RECADO ESPIRITUAL DE UM LAVADOR DE PÉS FELIZ

Um abraço.
Wagner, seu colega de evolução. <www.ippb.org.br>

RECADO ESPIRITUAL DE UM LAVADOR DE PÉS FELIZ
Texto postado originalmente na lista do grupo de estudos do IPPB.

Se eu precisar lavar os seus pés, lavarei, simplesmente.
Se eu precisar tocar o sino dentro do seu coração, tocarei rindo.
Se eu precisar expandir a abertura do seu chacra da coroa*, farei isso, com prazer.
Em qualquer situação, eu estou sempre agradecido ao Poder Maior que me ilumina.
Há muito tempo que despersonalizei minha consciência de qualquer noção de ganho ou perda… Aliás, neste vasto universo de Brahman**, quem é dono de alguma coisa?
Os antigos rishis*** cantavam a glória desse Poder Supremo e ensinavam a arte de revelar o espírito imperecível na casa do coração, morada do Eterno.
Eles percebiam o Supremo na simples folha de uma árvore caída no solo ou na luz do Sol. E os seus olhos brilhavam de doçura na visão do Brahman em tudo.
Esses mestres realizados na consciência cósmica nunca estimularam qualquer idolatria ou devoção cega a qualquer princípio. Ao ver Brahman em tudo, sabiam que não era mais necessário adorá-lo em algum lugar em particular, pois Ele estava em todos os lugares.
Por isso aconselhavam os discípulos a sempre buscá-lo na cidade secreta do coração.
Expandindo o Amor no peito, poderiam, então, perceber o Supremo em tudo.
Você também sabe disso: quando o amor se eleva do coração ao centro frontal, faz os olhos brilharem com doçura imperecível.
Ainda há pouco, você ponderava sobre a confusão que muitas pessoas fazem nos estudos espirituais e o clima de competição e discussão que elas carregam sem perceber, e as obsessões extrafísicas compatíveis com esse tipo de comportamento…
Pois a resposta para isso é óbvia: falta de Amor e excesso de intelectualismo barato.
Pondere sobre isso: enquanto os pandits** discursavam sobre os versículos dos tomos religiosos e os doutores de toda espécie discutiam suas teorias, os rishis estavam realizando Brahman no silêncio e olhando a tudo e todos com Amor.
Quietinhos, eles tocavam a muitos corações na imensidão da vida.
As suas vibrações ainda são presentes e tocam os corações sintonizados à luz espiritual.
Pondere mais: mesmo nos corações mais empedernidos pelo ódio, o brilho de Brahman está lá, inspirando e aguardando o momento do despertar. Isso é inexorável!
Todos estão destinados ao despertar da consciência cósmica. E são tolos os que lutam contra o progresso e não percebem que sempre pertenceram ao Amor.
Quando os véus da discórdia se dissolverem, por obra e graça do Amor, os olhos brilharão muito. E eles perceberão Brahman na relva verdinha, na lua clarinha, no prana*** rico de vida solar e, também, neles mesmos.
Conte aos seus companheiros de estudo sobre a glória de Brahman neles mesmos.
Medite e cante com eles sobre os raios do Supremo que iluminam e encantam os olhos cheios de doçura. Leve-os à sintonia da compaixão e às suaves vibrações dos rishis que ajudam a humanidade anonimamente. Viaje com eles nas ondas da serenidade consciente.
A Espiritualidade lúcida é semelhante ao brilho da aurora… Lentamente ela dilui as trevas da ignorância e anuncia a chegada do Sol do samadhi****.
Amigo, vá trabalhar e compartilhe com os seus irmãos de estudo e práticas espirituais os raios da bem-aventurança que os rishis projetaram em seu coração. Conte sobre a glória de Brahman neles mesmos para que seus olhos sejam possuídos pela doçura imperecível.

P.S.:
Diga aos seus colegas que sou apenas um lavador de pés feliz.
Om Tat Sat!***

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)

– Nota de Wagner Borges:
O mentor extrafísico que me passou esse recado espiritual (direcionado para os cem participantes do grupo do IPPB), trabalha nas vibrações do sábio Agastya****, um antigo rishi ligado aos processos de cura na velha Índia. Aliás, o simples ato de pensar em seu nome (que é um verdadeiro mantra curativo), já é uma poderosa evocação de proteção e energização de curadores, terapeutas e médicos, do corpo e do espírito.
Fica aqui a sugestão para pessoas que trabalham na área de cura se lembrarem das vibrações maravilhosas desse grande sábio espiritual, curador de consciências e harmonizador de corações.
Um de seus mantras é: “Om Namah Sry Agastyaya”.

– Notas:
* Chacra da Coroa (ou Chacra Coronário) – é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das ideias elevadas. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: a pineal é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal – também chamada de “epífise” – é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.
** Brahman – do sânscrito – O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele/Ela é Pai-Mãe de todos.
* Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mestres da velha Índia; mentores dos Upanishads.
** Pandits – os eruditos e estudiosos dos livros sagrados da antiga Índia.
*** Prana – do sânscrito – sopro vital; força vital; energia.
** Samadhi – do sânscrito – expansão da consciência; estado de consciência cósmica.
*** Om Tat Sat – do sânscrito – tríplice designação de Brahman. É um mantra evocativo dos três aspectos do divino na cosmogonia hinduísta: Brahma, Vishnu e Shiva. É muito empregado por vedantistas – seguidores do Vedanta -, um dos seis principais sistemas filosóficos da Índia. Pode ser usado como um mantra ativador dos chacras e também pode ocasionar estados alterados de consciência profundos durante a meditação.
**** Agastya – do sânscrito – também transliterado como Agathiar, Agasthiar, ou
Aghastyar. Foi um dos grandes rishis que popularizou o conhecimento dos Vedas no sul da antiga Índia. Agastya e seus discípulos são considerados os autores de muitos mantras do Vedanta. Ele também é considerado um grande mestre de cura.

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