SEXUALIDADE E O ESPÍRITO

SEXUALIDADE E O ESPÍRITO

Pergunta: — Ao analisar comportamentos e respostas questionáveis de dirigentes espiritualistas ou religiosos em relação à sexualidade de seus consulentes, médiuns ou aprendizes, percebe-se um ensinamento equivocado sobre a suposta ‘revolta aos ditames divinos’ associados às orientações sexuais. Além disso, a ideia de que o espírito que habitou um corpo feminino por muitas encarnações, ou vice-versa, sofre provações que o conduzem à homossexualidade é questionável. Neste contexto, a crítica à homossexualidade, à orientação sexual e às provações decorrentes dessas escolhas fora da heterossexualidade é justificável?

Ramatís (Ramaatís)
Ramatís (Ramaatís)

Resposta: — Considerando que nada é projetado para nosso malefício e que Deus não arquiteta dano ao espírito, nem cria cenários que complexificariam a existência humana, não existe a tão mencionada “revolta aos ditames divinos”.

A suposta “necessidade” de se abrigar em uma polaridade sexual na próxima vida para sofrer “castigos” leva à conclusão inequívoca de que a troca do corpo anatômico pelo espírito, seja masculino ou feminino, fora do princípio da evolução, está em discordância com todas as leis e concepções do Amor Cosmológico, no universo criado pela Arquitetura Sideral.

Os danos e impactos causados por almas doentes contra seus irmãos de quaisquer preferências sexuais podem resultar em seu retorno em provações em ambientes adversos para seu aprendizado, onde a Lei da equidade e justiça molda o espírito na experiência terrena.

Uma analogia similar é o espírito de um assassino que retorna não com a mesma arma que provocou danos ao seu irmão, mas sim em ambientes ou comunidades onde sua vivência desequilibrada, fora dos princípios de justiça e convivência social pacífica, pode confrontá-lo com as leis do seu karma, conforme o planejamento reencarnatório nos cenários de riscos impostos.

Os excessos, as fugas e dores emocionais e psíquicas criadas pelo ser e pela sociedade humana, a cada vida, são o detonador psíquico que gera desequilíbrios neste espírito, diante da cultura e da época à qual está inserido no planeta. Perante a moral Maior, a homossexualidade não é uma conduta dolosa, mas sim um reflexo da falsa moral humana. Reforçamos, conforme abordado em outra obra, que psicólogos e cientistas do mundo ainda não definiram completamente os motivos da homossexualidade.

Muitos a consideram mais uma questão moral, derivada dos excessos de quaisquer naturezas do instinto, desejos e emoções descontroladas. Para nós, este fato, perante a delicada tessitura do perispírito, resulta em danos ao psiquismo e às emoções, que estão em dissonância com a harmonia sexual neste espírito, mais do que propriamente uma questão técnica, científica, genética, endócrina ou social.

Como afirmamos anteriormente, em nossos trabalhos com Hercílio Maes, que compôs os enxertos que deram vida à obra “Sob a Luz do Espiritismo”, por meio de uma editora brasileira após o seu desencarne. Para entender os dramas, é necessário compreendê-los e explicá-los nos princípios da reencarnação planetária na Terra. Ser homossexual não fere as leis divinas e muito menos é um equívoco do Criador. A homossexualidade pode ser uma prova, uma expiação, uma missão ou uma escolha do próprio espírito reencarnante.

É leviano pensar que todos os homossexuais viveram no sexo oposto na vida passada; existem exceções.

O espírito pode ter sido extremamente machista ou homofóbico e, no planejamento reencarnatório, solicita nascer propositalmente com tendências homossexuais. Nessas situações, muitas vezes, o homossexual se confronta na não aceitação da prova que escolheu passar.

Ao mesmo tempo, o espírito busca a tendência da homossexualidade e se torna um médium ou religioso que cumpre sua tarefa como “trabalhador da última hora”, expressão cunhada pelo Espírito da Verdade em relação à Parábola dos “Trabalhadores da Vinha” no “Evangelho Segundo o Espiritismo” — Capítulo 20, item 5, e por Constantino — Espírito protetor Capítulo 20, item 2, em relação ao ensinamento de Jesus através do apóstolo Mateus 20:1-16.

Da mesma forma, observamos espíritos que desempenham todas as tarefas que lhes são atribuídas no mundo, com dedicação, sacrifício e amor. Tornam-se exemplos de pais ou mães exemplares, acolhendo filhos provenientes do abandono em orfanatos. Com amor irrestrito, educam-nos e os transformam em futuros cidadãos do mundo, dotados de caráter, ética e moralidade superiores a muitas famílias consideradas tradicionais ou normais.

Isso reforça a ideia de que o que realmente importa é a reforma íntima, independentemente da orientação sexual.

Ramatís.
Em janeiro de 2024, a mensagem foi transmitida após um rigoroso processo de alimentação adequada e disciplina por parte do médium — MCF —, sem que ele percebesse a higienização do seu psiquismo.

2 comentários em “SEXUALIDADE E O ESPÍRITO”

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