KRISHNA E ARJUNA

Por Wagner Borges – www.ippb.org.br

Certa vez, Krishna* perguntou ao seu amado arqueiro-discípulo Arjuna:
– Nara**, em sua opinião, o que são os objetos físicos percebidos no reino dos sentidos?
– Arjuna: os objetos são os aspectos grosseiros da energia cósmica. Eles são o poder de maya*** congestionando as partículas de Luz e submetendo-as à exposição do ego em prova.
– Krishna: amado, já pensou que seu próprio raciocínio também pode ser uma congestão do ego? Já notou como os sentidos enganam e distorcem as percepções?
– Arjuna: ó Bem-Aventurado! Explique-me a maneira correta de ver e sentir.
– Krishna: a grande percepção é: os objetos grosseiros também são a expressão do Amor-Luz que a tudo anima. O que é real ou irreal depende muito da referência de cada Ser. Quanto mais imatura é o espírito, pior sua percepção. Quanto mais consciente, mais dilatada é sua percepção e, consequentemente, sua ação.
Prime por uma conduta ética e derrote o vírus da dúvida. Estabeleça bons propósitos no reino do coração e alce a mente ao reino da Pura Luz.
Entre na carruagem da Paz e seja confiante, meu amigo.
Não se esqueça de que o Senhor está com você!
A partir desse instante, Arjuna expandiu a consciência e passou a ver em todos os seres e coisas apenas a expressão luminosa do Senhor dos Olhos de Lótus.
Que o amado leitor também possa ver nestes escritos o Amor de Krishna se expressando e impregnando de Luz o Universo.
O Senhor saúda a todos!

– Ananda ** –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges; Texto extraído do livro “Viagem Espiritual III”; Editora Universalista – 1998.)

– Notas:
* Krishna – na cosmogonia hinduísta, é considerado o maior dos avatares divinos; ou seja, o divino feito homem, para regeneração da Luz entre os homens. Assim como Jesus é a grande referência de Amor para os cristãos, Krishna é a grande referência de Amor para os hindus.
** Narananda – do sânscrito, nara, o homem; ananda, estado de Bem-Aventurança espiritual – é um dos epítetos de Arjuna, discípulo de Krishna e considerado como o homem portador da Bem-Aventurança e da boa nova celeste entre os homens.
Obs.: Ver o texto “Surfando nas Ondas da Consciência Feliz”, postado no seguinte link do site do IPPB: http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/1401-surfando-nas-ondas-da-consciencia-feliz-iv
* Maya – do sânscrito – ilusão; tudo aquilo que é mutável, que está sujeito à transformação por diferenciação.
** Ananda – do sânscrito – bem-aventurança espiritual; êxtase espiritual.
Obs.: Ao longo dos milênios da tradição hinduísta, muitos iogues e estudantes espirituais assumiram a expressão “Ananda” como parte da formação de seu nome iniciático, ou mesmo como um mantra evocativo das energias superiores.
O mentor extrafísico que me passou esses escritos assumiu o nome de Ananda como forma de homenagem a Krishna, o senhor da bem-aventurança e felicidade plena.
Diga-se de passagem, ele é um dos amparadores mais ternos que conheço.

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