Deus, embora seja todo-poderoso, não age de modo contrário à lei ou de modo arbitrário apenas porque alguém está orando. Ele deu independência ao homem e este faz o que lhe apraz. Perdoar as falhas humanas de modo que o homem continuasse com seu comportamento errado sem consequências significaria que Deus está Se contradizendo — desconsiderando a lei de causa e efeito aplicada à lei da ação — e que Ele maneja as vidas humanas não de acordo com as leis que criou, mas sim de acordo com Seu capricho. Deus não Se comove com a adulação nem com o louvor para alterar o curso de Suas leis imutáveis. Devemos, então, viver sem a intercessão da graça e da misericórdia de Deus e permanecer vítimas de nossas fragilidades humanas? Precisamos, então, de maneira inevitável, enfrentar os frutos de nossas ações como se decorressem de predestinação ou do chamado destino?
Não! O Senhor é tanto lei quanto amor. O devoto que, com fé e devoção puras, busca o amor incondicional de Deus e também ajusta suas ações para que estejam em harmonia com a lei divina certamente receberá o toque purificador e amenizador de Deus.
.
Paramahansa Yogananda,
No Santuário da Alma