Qualquer um pode se denominar espírita, qualquer um pode ostentar um rótulo de espiritualista e esquecer seu papel no mundo, no contexto da evolução da consciência.
Os sem percepção consciencial acreditam nesses rótulos humanos, apreciam os títulos quais patentes militares, substituindo a natural condição espiritual (que esqueceram ou que simplesmente não percebem), tentando lidar com a espiritualidade do limitado ponto de vista social.
Espiritualidade não é olhar para fora, ficar fazendo comparações e julgamentos, é olhar para dentro de si mesmo, fazer autopesquisa, buscar autoconhecimento, se enfrentar e descobrir o propósito de sua alma, de sua encarnação, mas a maioria segue como boi de manada, sem coragem para enfrentar a si mesmo.
Costumo dizer aos religiosos fanáticos que adoram citar os versículos da Bíblia (e também os “versículos” de Kardec) como se fossem perfeitos guias de toda a humanidade:
_Se jogar tua Bíblia e tua religião fora, o que resta de espiritual aí dentro deste peito e mente?
_Se jogar “seu Kardec” fora, o que resta de espiritual aí dentro?
A mesma coisa falo e falarei aos “ramatistas”:
_Jogue fora todas as obras de Ramatís, jogue fora tua participação mecânica nos grupos, o que sobra por aí?
_Se eu te colocar para viver sozinho o resto da vida numa floresta isolada, como você irá trabalhar sua espiritualidade?
_Você não terá mais ninguém para xingar, para ofender, para reclamar, para apontar dedos, o que te restará então? Nada? Tua vida perderá o sentido?
_ No que consiste seu dharma? Você tem um dharma? Qual o sentido, o propósito de tua existência?
A maioria das pessoas vai passar os olhos nessas linhas e concordar apenas no raso nível cognitivo. Mas introjetar este sentimento para gerar uma reflexão profunda que transforma, provavelmente não.
O conhecimento que não se pratica é o conhecimento que não se possui. Sim, se você “sabe” e não pratica, então você não possui tal conhecimento. Vale para tudo e todos, mas aqui vamos limitar na moral e na espiritualidade da Bíblia, de Kardec e de Ramatís e também da ciência convencional, conforme recomendou Kardec.
Assim, os lúcidos da consciência ou discernidores conscienciais, que olham para dentro de si, encaram as fissuras de sua alma e sabem que são insignificantes, são os que refletem circunspectos, são os mais sensíveis no silencio das horas, são os que mais trabalham sua espiritualidade interior, são os que mais se sentem insignificantes no contexto da espiritualidade e são os mais atacados por aqueles que creem que espiritismo ou espiritualismo é mero ato social de ler e escrever livros, participar de grupos, congressos, workshops, rituais, ou de assinar mestres, etc.
Tais críticos são os que mais se importam com as roupas, a marca do carro e o status social e o falso e belo título espiritual, fazendo cara de “santos espiritualistas”. Inclua aí toda sorte de médiuns, sensitivos, escritores, palestrantes, paranormais, projetores astrais, que estão focados nos eventos e fenômenos, porque só olham para fora e não sentem a espiritualidade dentro de si mesmos.
Isso é um generalismo válido, prático, real e necessário, que se aplica a toda humanidade, a todo orbe, mas nosso foco aqui são os “ramatistas”.
Ramatís enverga uma esmeralda que significa a CURA DA ALMA, a alquimia da consciência, a reforma íntima, a reciclagem intraconsciencial, a reforma moral e ética, a reforma interior, em que toda e qualquer ferramenta pode ajudar (artefatos do saber), mas são apenas o meio e não o fim.
Os verdadeiros obreiros de Ramatís, os tarefeiros existenciais desta egrégora não são melhores que ninguém. Esses poucos guerreiros silenciosos da consciência são apenas mais lúcidos, mais corajosos no autoenfrentamento de si mesmos e sua íntima espiritualidade (generalismo).
Sim, são cheios de carmas duros, são devedores e sabem disso. São peões interdimensionais em tarefas de redenção, nada mais que isso.
Seus trabalhos espirituais ou gestações conscienciais, por mais legais que sejam, são muito mais, fruto do mérito e competência dos espíritos amparadores, que são os amigos espirituais de Ramatís, do que deles mesmos.
Esses tarefeiros existenciais de Ramatís encarnados aqui, já viveram nessas colônias espirituais adstritas a egrégora de Ramatís há milênios e até mesmo suas obras mais anímicas correspondem aos sentimentos genuínos de tal egrégora.
Esses tarefeiros são pacifistas (antiarmas), universalistas, despreconceituosos, inclusivistas (incluem as pessoas), observam mais as semelhanças e ignoram as pequenas diferenças. Eles adoram ciências, compreendem os paradigmas, tendem a serem simples e discretos e a julgarem a outrem cada vez menos no longo caminho de aprendizado de suas almas.
Eles não esperam medalhas, troféus, ignoram seus detratores, não são adoradores de seu mestre Ramatís, o consideram apenas um irmão mais velho e detestam o rótulo “ramatistas” que usamos nesta obra para fins de comunicação e clareza.
Dalton Campos Roque
Saindo mais 2 livros novos de Ramatís em 2023.
Dalton Campos Roque
365 PENSAMENTO DE RAMATÍS – Disponível apenas em formato livro de bolso – https://loja.uiclap.com/titulo/ua48883/
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