AJ CHAGAS – https://www.facebook.com/ajc.ajc.3/posts/1080915212061892
Um pequeno excerto de uma obra (estudo comparado): Marte, Planeta Evoluído, ainda sem previsão de lançamento.
Na obra de Pedro de Campos, Universo Profundo, o espírito Erasto traz uma informação bastante inquietante no que concebe a gênese marciana, pois indica que “enquanto na Terra os primatas deram origem à nossa espécie, no mundo dimensionalista de Marte foram as aves que evolucionaram e deram origem à espécia pensante mais evoluída”.
Seguindo por esta linha de pensamento, pode-se inferir que a característica volitiva própria do ser alado marciano, teria sua origem justamente pelas aves que lhe deram causa ao atributo adquirido. E que no estágio de individuação (criação da centelha divina) de uma específica alma-grupo, saindo do reino animal para o hominal, tal característica hereditária tenha se projetado para o reino seguinte.
Já são bem conhecidas tais passagens pelas obras de Chico Xavier na descrição das características básicas daqueles que habitam o orbe marciano, tais como: “Tive então ensejo de contemplar os habitantes do nosso vizinho, cuja organização física difere um tanto do arcabouço típico, com que realizamos as nossas experiências terrestres”. Novas Mensagens.
“Vi homens mais ou menos semelhantes aos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças. Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias a guisa de asas que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas”. Cartas de Uma Morta.
Por Ramatis vê-se, na obra A Vida no Planeta Marte de Hercílio Maes, um detalhamento maior: “seus corpos são de carne similar a vossa, mas de qualidade mais delicada; (realizam) voos acrobáticos, lentos e extensos, pois as protuberâncias ou pequenas membranas que o marciano possui, do ombro ao cotovelo, facultam-lhe, na descida dos saltos, pousar no solo como a pétala de uma flor descendo num vento brando”.
Em outras passagens acrescenta: “Notariam nos terrícolas a ausência de protuberâncias que os marcianos têm na altura das omoplatas…”.
“Normalmente, o marciano deixa seus veículos à margem das cidades, locomovendo-se, depois, facilmente, mediante o recurso de suas membranas intercostais e pelo radar”.
Por Flammarion, em Urânia, no final do século retrasado também há referência a estas características marcianas e suas “asas” quando do diálogo com seus amigos, agora reencarnados em Marte: “… Reflete, pois, que as deliciosas belezas terrestres, a que aludias há pouco, são apenas uns grosseiros monstros comparados às nossas aéreas mulheres de Marte, as quais vivem do ar de nossas primaveras, dos perfumes de nossas flores, e são tão voluptuosas, no frêmito de suas asas, no ideal beijo de uma boca que jamais comeu: que, se a Beatriz de Dante tivesse sido de tal natureza, jamais o imortal Florentino teria podido escrever dois cantos da Divina Comedia; houvera começado pelo Paraíso e daí não teria descido…”.
Reforçando, na mesma obra, mais adiante: “… A minha vizinha, cujas asas palpitavam de impaciência, pôs o delicado pé em um pendão de flores que se erguia entre dois jactos de perfumes…”.
Ainda nesta mesma referência bibliográfica, também editada pela FEB detalha as características dessa humanidade: “… Os organismos são leves e delicados; a densidade dos corpos é muito fraca, o peso mais fraco ainda…”.
Mais adiante acrescenta: “… O fato de ser a densidade muito fraca na superfície daquele mundo, e as substâncias constitutivas dos corpos menos pesadas lá do que aqui, permitiu a formação de seres incomparavelmente menos pesados, mais aéreos, mais sutis, mais sensíveis…”.
Por último, Flamarion é explícito na questão da constituição alada dos marcianos: “a humanidade marciana é, com efeito, uma raça de origem sextúpede; atualmente, porém, é bípede, bímana, e o que se poderia chamar BIALADA, pois que esses seres têm duas asas”.
Inclusive em Estela traz e faz ajustada descrição: “Assim, entre outros, presumo que os corpos, sendo ali menos pesados, são menos grosseiros, mais delicados, mais sensíveis, mais etéreos, mais puros”. “… e foi com grande surpresa que os dois amantes viram aproximar-se deles um mundo que não era o nosso: “habitações aéreas, seres leves voando nos ares…”.
Vê-se como não é só em Marte que os corpos dos habitantes de planetas mais evoluídos, têm a característica mais etérea ou menos densa. Em Júpiter, conforme descrição na Revista Espírita de 1858, a questão levantada era de que, se os corpos dos habitantes de Júpiter são menos densos do que os nossos, eles seriam formados de matéria compactada e condensada ou vaporosa?
Na resposta, assim foi colocada: “Compacta para nós; mas para vós ela não o seria; é menos condensada”.
Em outra passagem desta edição da Revista obtem-se mais detalhes: “… Os corpos de todos esses Espíritos, e, aliás, de todos os Espíritos que habitam Júpiter, é de uma densidade tão leve que não se pode lhe encontrar termo de comparação senão nos fluidos imponderáveis; um pouco maior do que o nosso, do qual reproduz exatamente a forma, porém mais pura e mais bela, se nos oferece sob a aparência de um vapor (emprego com pesar essa palavra que designa uma substância ainda muito grosseira), de um vapor, digo, imperceptível e luminoso; luminoso, sobretudo, nos contornos do rosto e da cabeça. Porque aqui a inteligência e a vida irradiam como um foco ardente; e é bem esse clarão magnético entrevisto pelos visionários cristãos e que nossos pintores traduziram pelo nimbo e pela auréola dos santos…”.
Em Sirius tal atributo volitivo é propriedade intrínseca, pois constata-se quando da leitura da obra Renúncia na psicografia de Chico Xavier por Emmanuel, que assim descrito está: “… Seres alados iam e vinham, obedecendo a objetivos santificados, num trabalho de natureza superior, inacessível à compreensão dos terrícolas…”.
Com certo espanto afigura-se em Ami o Menino das Estrelas de Enrique Barrios uma descrição exata deste atributo físico-espiritual em humanidades mais avançadas, onde Marte é apenas uma poeira cósmica diante das outras moradas criadas por Deus. A propriedade de volitar não é apenas um atributo dos seus corpos físicos, derivam como consequência de suas evoluções morais e espirituais. Assim está relatado o que consta na obra: “Saímos da água e avançávamos em alta velocidade para a superfície do planeta Ophir; em pouco tempo chegamos até uns edifícios. Paramos no ar e eu quase desmaiei com o que vi: várias pessoas… voavam”!
-Como podem voar?
– perguntei, fascinado.
-O amor os eleva, algo parecido fizemos na praia. Mantinham-se no ar com os braços abertos, alguns verticalmente, outros em posição horizontal. Todos tinham os olhos fechados e seus rostos denotavam grande suavidade e concentração. Deslizavam como guias descrevendo enormes círculos”.
Em O Evangelho à Luz do Cosmo, Ramatis traz amplo entendimento e profundo discernimento da função e da tipologia corporal que atende cada orbe e o momento biológico propício ao verdadeiro entendimento da realidade da vida física e do aprendizado pela carne que o espírito assim se utiliza para desempenho dos objetivos maiores: “Embora todo o espírito do homem seja sempre uma “centelha” emanada do Espírito Cósmico Divino, e, potencialmente, dotado da mesma capacidade criativa, a sua forma, estatura ou constituição biológica, nos vários orbes habitados, podem diferir ao infinito, em face das afinidades eletivas aos diversos fatores mesológicos de cada orbe. Não importa se um jupteriano atinge 3 metros de altura, um habitante de Arcturo, além de possuir um corpo quase diáfano, alcança 5 metros de estatura, ou criaturas do satélite de Ganimedes, de Júpiter, não ultrapassam a 30 centímetros no seu crescimento. O certo é que a capacidade criativa e a memória perispiritual definitiva são independentes da configuração ou estatura da vestimenta física, a qual é transitória. O corpo, alto ou baixo, magro ou gordo, preto ou branco, é tão somente a instrumentação necessária para a entidade imortal fazer as suas experiências evolutivas criativas nos mundos materiais”.
∆JC