OLHANDO PARA SI E IDENTIFICANDO OS PRÓPRIOS ERROS REFLETIDOS NO ESPELHO

~OOO~ SÉRIE PÉROLAS NO CARNAVAL ~OOO~
PARTE III de VI: Olhando para si e identificando os próprios erros refletidos no espelho.
“Diante do sofrimento humano ou nas formas de vida, aprendi que as mãos que oferecem auxílio são mais sagradas do que os lábios que apenas rezam”. — MCF.
 
Pergunta: — “Será que não deveríamos invocar os espíritos puros? Por que não realizamos uma convocação de espíritos benevolentes por meio de nossas preces diárias, em recolhimento, por todas as pessoas que erroneamente creem que a vida se resume a desfrutar o carnaval da carne e do sexo”?
 
MCF: — Não! Que ideia mais disparatada! Espíritos benevolentes, como você mencionou, não virão em sua companhia — “Eles”, os benfeitores, têm ocupações muito mais relevantes, interessantes, produtivas e pertinentes. Convocar espíritos não se resume apenas a preces, conforme a intenção mental. Eles estão presentes em todos os lugares, talvez até cinco ou oito deles estejam atualmente ao nosso redor, dependendo das suas intenções e afinidades.
O que realmente faz diferença nesse “chamado” por inspirações elevadas para o seu progresso é o resultado do seu exemplo diário consigo mesmo e do esforço silencioso, longe dos holofotes da falsa espiritualidade que se deseja ostentar para os outros, além dos excessos de todos os sentidos. Pois o que verdadeiramente importa é o que emana do seu coração!
Além disso, tal ato denota uma defesa oriunda de sua carência emocional, preconceito e, possivelmente, carência afetiva.
No contexto atual, com intensas mudanças globais e durante as festividades “mais densas”, é raro ver os espíritos desperdiçando energias e esforços hercúleos para promover harmonia, inspiração moral, proteção ou ações terapêuticas em ambientes desfavoráveis.
Eles preferem direcionar suas energias para locais onde possam apoiar grupos, centros, comunidades ou cenários com pessoas sofrendo em ambos os lados da vida, ao invés de agirem isoladamente em ambientes repletos de vícios coletivos. Entretanto, mesmo durante o carnaval, eles socorrem e auxiliam a todos que os invocam com sinceridade, pela fidelidade e honestidade do próprio coração.
Nada no universo é desperdiçado; tudo é transformado consoante a lei do equilíbrio planetário, buscando a harmonia para aqueles com menos recursos ou oportunidades.
Muitos grupos religiosos, como espíritas, igrejas e terreiros, continuam com seus trabalhos internos ou atuam apenas no plano astral. Esses ambientes tornam-se verdadeiros polos de reforço energético e fluídico para as caravanas de espíritos que trabalham incansavelmente no plano astral em todo o Brasil.
A verdadeira usina de força que necessita de reparos e reforços nesta época está em nós! Muitos precisam despertar da letargia causada pela falta de autoconhecimento e enfrentar a vergonha de suas próprias atitudes!
Há muitas pessoas boas, mas desavisadas e mal instruídas, que acreditam que preces e orações podem proteger os outros, grupos, movimentos sociais e festividades coletivas, sem perceber que estão contribuindo para seu próprio declínio ao mexer em vespeiros! É como dar um tiro no próprio pé!
O templo mais sagrado para as preces deveria ser o próprio coração —, esquecido e negligenciado… e não apenas direcionado aos outros com presenças astrais que não desejam nossa interferência, cheios de fragilidades morais e espirituais.
Pois, para a mais Alta Espiritualidade, mais vale o folião que paga seus impostos sem ser corruptível, ama sua esposa e filhos. Mas vale o folião que ajuda os outros sem buscar os holofotes da vida e conforta a todos perante as desgraças da existência, do que o espírita ou espiritualista em orações pelo mundo e pelos que curtem o carnaval, futebol ou samba! Contudo, nada fazem com suas mãos, nada fazem com seu pensamento deletério diante das provações e, muito menos, suas preces chegam às Altas esferas devido à arrogância, egoísmo e hipocrisia espiritualista.
Podemos observar homens e mulheres, inclusive aqueles que se consideram ateus, em sua simplicidade, desfrutando das festividades terrenas com responsabilidade e respeito pelo próprio corpo, sem jamais abandonarem sua humanidade diante do próximo, seja ele humano ou animal! O que é mais valorizado aos “olhos” do Cristo e de seu evangelho cósmico?
Enquanto podemos evidenciar as piores cenas na intimidade do falso espiritualista ou religioso, que engana sua mulher, não entrega o troco errado que recebeu, manipula as finanças ou se esconde nos vícios de todas as naturezas…
Porém, o que realmente importa é o que está no coração, pois este é o farol que brilha no peito de cada ser humano — e nos revela!
Marcus Cesar FerreiraMCF

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