Um exemplo de mãe, similar a milhões de outras mães anônimas, em nossos dias, em nossas vidas, guardadas as devidas proporções: Jesus era um espírito de graduação angélica, distinto de todos os seus contemporâneos; e sua autoridade espiritual dava-lhe o direito de contrapor-se à própria família, desde que ela teimasse em afastá-lo do seu empreendimento messiânico. Eis, portanto, o motivo por que o Alto preferiu o espírito dócil e passivo de Maria para a missão sublime de ser MÃE do Messias, protegê-lo em sua infância e não turbar-lhe a missão de amplitude coletiva. Maria era um espírito amoroso, terno e paciente, completamente liberta do personalismo tão próprio das almas primárias e sem se escravizar à ancestralidade da carne. Possuía virtudes excelsas oriundas do seu elevado grau espiritual. Cumpria seus deveres domésticos e se devotava heroicamente à criação da prole numerosa, tão despreocupada de sua própria ventura como o bom aluno que aceita as lições de alfabetização, mas não se escraviza à materialidade da escola. Oferecia de si toda ternura, paciência, resignação e humildade, sem quaisquer exigências pessoais.