres desencarnados”.
* * *
Existem muitos relatos antigos que se referem à influência nefasta dos espíritos negativos sobre as pessoas. Dependendo da época, do povo e da cultura vigente, a denominação desses espíritos variava: espíritos trevosos, almas penadas, fantasmas, espíritos inferiores, espíritos apegados, espectros malignos, demônios, e outros.
Paulo de Tarso, o grande apóstolo cristão, sabia bastante sobre a ação desses espíritos infelizes, pois sofreu muitos assédios espirituais durante sua missão de espalhar os ideais cristãos. Por isso, em Efésios (cap. 6, vers. 12), ele escreveu o seguinte:
“Porque nós não temos de lutar contra o sangue e a carne, isto é, as paixões vulgares, mas contra os principados e protestados, os governadores das trevas deste mundo, os espíritos da maldade nos ares”.
Porfírio, grande iniciado espiritualista da Antiguidade, também se referiu ao assunto no seu“Des Sacrifices” (cap. 11):
“A alma, mesmo depois da morte física, permanece ligada ao corpo por uma estranha ternura e uma afinidade tanto maior quanto mais bruscamente essa essência houver sido separada de seu envoltório. Vemos almas em grande número voltear, desorientadas, ao redor de seus restos terrestres. Ainda mais, vemo-las procurar com diligência os despojos de cadáveres estranhos e, acima de tudo, o sangue fresco derramado, cujo vapor parece lhes restituir, por alguns instantes, certas faculdades da vida. Assim, os feiticeiros abusam dessa noção no exercício de sua arte. Nenhum ignora como evocar as almas à força, obrigando-as a aparecerem seja agindo sobre os restos do corpo que deixaram, seja invocando-as no vapor do sangue derramado”.
Em “A Chave da Alquimia”, Paracelso (pseudônimo de Theophrastus Bombastus vonHohenheim, o grande alquimista e ocultista do século XVI), escreveu o seguinte:
“Vamos conhecer agora a maneira como os espíritos podem nos prejudicar.
Se desejamos com toda a nossa vontade (plena voluntas) o mal de outra pessoa, esse desejo que está em nós acaba conseguindo uma verdadeira criação no espírito, impelindo-o a lutar contra o lado da pessoa que queremos ferir.
Então, se este espírito é perverso, mesmo que o corpo correspondente não seja, acaba deixando nele (o corpo) uma marca ou sofrimento de natureza espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em algumas de suas manifestações”.
E complementou:
“Quando os espíritos travam essas lutas, acaba vencendo aquele que pôs mais ardor e veemência no combate. Segundo essa teoria, devem compreender que se produzirão feridas e outras doenças não corporais em tais contendas e, por conseguinte, toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira, desenvolvendo-se, em seguida, conforme a substância espiritual”.
A partir do surgimento do Espiritismo, com Allan Kardec (pseudônimo de Leon Hypolite Denizard Rivail), e de “O Livro dos Espíritos”, na França, em 1857, esses espíritos negativos passaram a ser denominados de obsessores espirituais ou espíritos atrasados.
Na verdade, esses espíritos deveriam ser chamados de “enfermos extrafísicos”, ou “doentes desencarnados”, pois o seu desequilíbrio é tão grande que os leva à obsessão e à loucura espiritual. Infelizmente, esse desarranjo acaba levando esses espíritos a se anexarem às auras** das vítimas incautas, que os atraem devido à sintonia espiritual, mental, emocional ou energética que manifestam.
Nesse ponto, não custa nada lembrarmos do velho axioma espiritualista:
“O semelhante atrai o semelhante!”
* * *
Considerando as dificuldades dos espíritos ligados à Terra, podemos classificá-las em três tipos de apego:
– Psicológico;
– Energético;
– Psicológico e energético (ao mesmo tempo).
As causas disso podem ser variadas. O grande pesquisador inglês das experiências fora do corpo Robert Crookall as classificou da seguinte maneira:
– A atenção desses espíritos continua dirigida para as questões físicas;
– Prevalece neles a necessidade de terem sensações grosseiras;
– Suas repetidas afirmações, atuando como sugestões pós-hipnóticas, de que não existe outro mundo além do físico, tornam difícil para eles aceitarem a existência de alguma coisa além da morte;
– Alguns desses espíritos são turrões por causa de sua absoluta estupidez, obstinação e desinteresse em aprender;
– Falta determinação para seguir em frente, na direção dos planos extrafísicos superiores.
Podemos acrescentar, ainda, mais duas situações que desequilibram a muitos espíritos: um corpo espiritual muito denso, por causa do desequilíbrio espiritual, mental, emocional ou energético durante a vida física; e energias remanescentes do duplo etérico (o campo energético do corpo humano), aderidas ao corpo espiritual, mantendo-o, então, bastante denso e apegado energeticamente ao plano físico.
* * *
Por causa de tudo isso, e para que manifestemos um bom nível de consciência na vida, ficando protegidos de influências espirituais negativas e, principalmente, não nos tornando obsessores depois, é necessário que direcionemos os nossos esforços para adquirir quatro coisas imprescindíveis na vida:
1. Discernimento na mente, para entendermos as coisas e buscarmos objetivos claros. Nesse aspecto, a leitura espiritualista, a meditação e a reflexão serena são ótimos aliados em nosso caminho terreno;
2. Compaixão no coração, para compreendermos os outros e ajudarmos a todos. Perdão, paciência e boa vontade são as palavras de ordem para quem quer ser útil à vida.
Sabemos que, na prática, é muito difícil ser assim; mas, também sabemos que estamos aprendendo e evoluindo. O próprio fato de estarmos estudando esses assuntos já é um bom passo em direção à melhoria de todos nós;
3. Energias salutares na aura, para irradiarmos luz ao mundo, e para expressarmos a plenitude de nossas capacidades anímico-mediúnicas na vida. Precisamos ter um campo energético forte, limpo e colorido (e com chacras vibrantes***);
4. Elevado nível de ética (e cosmoética), para que não julguemos e, tampouco, condenemos os outros. A técnica de como fazer isso é simples: se observarmos os nossos defeitos com mais atenção e menos orgulho, sem dúvida que não sobrará tempo para observarmos os erros dos outros.
Precisamos prestar atenção nas coisas que são positivas.
Quanto às que são negativas, ouçamos o conselho do benfeitor espiritual André Luiz: “Sigamos o que for correto e sensato. O que não for, tenhamos paciência e compreensão, sabendo que a previdência divina é magnânima e, no devido momento, impulsionará a tudo e a todos na direção certa, para o Bem maior”.
Paz e Luz.
– Wagner Borges – aprendendo e trabalhando por esse mundão de Deus…
(Texto extraído do livro “Viagem Espiritual – Vol. 2” – editora Universalista – 1995.)
– Notas:
* Corpo espiritual – Cristianismo – Cor. I, cap. 15, vers. 44.
Sinonímias: Corpo astral – do latim, astrum – estrelado – expressão usada pelo grande iniciado alquimista Paracelso, no séc. 16, na Europa, e por diversos ocultistas e teosofistas posteriormente.
Perispírito – Espiritismo – Allan Kardec, séc. 19, na França.
Corpo de luz – Ocultismo.
Psicossoma – do grego, psique – alma; e soma, corpo. Significa literalmente “corpo da alma” – Expressão usada inicialmente pelo espírito André Luiz nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Waldo Vieira, nas décadas de 1950-1960, que atualmente é mais usada pelos estudantes de Projeciologia.
** Aura – do latim, aura – sopro de ar – halo luminoso de distintas cores que envolve o corpo físico e que reflete, energeticamente, o que o indivíduo pensa, sente e vivencia no seu mundo íntimo; psicosfera; campo energético.
*** Chacras – do sânscrito – são os centros de força situados no corpo energético e têm como função principal a absorção de energia – prana, chi -, do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico. Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico).
Obs.: Sobre o tema dos assédios espirituais, ver as duas partes do texto “Falando de Assédios Espirituais e Emoções Daninhas”, postadas no site do IPPB nos seguintes endereços específicos:
Parte I –
Parte II –