A PSICOLOGIA DO Melindre (I)

(Extraído do livro Jornada para a autorrealização por Paramahansa Yogananda)
Para desenvolver a consciência espiritual é importante dominar a arte de não ser melindroso, a arte de evitar a sensibilidade excessiva. Uma análise da psicologia do melindre mostra que ela resulta da de ENTENDIMENTO, DO COMPLEXO DE INFERIORIDADE e de um EGO SEM CONTROLE. A suscetibilidades se expressa numa falta de controle sobre o sistema nervoso. Um pensamento de ter sido ofendido circula na mente e os nervos se rebelam contra isso. A reação de alguns é ferver raiva ou sentimento de mágoa por dentro, sem demonstrar nenhuma irritação por fora. Outros expressam o que sentem com uma reação instantânea e óbvia, visível no olhar e nos músculos do rosto – e com frequência também numa resposta verbal cáustica. Seja qual for o caso, ser melindroso é criar sofrimento para si mesmo, originando uma vibração negativa que também afeta as pessoas de modo adverso. Nosso objetivo na vida deve ser espalhar uma aura de bondade e paz sempre. Mesmo quando há um bom motivo para se irritar por ser maltratado, quem tem autocontrole nesse tipo de situação é senhor de si.
Ser melindroso é uma característica comum ao ser humano. Quando está emoção irracional aparece, ela cega os olhos da sabedoria. Mesmo quando errada, a pesso melindrosa se vê agindo, pensando e sentindo corretamente. Somente quando as escamas da ignorância são raspadas da visão interior é que conseguimos avaliar com precisão nossos pontos fortes e fracos, como também os alheios, sem preconceitos e sem a intolerância do ego emocional. Então passamos a venerar apenas o que é bom, permanecendo transcendetalmente indiferente ao que é psicologicamente doentio.

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