Sobre “pesquisadores” de Ramatís, algo a se pensar.
Por exemplo, se um sujeito quer pesquisar a Bíblia, ele vai ter que pesquisar: geografia, história, civilizações, culturas, mitos e religiões. Vai ter que viajar muito, entrevistar especialistas, visitar museus, consultar mapas antigos e por aí vai.
Se o sujeito quer pesquisar algo sobre matemática, a faixa de estudos é mais específica, ele vai pesquisar biografias de matemáticos e obras de matemática. Aqui temos uma situação mais objetiva.
Nas duas opções anteriores de pesquisa, basta usar o intelecto e o raciocínio no decorrer de anos de pesquisa bibliográfica, anos de entrevistas, anos de viagens a locais distantes.
Mas agora, imagine se um pesquisador quer fazer uma pesquisa sobre quaisquer fenômenos parapsíquicos, mediúnicos e projetivos. Tudo isso foge do escopo das capacidades intelectuais, cognitivas ou racionais. Essas últimas estão limitadas no plano denso dos seis sentidos ordinários.
Um pesquisador nessa área anômala, vai ter que usar 7 ou 8 sentidos, pois os 5 ou 6 básicos não serão suficientes. Não basta pesquisa bibliográfica ou abordagens cognitivas.
Esse pretenso pesquisador hipotético, terá que ser médium, com várias habilidades parapsíquicas medianímicas bem desenvolvidas, terá que ter desenvoltura nas projeções astrais conscientes rememoradas (lembra-se dos 0,24% dos projetores lúcidos que citei lá atrás? – vide página 12). Terá que ser um sensitivo com sintonia fina e boas relações diretas com os amparadores de níveis sadios do plano astral. Só então depois de possuir toda essa bagagem ainda terá que usar o intelecto e também o sistema de pesquisa convencional. Aliás, é por isso que a ciência Parapsicologia não foi para frente até hoje.
É um assunto complexo, sensível, complicado e delicado. Qual indivíduo teria a petulância de se alegar competente para tal empreitada?
Eu já acho difícil e incerto algum médium eficiente de Ramatís avaliar o outro médium (o colega de dharma), imagine então quem não é nem médium, nem projetor astral e nem sensitivo, tentar avaliar se tais médiuns são “verdadeiramente médiuns de Ramatís”. É para dar boas risadas! Minha argumentação é simples e clara.
Mas a questão é que o público em geral é tão cru, que engole qualquer coisa! Já temos aí a New Age prostituída vendendo “queima de carma”, “iniciação espiritual”, “portais místicos”, “rescisão do contrato cármico”, “curas quânticas absurdas[1]”, “consultas diretas com os mestres”, “Apometrias milagreiras”, e uma série de coisas tão grotescas que dão náusea nos espiritualistas mais lúcidos e responsáveis.
Ramatís tem um público de simpatizantes muito fiéis. Eu sou um deles, claro. Depois temos, os subconjuntos dentro desses simpatizantes:
- Os que são de fato universalistas (os flexíveis e sem preconceitos: sem racismo, sem machismo, sem LGBTfobia, sem ocidentalismos [preconceito contra o oriente e orientais], os sem misoginia, sem preconceito de classe social, etc.);
- Os razoáveis (começando a compreender o que é universalismo), que estão a meio caminho;
- Os radicais (são exclusivistas, apaixonados por uns e odiadores de outros). São também os fanáticos (os que se consideram donos de Ramatís). Aqui temos o principal clubismo de “ramatistas”.
Estes últimos creem que eles é que mandam em Ramatís, eles é que o controlam e escolhem quem vai ser médium para ele.
Eles “sabem de tudo”, possuem certeza definitiva de tudo! São os “chefes”. Eles sabem quem é, e quem não é médium de Ramatís. Eles sabem qual “médium” é “falso” e qual é “verdadeiro”. O melhor argumento deles é: é porque é, pronto e acabou! Eles não possuem corpo mental expandido o suficiente para compreender um conteúdo profundo e nem a sensibilidade bioenergética para captar a mensagem consciencial nas entrelinhas de um texto.
São “gênios” dos estudos da consciência “universalistas”. E ai de quem comer uma lasquinha de carne! Está condenado ao inferno eterno sem direito a novas reencarnações! E ai de quem tomar um café! Café não é coisa de gente espiritualizada! E ai de quem ouve rock!
Existe uma torcida organizada em SP, os torcedores Gaviões da Fiel. Esses últimos são os “Ramatistas da Fiel”. Quem não torce para o “time” deles, está errado e tem que ser excluído por seu gesto de “universalismo bondoso”. Tem que ser xingado e humilhado, se possível a pontapés.
São os que postam comentários anônimos difamando, desonrando, injuriando, as vezes xingando abertamente, nas redes sociais aos tarefeiros existenciais que odeiam. Aconteceu comigo.
São, muito frequentemente consciências da Idade Média, onde e quando frequentaram a religião católica e se fanatizaram em antigas eras. Esses continuam com a mesma falta de discernimento de outrora.
[1] Há coisas boas e reais também.
Dalton Campos Roque
365 PENSAMENTO DE RAMATÍS – Disponível apenas em formato livro de bolso – https://loja.uiclap.com/titulo/ua48883/
Saindo mais 2 livros novos de Ramatís em 2023.
Dalton Campos Roque
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