Sobre Movimentos Políticos e Discernimento Social

Por Lázaro Freire, endosso totalmente, Dalton

ME CHAMEM quando houver uma manifestação do POVO TODO UNIDO contra os políticos, partidos e movimentos corruptos (MBL, CUT, PSDB, PT, Globo).

Irei às ruas quando houver uma manifestação de fato apartidária, quando de fato o povo todo for convocado por ele mesmo. Quando gritarmos fora MBL com a mesma força que fora MST, quando rejeitarmos tanto a CUT quanto a FIESP, quando colocarmos os manipuladores dos sindicatos no mesmo lugar dos manipuladores do Vem Pra Rua, quando a guilhotina que corta Maria Antonieta cortar também os “revolucionários” oportunistas que usurparam a revolução.

Contem comigo na 1ª manifestação para acabar inclusive com todos esses políticos, movimentos, partidos e organizações mais oportunistas que se apropriam da revolta alheia. Me chamem para a manifestacao onde possamos expulsar os malditos velhos interesseiros de PT e/ou PSDB, de CUT e/ou Vem Pra Rua, de MBL e/ou MST, de Sindicatos e/ou FIESPs, de VEJA e/ou Carta Capital, de “revolucionários” retrógrados pró Cuba e/ou pró Milicos de 1964.

O que os idiotas não enxergam é que a força do povo acaba JUSTAMENTE quando este se divide, se bloqueia nas redes sociais, se transforma em torcida de futebol amarelo X vermelho. Nós enfraquecemos quando irmão se voltou contra irmão para defender seu presidente ou juiz tendencioso favorito, ambos movidos por interesses escusos. A culpa do que está aí é igualmente da CUT e do MBL. Por mais absurda que seja a trama dos ratos de Brasília, sempre haverá metade de imbecis nas redes sociais defendendo, apenas para ferrar com o “outro lado”, e vice-versa. Seja qual for a manifestação que convoquem, ela sempre estará enfraquecida por ela mesma, por excluir o outro lado. Não há ética quando roubamos “pro nosso lado”, nem por “uma boa causa” (a nossa).

Irei na manifestação dos ridículos da CUT quando eu puder entrar nela com uma camisa amarela da CBF; e irei para uma manifestação dos ridículos do Vem Pra Rua quando eu puder entrar nela com uma camisa vermelha da CUT. Sem união e tolerância mútua, ninguém nos levará a sério. E isso implica em abrir mão das bandeiras e siglas oportunistas.

Enquanto o povo atacar mais o próprio povo e endossar impedimentos da lava jato ou de mandatos eleitos apenas para ferrar o “outro lado” do mesmo barco furado em que todos estamos, não haverá solução.

Quando enfim queimarmos em praça pública os oportunistas, que usam CUT/MST ou MBL/VPR pra se elegerem (após jurarem não ter partido), os ratos terão que parar sua festa. Quando o povo for às ruas sem manipulação de partido, movimentos suspeitos, revistas, TVs e lideranças midiáticas. Sem nenhum desses idiotas que para defender a sua casa chamam a outra metade do país de coxinha ou petralha. Quando for O POVO contra os politiqueiros, de camisas amarelas e vermelhas, e até azuis e pretas, então Brasília tremerá, e começaremos a mudar.

Aliás… Onde está escrito que economia liberal dita direita precisa vir necessariamente junto com discurso retrógrado, preconceitos, autoritarismo e insensibilidade às necessidades básicas da população de menor renda, atraso sociológico no estilo fundamentalismo religioso e figurino de baile da saudade no Clube Militar em dia de jogo da seleção?

A Inglaterra é de direita ou de esquerda, com sua economia liberal, hospitais públicos para todos, remédios quase de graça, educação pública de qualidade e moradia para os mais necessitados? A rainha capitalista é comunista? Como garantir LIVRE iniciativa sem garantir o mínimo de oportunidades e liberdades para o cidadão?

Onde está escrito que direitos sociais e regulamentação de excessos ditos de esquerda precisam vir junto com oportunismo sindicaleiro, discurso radical de universitário dos anos 70, atraso tecnológico no estilo soviético e figurino de feira de artesanato made in China?

Aliás, a China comunista é capitalista? Tem tecnologia cubana? E melhor exemplo, a Escandinávia, com políticas públicas que a “direita” brasileira chamaria de “petralha”, por acaso parece retrógrados bolcheviques amargos com discurso estereotipado de revolução de 1950 que vemos na “esquerda” brasileira?

Chega de “Vem Pra Rua” e “CUT”, manipuladores da esquerda ou da direita, por detrás das manifestações. Quero mudar meu país, mas se for para eu ser caricatura de comunista-tardio ou pato-da-FIESP, me respeitem: não tenho mais idade para ser tão ingênuo e massa-de-manobra assim.

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