Um tempo atrás no Facebook eu “curti” uma página de Ramatís – nem sei de quem era a fanpage exatamente – se era de alguma pessoa física ou pessoa jurídica, talvez até de alguma editora.
“A pessoa” postava uns textos espiritualistas legais. Eu vi aquilo e pensei em repassar para amigos e para minha página, mas não queria fazer isto sem fornecer o dado bibliográfico exato, ou seja, o nome da obra e do médium e talvez da página.
Então um dia eu deixei um comentário educado perguntando mais exatamente o dado de origem. A pessoa foi meio grosseira comigo na resposta dizendo que tudo era de Ramatís e fez questão de frisar que eram de “médiuns avalizados”.
Claro, que a pessoa me identificou e deu o seu recado. Ela quis dizer assim: “você não é médium avalizado, nós é que temos a verdade e que podemos avalizar”.
Ou seja, a pessoa foi “fraternalmente” e publicamente grosseira e ainda detém a verdade, é dona da verdade. Eles devem fornecer selo ISO9000 para médiuns e ainda certificado e devem fazer carteirinha também.
Eu realmente fiquei bem impressionado com isto, também fui grosseiro e infeliz nas respostas genéricas no Facebook, que acabam ferindo pessoas que não tem nada com isto. Infelizmente não fui feliz em minha exposição, mas peço desculpas aqui.
Alguns colegas do Facebook cortaram relações comigo – eu lhes dou razão e peço desculpas novamente, mas há outros desdobramentos óbvios. Se não há nada de bom em mim e em meu trabalho que possa ser considerado, aconselho mesmo a cortar relações comigo. Lhes dou razão, e sinto muito, mas a recíproca será verdadeira – óbvio. Considerarei sempre a qualidade de um trabalho bom e separarei da parte pessoal.
Bem, já não chegam termos Padre Quevedo denegrindo o Espiritismo e Artur Felipe denegrindo Ramatís, ainda temos que aguentar estes que nos consideram concorrentes.
Como este exclusivismo ramatista – que também atinge o amigo Wagner Borges com trabalho de altíssimo nível – pode ter a competência de criticar o exclusivismo de outros grupos como o da Conscienciologia (já que fazem a mesma coisa), do Padre Quevedo ou Artur que citei, já que fazem o mesmo? É a pessoa com toco no olho criticando a unha encravada alheia.
Fico imaginando se o interesse é comercial com aquela preocupação prostituída de vender livros ou se é apenas um idealismo Espírita fanático e doutrinário ou mesmo as duas coisas misturadas.
A matemática é simples. É o mesmo que eu digo das blasfêmias do Artur Felipe contra Ramatís: mesmo que possamos considerar uma parcela de erros num conjunto de obras de tal espírito, NÃO HÁ COMO NEGAR 95% de bom conhecimento e amor! E este obsessor foca nos 5%!
Serve não apenas para Artur Felipe, mas para todos nós! Onde está a universalidade do conhecimento de Kardec?[1] Há também a cômoda conveniência de culpar o espírito – já que é a ele que se persegue a todo custo – e para tal intenção considerar seu médium perfeito. Se o médium é perfeito a culpa da ausência de uma vírgula vai ser atribuída ao espírito!
Quando me perguntam se sou ramatista eu respondo que não. Não, eu não sou ramatista! Em alguns trabalhos eu assino Ramatís a minha maneira e com a devida segurança, pois meu foco está mais na essência e não nestas pobres mesquinharias. Conteúdo, conteúdo, conteúdo! Mas as pessoas são tão pequenas que perguntam quem assina antes de ver a qualidade do conteúdo! Isto é de forma geral. Você lê a ideia ou lê o autor?
Se meus livros e textos possuem bons conhecimentos e veiculam algum amor – mesmo que eu não seja perfeito como quem crê que é – isto me basta! Se o texto do médium X veicula bons conhecimentos e um tanto de amor – isto me basta! Deixo os retrógrados preocupados com seus status “espiritualistas” fazendo comparações doutrinárias e teorizando intelectualidade. Outros medindo estereótipos de comportamento religioso.
Eu sou parceiro de todos, inclusive de quem não gosta de mim! Eu divulgo o bom Espiritismo, a boa Conscienciologia, a boa Umbanda, o bom catolicismo, o bom conteúdo de Ramatís, etc, e ignoro as partes que estejam erradas por minha ótica. Eu foco no semelhante e no bom! Não necessito de crer (ingenuamente) que um e outro tenham que ser gurus ou perfeitos para ganharem meu apoio. Eu apoio ideias e sentimentos e não pessoas e grupinhos egóicos.
E meu jeito meio franco e também meio rude não afetam minha lucidez e minha ética e honestidade – bem acima da média por sinal. Se alguém crê que é necessário ser perfeito para ser médium, ser autor ou ser espiritualista, que tente, que faça e ensine, pois sou eterno aprendiz.
Conheça meus livros, compre-os e divulgue-os, pois são muito bons. Eu escrevo desde a mais doce poesia emotiva até o texto técnico mais avançado e desenvolvo até esquemas sofisticados. Também escrevo conto e crônica. Faço terapia, faço exercício físico, sou criativo, original, tenho projeções conscientes eventuais espontâneas – nem ligo para isto – tenho flashes intuitivos e mentais boa parte do tempo, mas sou focado nos caminhos do coração.
Sei que isto não representa nada, considerando-se nível evolutivo, me sinto atrasado e às vezes incauto (para não usar outra palavra pior) e meu trabalho, minha via e minha mediunidade são “cármicas” e difíceis.
Visite meu site e comprove: www.consciencial.org – tem uma tonelada de textos abertos lá.
Notas:
[1] As trevas trabalham com foco no lado negativo sempre, explico isto mais detalhadamente no novo livro Distorções Conscienciais.