A “CARNE” SÓ É FRACA PARA O ESPÍRITO QUE É MAIS FRACO DO QUE ELA

~OOO~ SÉRIE PÉROLAS NO CARNAVAL ~OOO~
PARTE VI de VI, FINAL: A “carne” só é fraca para o espírito que é mais fraco do que ela.
“Diante do sofrimento humano ou nas formas de vida, aprendi que as mãos que oferecem auxílio são mais sagradas do que os lábios que apenas rezam”. — MCF.
 
Aqui me encontro, mergulhado em pensamentos profundos…
A maioria se perde em tormentos emocionais.
Muitos sofrem, sem rumo, sem entender o propósito da vida. Viver deveria ser como um rio fluindo naturalmente, longe das amarras das cobranças religiosas, das sentenças condenatórias, das palavras moralistas e das regras distorcidas que obscurecem o caminho.
Aquele que aponta o dedo é prisioneiro de sua própria infelicidade!
Preso na teia de amargura que o consome por dentro, alimentando-se da ilusão de superioridade moral e arrogância. E ainda assim, insatisfeito, procura os seus semelhantes para compartilhar o fardo.
Eles reprimem seus desejos, como uma represa contendo a força de um rio, na esperança de alcançar a espiritualidade.
Precisamos compreender a nós mesmos para encontrar equilíbrio, rompendo as represas que aprisionam as doenças da alma e dão origem a todas as formas de psicose.
Um sábio colega certa vez disse:
“A verdadeira compreensão requer uma clareza evolutiva, uma característica dos espíritos maduros, que nos conduz a um estado de paz interior, onde compreendemos nossas limitações e possibilidades, vivendo o mundo e experimentando o corpo sem culpa”.
Sim, é isso mesmo!
Tudo isso está relacionado ao carnaval, festas e/ou comemorações sociais — também…
Vejamos agora o amargo contexto de alguns espíritas. O Espiritismo nunca condenou o Carnaval, mas muitos espíritas o fazem todos os anos, todos os dias!
Continuando:
Especialmente alguns espíritos que, após despertarem para a espiritualidade ao perceberem seus próprios excessos, ou após experiências religiosas de total renúncia ao corpo (celibato, clausura, mortificações…). Utilizam essa renúncia para disseminar um discurso de terror, de medo e inferioridade, focando nos possíveis e reais excessos cometidos por alguns durante o carnaval, esquecendo-se de que o ensino baseado no medo há muito tempo falhou em produzir efeitos benéficos.
Lembremos dos excessos morais, provenientes daqueles que reprimem as sensações do próprio corpo, mas se entregam ao orgulho, às intrigas, à maledicência e aos julgamentos morais precipitados…
“A carne é fraca apenas para aquele espírito que é mais frágil que ela”.
Para aqueles que reconhecem suas fraquezas e virtudes, o corpo é um instrumento, um caminho para a realização pessoal, para a busca de desejos e objetivos superiores da existência. Evitando os excessos de todos os tipos e vivenciando a vida material com tudo de bom que ela tem a oferecer, de acordo com seus gostos e preferências.
Quanto mais barragens criarmos para conter as sensações em nossa vida social e íntima, mais infelicidade e neuroses encontrarão espaço.
E quanto aos sensitivos ou médiuns? Fato, pela sensibilidade, quaisquer excessos e desequilíbrios causados pela imaturidade e hipocrisia são perigosos, sendo reprováveis — suas piores tendências morais e sexuais são causadas por essa hipócrita pureza comportamental — uma acidez patológica!
Dance e cante mais, beije e sorria de mãos dadas, ou apaixone-se por si. Você foi concebido para a felicidade!
Com ou sem religião, com ou sem espiritismo, ou espiritualidade…
Deixe tudo para trás se estiver infeliz…
Pois o que importa é sua autenticidade, sua verdade, o carinho com o próximo, a caridade consigo mesmo e o amor pela vida, respeitando tudo e todos de todas as culturas e sociedades do planeta.
Esse é o verdadeiro significado da espiritualidade — com Jesus.
FIM
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Marcus Cesar Ferreira — MCF

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