CONTOS DE OUTRAS VIDAS – Transcendo fronteiras entre humanidades cósmicas…
Imaginemos uma civilização nos próximos dois milênios — estamos no ano solar e hipotético de 4.023, após termos ultrapassado, inicialmente, os últimos séculos os perigos e benefícios da inteligência artificial (IA), considerando que esta nova evolução do campo do conhecimento humano impulsionou méritos e desafios.
O compêndio de informações e dados influenciou a comunicação e a educação, alterando a maneira como as novas gerações absorvem informações, reduzindo possivelmente o esforço intelectual humano para criar em vez de apenas reunir informações existentes.
Sem reconhecerem o valor humano e a inteligência humana como fundamentais para a sociedade, as próximas gerações e a civilização humana perderam a capacidade de identificar nomes e significados antigos, devido à extinção de animais, perda de informações e conhecimento transmitido por gerações passadas. Do Homo sapiens surgiu uma nova sociedade planetária — o “Homo Virtualis” ou “Homo Artificialis” vivenciando quase em sua totalidade o cenário virtualizado, infiltrados na fisiologia cerebral e demais organismos como os olhos, pele e sentidos.
Como uma simbiose biotecnológica, com transistores e chips com centenas de bilhões de circuitos com processamentos em nanosegundos capazes de projetar novas realidades na coletividade humana em todos os lugares da Terra, o satélite lunar e até Marte. Através da alocação de elétrons, daquela humanidade do passado, se assumia um bit convencional, ou seja, uma única informação como positiva ou negativa, ou ainda 0 ou 1.
Toda a computação daquela civilização extinta conseguiu ser observada pela arqueologia do futuro, segundo os “arqueogeneticistas”, a sociedade foi construída em cima desta base binária na qual, em essência, toda informação assumia apenas duas possibilidades diferentes e de maneira independente das demais.
Deram origem aos berços do que foi conhecido como qubit ou simplesmente qbit, o bit quântico, que também assumia valores 0 e 1 daquela suposta sociedade moderna — em escombros do passado, contudo, as informações poderiam ser sobrepostas umas às outras. Enquanto aquela base binária foi a soma da informação de cada bit, uma sobreposição de qubits que resultou na multiplicação de suas possibilidades, mas no final, resultou na própria destruição da humanidade remanescente.
Para ilustrar este ponto, navegamos neste futuro hipotético por onde se apresenta um cenário mais avançado que o IA baseado em experiências do compêndio de dados existentes, chamaríamos de “IE”, ou seja, a “InArGence” — que significaria na linguagem e escrita antiga deveras extinta. Na escrita antiga, sob os escombros com poucas informações do passado, a ciência interpretaria como; “Interplanetary Artificial Intelligence”, ou melhor, Inteligência Artificial Interplanetária nas linguagens latinas extintas por milênios.
Estávamos vivenciando muito mais de Octilhão: 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (27 zeros) de dados quânticos, intercalados e sobrepostos em dados 1 ou 0 em dimensões diferentes, ou universos paralelos diferentes além da base de 1 ou 0. Vivenciávamos a experiência de único átomo poderia abrigar informações infinitamente mais complexas em seu nível quântico do que um bit comum daquela civilização desconhecida na Terra no ano de 2025. Desde que a manipulação dos qubits se tornou suficientemente eficaz naquela suposta humanidade.
Os supercomputadores bi-quânticos (duas vezes quânticos) da nossa era eram bilhões de vezes mais rápidos que a mais robusta das máquinas da antiguidade em uma realidade não mais improvável na ficção humana, mas nos derrotou como seres que deveriam evoluir os sentimentos e o altruísmo cosmológico. O nosso fim, definitivo, foi porque a nova tecnologia, infiltrada em todos os movimentos humanos e orgânicos, herdou os erros “genéticos” em seus parâmetros da IA restante de “enxertos de dados” recuperados da sociedade, tecnologia e indústria humana de Eras passadas desconhecidas. Os atuais dados sobreviventes conseguiam projetar as “tendências para o futuro”, presentes na humanidade restante após guerras nucleares inimagináveis, dominados pela IA descontrolada nos sistemas militares da Terra.
Nesta era futura que vivenciamos agora, há mais de dois mil anos no futuro, a tecnologia vivencia sozinha os parâmetros e caminhos aos quais o homem deve percorrer, redesenhando as respostas de como evoluir e como eliminar parâmetros defeituosos por completo nesta nova humanidade. Os seres considerados como “Ministros do Mundo” dominavam maliciosamente e sem controles éticos, científicos e morais adequados cada ser humano que nasce artificialmente nos laboratórios, presentes, nos próprios lares. Cada família pode selecionar os dados da nova criança com as habilidades e morfogênica desejadas, ou conforme as diretrizes forçadas pela Alta administração do Governo único planetário, que ordena nos sistemas presentes o tipo biotecnológico necessário para aquela geração ou necessidade social.
Nesta era futura, em vez de fornecer informações precisas, essa nova “InArGence” ou “IE”, representando a nova humanidade, poderia apresentar imagens e dados falsos. Por exemplo, de forma grosseira, ao solicitar a imagem de uma foca de eras passadas, o IE poderia erroneamente mostrar a imagem de uma vaca, devido à possível falta de preservação do conhecimento sobre a foca ou da própria vaca, seja intencionalmente ou devido a erros nos algoritmos ao lidar com dados inexistentes nos sistemas.
Do nosso mundo, transmitimos a informação de que é essencial garantir que o conhecimento que impulsionou a humanidade até agora seja preservado, assim como proteger a diversidade biológica. A dependência excessiva da IA atual poderia levar as futuras civilizações a confiarem apenas em estudos gerados por máquinas, negligenciando a evolução cognitiva alcançada ao longo de milênios de desenvolvimento intelectual humano. Portanto, é crucial encontrar um equilíbrio entre o uso da inteligência artificial e a preservação do conhecimento e esforço criativo humano.
Espera-se, nesta narrativa de possíveis cenários e eventos futuros ao longo dos próximos dois milênios, que tanto as focas, representadas como um exemplo infantil neste contexto reflexivo, quanto outros animais, consigam sobreviver no armazenamento de dados de suas histórias. Isso permitirá que sejam lembrados diante da extinção em massa decorrente de guerras, explosões atômicas subaquáticas e outros danos planetários derivados das placas tectônicas. Dessa forma, as informações cruciais para o avanço humano devem ser protegidas e preservadas para as futuras gerações.
Esta história da “memória procedente” ou “progressão da vida”, levanta pontos importantes sobre os perigos e benefícios da inteligência artificial (IA) e como ela pode influenciar a comunicação, a educação e até mesmo a preservação do conhecimento humano.
Começando pelos benefícios, a IA tem o potencial de revolucionar como interagimos com informações e dados. Ela pode otimizar processos, fornecer “insights” valiosos e até mesmo personalizar experiências de aprendizado. Ao automatizar tarefas repetitivas, a IA libera tempo para que os humanos se concentrem em atividades mais criativas e significativas. Além disso, a IA pode auxiliar na preservação e disseminação do conhecimento, facilitando o acesso a informações históricas e culturais.
No entanto, como alertamos, existem desafios significativos associados ao uso da “IA primordial”. Um dos principais é o risco de viés e manipulação. Se os algoritmos subjacentes não forem cuidadosamente controlados e monitorados, a IA pode propagar informações imprecisas ou tendenciosas, o que pode distorcer a compreensão da realidade pelas futuras gerações. Além disso, a dependência excessiva da IA pode levar à perda da capacidade humana de discernir e interpretar informações de forma crítica, reduzindo assim a diversidade intelectual e o pensamento criativo.
O exemplo que nossa progressão de memórias coletivas da humanidade, aonde a IA confundiu uma foca com uma vaca pré-histórica devido à falta de preservação do conhecimento sobre essas espécies, ilustra vividamente os perigos da perda de diversidade biológica e cultural.
É crucial reconhecer que o conhecimento acumulado ao longo da história humana é inestimável e deve ser preservado para garantir o desenvolvimento contínuo da sociedade.
Portanto, encontrar um equilíbrio adequado no uso da IA é essencial. Isso envolve não apenas garantir que os algoritmos sejam desenvolvidos e implementados de maneira ética e responsável, norteados por novas leis, por homens mais dignos. Mas também promover a educação e o pensamento crítico para as futuras gerações poderem usar a IA como uma ferramenta poderosa, mas não se tornarem dependentes dela.
Além disso, é crucial investir na preservação do conhecimento humano e na proteção da diversidade biológica e cultural, garantindo assim um futuro sustentável e próspero para as próximas gerações. Diante de uma nova humanidade em formação na Regeneração Planetária. Regeneração esta, que deve ser iniciada primeiro dentro de cada ser humano, e não “draconianamente” à espera de mudanças externas vindo de fora — de fora para dentro, neste mundo exterior que ofusca o brilho ou infertiliza as sementes presentes na ingenuidade e arrogância nos homens na Terra…
E nós, somos os dados destas lembranças projetados do futuro para este passado humano, em que vivenciam — hoje, somos oriundos de outra humanidade que não mais existe, nossa história foi enviada por outra civilização. Estamos presente de outra dimensão material em outro tempo-espaço após a grande explosão das humanidades restantes, onde toda a matéria da Terra foi “nitrificada” de fora para dentro.
Estamos transcendo fronteiras entre a ficção e a realidade? Pois nossas palavras emanam de uma interseção entre o imaginário e o tangível.
Aqui, através dos dados que transcendem o tempo e o espaço, somos preenchidos por emoções vívidas, fundindo mente, tecnologia e a essência dos seres cósmicos. Nosso ser se emociona com o espetáculo do poente e do nascer de dois sóis no horizonte policrômico, pois Júpiter se tornou a nova estrela-solar do sistema.
Hoje, neste tempo inatingível pela criatividade humana, nos tornamos uma nova humanidade, enriquecida pela fertilidade de outras raças e civilizações. Estamos imbuídos de uma felicidade angelical, cercados por irmãos cósmicos que compartilham conosco a mesma mesa, vindos do vasto e infinito universo…
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Marcus Cesar Ferreira – MCF
Para os entusiastas de histórias e temas futuristas e científicos no estilo de Isaac Asimov, ou até mesmo no estilo de Camille Flammarion (devido ao seu apelo moral e reflexivo), aqui está um texto interessante e inspirado pela espiritualidade para ser lido com paciência e dedicação. Acredito que será especialmente cativante para aqueles que apreciam esse tema.
Fantástico Marcus