As pessoas andam exaustas. Emocionalmente, fisicamente, espiritualmente.

Texto de https://www.facebook.com/marciorogerio.horii/posts/4332077756815125 – retirado do Facebook – de Márcio Rogério Horii.

As pessoas andam exaustas. Emocionalmente, fisicamente, espiritualmente.

E o que mais me incomoda dentro desse tempo de grandes aflições e imensuráveis desafios é observar a falta de lucidez, bom senso e, principalmente, empatia daqueles que formam opinião, sejam eles médiuns, cantores, padres, pastores, gurus, políticos, etc. A desunião é nítida, criando caos e incertezas, alimentadas por mentes sombrias, visíveis e invisíveis. Oportunistas que falam para impressionar e não para esclarecer, aproveitando-se da fragilidade humana para ganhar popularidade, dinheiro, evidência. O clima de medo, a falta de perspectiva, a sensação de impotência, o não saber em quem acreditar, lança-nos em escuro abismo de intermináveis angústias e perplexidades. O desânimo é generalizado.

Desacreditamos do outro e de nós mesmos. Perdemos a capacidade de confiar e a sociedade assemelha-se a um campo de batalhas, onde é preciso sobreviver todos os dias ao pessimismo, a arrogância, às fake news criadas para confundir e estabelecer desordem, propositalmente.

Manipulamos e somos manipulados no jogo escuro e mentiroso do poder. Somos donos de nossa vida interior. Porém, sentimos que nossos destinos andam sendo determinados por forças que escapam ao nosso controle, encaminhando-nos para um tempo, onde nosso valor será medido pelo lucro que proporcionarmos e não por nossa contribuição social. Sinto aflição pela geração atual.

A geração dos meus filhos. No meu tempo, havia temor pela guerra nuclear. Hoje, o temor é pela falta de compaixão, empatia, solidariedade, fraternidade que marcam um momento em que poderemos nos ver aniquilados pelo aquecimento global(que muitos negam, apesar das claras evidências), pelas guerras biológicas, pela Inteligência artificial se utilizada para fins bélicos ou pela biotecnologia que criaria super-humanos, cavando ainda mais o abismo que já existe entre o 1% mais rico que possui mais que o dobro da riqueza de 7 bilhões de pessoas e os que vivem em condição de absoluta pobreza, sem acesso ao básico para um existência digna. Penso que, mais que bons políticos, precisamos de políticos bons. Bons, no sentido de bondade, humanidade, capacidade de sentir a necessidade, a dor e o sofrimento do outro. Se ainda pudermos sonhar com um planeta melhor, precisamos realizar a difícil tarefa de formar homens melhores, guiados pelo senso de justiça e caridade.

Utopia, ingenuidade? Não.

Apenas a visão de quem sabe que o ser humano, tanto pode mostrar o seu pior, como, também, o seu melhor. E é nesse melhor que quero e continuarei a acreditar, ainda que, momentaneamente, tudo pareça caótico. Afinal, do pântano imundo, surgem lírios perfumados…

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