Ser médium não é nenhum privilégio. Ao contrário, a sensibilização do corpo astral para voltar à carne como médium é dada por misericórdia para nós, consciências atrasadas na evolução planetária, que precisamos urgentemente atenuar nossos pesados débitos gerados num passado delituoso. É dado um crédito para usarmos ajudando as pessoas e a coletividade que, outrora, em outras vidas, prejudicamos.
Esta é uma tarefa árdua, pois o médium é colocado em uma posição de “manejo” com o destino de outros indivíduos e, se não estiver bem preparado, suas faltas podem ser severamente cobradas como responsabilidade dos pactos firmados antes do encarne.
Sim, fizemos um acordo com nosso Mestre Espiritual, seja que nome se dê – Ancestral Ilustre ou outros -, perante um conselho cármico, e na carne temos que honrar o que foi pactuado, ajustado com a chancela dos tribunais divinos.
Muitos dirão: “temos o livre-arbítrio e somos livres”.
Sem dúvida isto é verdadeiro, e por isso mesmo que muitos desistem dos seus mediunatos, rasgam seus programas de vida, e os mestres respeitam incondicionalmente nossas decisões. Obviamente que os efeitos gerados serão nefastos e a causa somos nós mesmos.
Depois que despertarem no além e reconhecerem novamente, à luz meridiana de suas consciências, os enormes prejuízos que causaram na consecução do elevado programa organizado pelos espíritos benfeitores, os médiuns desistentes se tornam ainda mais infelizes, verificando a necessidade de recomeçarem novamente a mesma tarefa, no momento de transição da Terra, um planeta de provas e expiações, para um mundo de regeneração, quase certo que terão que reencarnar num orbe inferior para recomeçarem suas jornadas evolutivas. Não só em piores condições geográficas, climáticas e num corpo físico mais bruto, como ainda deserdados do endosso amoroso de que abusaram negligentemente, os seus guias e mentores astrais.
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