Aviso de um Terapeuta sobre “Mediunidade”. Cuidado!
Há muito tempo venho pesquisando, apurando fatos e dados, bem como acompanhando e sendo ferramenta complementar em casos de transtornos psiquiátricos, principalmente Transtornos Obsessivos Compulsivos (TOC); Pânico, Bipolares, Ansiedade Generalizada, Depressão e Esquizofrenia, que venho agora, na forma deste texto explicitar fatos urgentes e de interesse geral. Serve de atenção especial aos Centros Espíritas Kardecistas e aos Centros-Espíritas-Não-Kardecistas (que misturam a filosofia espírita com várias outras manifestações místicas, culturais e religiosas), ao que segue:
Da Motivação:
São inúmeros os casos de que tenho registro de principalmente jovens entre 10 e 22 anos com graves queixas psíquicas e de desorientação generalizada, produzindo claramente sintomas conhecidos e encaixados como Esquizofrenia, TOC e Bipolares que tiveram seu início em Centros Espíritas e Espiritualistas quando do chamado: “desenvolvimento mediúnico”.
Dos Fatos:
Adoro números e estatísticas, e tenho em mãos variados casos, que movidos de tamanha semelhança e sincronicidade chegam a assustar. São relatos de jovens, que desenvolveram transtornos psiquiátricos logo após serem “diagnosticados” como médiuns e de terem ouvido que:” precisam urgentemente”, segundo estes locais, de “desenvolvimento mediúnico”. Pois “não têm nada, só mediunidade mal trabalhada…”
Jovens que estavam sadios, repletos de vida, estudando, namorando, descobrindo seus processos e focados num destino que esteja sob seu comando, com problemas comuns a todos os habitantes do Planeta Terra – ansiedade, frustrações… mas que depois de conduções errôneas, distorcidas e por que não chamar de criminosas, feitas por estes locais, alguns nomeados de Centros Espíritas, Umbandistas, Fraternidades, nunca mais voltaram a ser os mesmos. Entram em um colapso generalizado de dilatação do seu extra-sensorial, o que chamamos de mediunidade, e ficam completamente fora de controle, e produzem fatos gravíssimos que os “Centros” depois colocam a “culpa” na faculdade mediúnica não vigiada, no Karma, nas vidas passadas e não resolvem o problema que causaram.
O fato é que muitos transtornos severos estão tendo início por “trabalhadores” destes centros completamente mistificados e sem a mínima condição de decidir sobre o tal “desenvolvimento mediúnico”. Sob o verniz de grandes sábios do “outro lado”, com práticas invasivas e inapropriadas, tomando uma parte como um todo, e comprometendo vidas. O fato outro é que sou um terapeuta com raízes fundamentais na filosofia espírita, frequentando e “trabalhando” em Centros de diversas filosofias agregadas desde os 14 anos, e falo com propriedade e vivência deste fato.
Do Problema:
Onde está a Federação Espírita? Onde está o bom senso e o controle, e principalmente a formação destes doutrinadores e dirigentes espíritas e similares? Creio que a Federação deva urgentemente adotar medidas rígidas de certificação da capacidade a quem está nos Centros Espíritas sendo porta vozes de uma filosofia tão linda, transformada em pedestal de auto-estima pessoal e mistificações,nestes casos. Estamos vivendo a Era do contrabando da Fé, e infelizmente vejo lamentáveis condutas ligadas ao nome de espiritismo, umbanda, fraternidades que mais parecem seitas de “sabe-tudo”, longe da essencial moral estabelecidas por elas mesmas. Sem falar nas lutinhas de poder e vaidades dos bastidores destes movimento no Brasil, estamos sujeitando inúmeros jovens a um processo agudo de calamidade mediúnica.
Desenvolver a mediunidade para que? Usar como regra geral este roteiro baseado em que? Quem decide isso?
Existem inúmeras formas de desenvolver a nossa percepção e fazer bom uso de nossas habilidades extra-sensoriais. E sem ter um retrato profundo da vida daquela pessoa, de seus problemas de infância, de seus traumas e complexos, de sua história familiar e processos íntimos, “brincar” com isso pode ser fatal. Os jovens têm carregado processos complexos herdados de cargas biológicas e “cármicas” de seus antepassados e de seus traumas de infância, e um desenvolvimento mediúnico pode resultar no aflorar de todo este conteúdo em forma descontrolada, que ligado ao processo espiritual, sem supervisão terapêutica, podem produzir danos irreparáveis. Cada corpo é um corpo, cada Ser é um Ser, uma impressão digital que não pode ser visto como seriais.
Acredito e sugestiono que todo o Centro Espírita e similares tenha um Psicólogo, Terapeuta ou Psiquiatra responsável pela avaliação da necessidade e conduta destes “desenvolvimentos” – a grande e esmagadora maioria desnecessários. É preciso também uma espécie de “selo de qualidade” e “provão” aos Centros e seus trabalhadores, visando a excelência no trato e abordagem das ferramentas espirituais. Acredito que um bocado de gente seria obrigada a se reciclar, estudar e ter uma disciplina em relação ao generalizar todos os casos.
A situação é caótica, lamentável e não para de crescer. Muito longe de criticar negativamente o espiritismo ou qualquer manifestação religiosa, pois estaria negando a mim mesmo, estou gritando por lucidez e atualização de procedimentos. Antigamente os fenômenos eram mais necessários, mas hoje, tenho certeza que não. A educação mediúnica ou extra-sensorial é a primeira coisa que se deve fazer, e não apenas desenvolver por desenvolver, algo que pode fugir do controle, e está acontecendo como epidemia. Muitos jovens embarcando numa viagem perigosa porque “mentores” disseram isso ou aquilo. Mas pé no chão senhores e senhoras. Conheço trabalhos muito bem encaminhados de Centros Espíritas e outros completamente equivocados. Que tenhamos lucidez e cuidado. Pesquisem, observem o nível de fanatismo de quem quer te convencer de algo, procure a lógica, o bom senso e proteja você e nossas crianças e jovens de abusos espirituais.
Não podemos mais, com tanta informação, tapar os olhos a isto. A ignorância nos protege muitas vezes, mas saber e persistir no erro é um grave atentado contra a vida. “Instruí-vos”! É hora de evoluir e sair do lugar comum de achismos e condutas cegas. Continuo crendo que o “mal” é um “bem” fora do lugar. Levantemos as mangas e coloquemos então no lugar.
Com respeito e carinho,
Jordan Campos – Terapeuta Cognitivo Transpessoal
www.jordancampos.com.br