Divaldo Franco, conta a história de um garoto, que foi abandonado aos 6 meses de idade, na instituição Mansão do Caminho, onde ele dirige. Este garoto, aos 4 anos de idade, fazia faquinhas e ameaçava as voluntárias que ajudavam Divaldo a tomar conta das crianças. Ele dizia que queria enfiar a faca em alguém para sentir o sangue quente escorrer em suas mãos. Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente, e ele respondia que não sabia como, mas ele tinha certeza que era quente.
Quando este garoto completou 12 anos, as voluntárias que auxiliavam Divaldo tinham medo dele. Divaldo então, fez uma terapia de choque. Chamou o garoto e disse que ele teria que ir embora da instituição. O garoto assustou, pediu desculpas e prometeu não ameaçar mais. Estudou e foi evangelizado pela instituição espírita Mansão do Caminho.
Aos 18 anos, o menino pediu a emancipação. Divaldo disse:
– Dou sua emancipação com uma condição: quando você desejar matar alguém, você vem aqui e me mata.
– Mas, tio? . . . – disse o garoto assustado.
– Sim porque eu falhei. A sociedade me entregou você com 6 meses, a sociedade nos dá tudo, você não tem nada contra a sociedade, espero, porque a sociedade é a humanidade. Se você matar alguém, é porque eu falhei. Antes me mate, por causa do meu fracasso em relação a você.
O garoto concordou, e foi embora. Após 10 anos, eles se reencontraram. Divaldo então, aproveitou e perguntou se ele sentiu vontade de matar. O garoto disse que sim, mas que toda vez que sentiu essa vontade, ele via o rosto de Divaldo na sua frente dizendo: “Venha e me mate primeiro”, então, ele se desarmava. Ele agradeceu dizendo que, se não fosse Divaldo e o Espiritismo, ele estaria num cárcere. Divaldo, então, esclareceu:
– Agradeça a sua consciência, que assimilou toda a educação moral evangélica que recebeu na Mansão do Caminho. Você fez bom uso do livre arbítrio. Hoje, você pode entender, por isso vou lhe contar que, os bons espíritos me disseram que você foi um criminoso na encarnação anterior, meu filho. Você trazia no inconsciente a lembrança do sangue jorrando em sua mão quando esfaqueava alguém. Estava tão dentro de você, que explodia na sua memória atual, eram flashes do passado.
Resumo de uma história verídica vivenciada pelo médium espírita Divaldo P. Franco. Fonte: livro “Conversa Fraterna”